solidão dos agapantos

2009-11-14

A UM AMOR PERDIDO



Ana, mulher espúria que eu amei
Nos desvios da vida, com loucura,
Paixão, raiva, sofrimento e ternura,
Sem fim, sem medo, sem regra e sem lei.

Mas esse amor pecaminoso e vão
Que eu esperei nos desse refrigério,
Trouxe apenas remorso e vitupério
Não servindo sequer p´ra redenção.

Foste o meu céu, meu sonho prisioneiro;
E eu pensava ter medo de morrer
Por ser o sofrimento derradeiro:

Mas ora nada temo, convencido:
Ai Ana, ai Ana, pois que o te perder
Foi para mim como já ter morrido.


A. Licantes



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