A celebração da Ressurreição do Senhor foi a primeira festa da Igreja. Primeiro celebrada semanalmente no Domingo e, logo depois, anualmente na Páscoa.
Tiveram que passar três séculos para que houvesse Natal, a festa da Natividade de Jesus.
Como surgiu a Festa do Natal?
Um pouco de história.
No dia 25 de Dezembro de 274, data em que se julgava ser a do Solstício de Inverno, o Imperador Aureliano dedicou, na capital do Império, um templo ao Sol Invencível. Pretendia reforçar a coesão do Império, ameaçado por todos os lados, impondo o culto idolátrico ao Sol. A religião do Sol Invencível tinha sido introduzida em Roma no ano 186.
No Solstício de Inverno os dias param de diminuir e começam a crescer. Na perspectiva geo-cêntrica de então, o sol começa a levantar-se mais alto no horizonte. Ao longo da história do Homem, sabemos que sempre se sacralizou o Tempo Cósmico e a Natureza com os seus ritmos e acontecimentos. Daí a razão do culto ao Sol.
Querendo destronar esta festa espalhada pelo ocidente em que a sociedade pagã festejava o fim das noites compridas e o começo do crescimento dos dias no dia 25 de Dezembro, dia Nathale Solis Invicti (dia do Natal do Sol Invencível), a Igreja começou a festejar Aquele que veio dissipar as Trevas da Humanidade. Não nasce o Sol do Oriente? E Jesus, Filho de Deus, justamente chamado O Sol da Justiça, Luz dos Povos, Luz do Mundo, não nasceu também no Oriente?
Do Nathale Solis Invicti passou-se ao Nathale Domini Nostri Iesu Christi, Sol Justitiae.
A primeira referência conhecida ao Natal cristão é do ano 354.
E assim se começou a pensar que Jesus tinha nascido no dia 25 de Dezembro.
Arsénio Pires