solidão dos agapantos

2009-11-14

AUGÚRIOS ...

Pudera o tempo enobrecer o sentimento
Das pelejas rudes que entediam o ser valente
Nas ruas breves de encontros sob o vento
Da vida triste de quem o amor não pressente


Não entende o homem o afecto de quem sofre
De quem ergue os sentimentos e esvoaça
De quem geme em gemidos breves de leve sorte
Que a sorte é breve, é leve, é lenta e escassa.


Se vive triste e esquece a rotina do murmúrio
Sob o vento que refresca o fluido quente
Só, vive e espera, desespera do augúrio
da fé do dia em que chora, em que sente


Mente de alegria e sempre quanto mente
Como se o hoje bastasse em fim de dia
E olha o sol a chegar à noite e quer
Beijar a vida, entender o som da imagem fria


Espreita o futuro ao fundo da paisagem enegrecida
De augúrios nebulosos e ternurento anseio
De quem vive o hoje, o amanhã em vida
De quem lá longe nasce, cresce, de longe veio.


Agapanto



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