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2011-03-15

Para onde vai o nosso dinheiro?

Institutos Públicos 

Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá.

*Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Vejam-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo para estes organismos:

ORGANISMOS e DESPESA (em milhões de €)

Cinemateca Portuguesa: 3,9 milhões de €

Instituto Português de Acreditação: 4,0 milhões de €

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos: 6,4 milhões de €

Administração da Região Hidrográfica do Alentejo: 7,2 milhões de €

Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias: 7,4 milhões de €

Instituto Português de Qualidade: 7,7 milhões de €

Administração da Região Hidrográfica do Norte: 8,6 milhões de €

Administração da Região Hidrográfica do Centro: 9,4 milhões de €

Instituto Hidrográfico: 10,1 milhões de €

Instituto do Vinho do Douro: 10,3 milhões de €

Instituto da Vinha e do Vinho: 11,5 milhões de €

Instituto Nacional da Administração: 11,5 milhões de €

Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural: 12,3 milhões de €

Instituto da Construção e do Imobiliário: 12,4 milhões de €

Instituto da Propriedade Industrial: 14,0 milhões de €

Instituto de Cinema e Audiovisual: 16,0 milhões de €

Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional: 18,4 milhões de €

Administração da Região Hidrográfica do Algarve: 18,9 milhões de €

Fundo para as Relações Internacionais: 21,0 milhões de €

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico: 21,9 milhões de €

Instituto dos Museus: 22,7 milhões de €

Administração da Região Hidrográfica do Tejo: 23,4 milhões de €

Instituto de Medicina Legal: 27,5 milhões de €

Instituto de Conservação da Natureza: 28,2 milhões de €

Laboratório Nacional de Energia e Geologia: 28,4 milhões de €

Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu: 28,6 milhões de €

Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público: 32,2 milhões de €

Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos: 32,2 milhões de €

Instituto de Informática: 33,1 milhões de €

Instituto Nacional de Aviação Civil: 44,4 milhões de €

Instituto Camões: 45,7 milhões de €

Agência para a Modernização Administrativa: 49,4 milhões de €

Instituto Nacional de Recursos Biológicos: 50,7 milhões de €

Instituto Portuário e de Transportes Marítimos: 65,5 milhões de €

Instituto de Desporto de Portugal: 79,6 milhões de €

Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres: 89,7 milhões de €

Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana: 328,5 milhões de €

Instituto do Turismo de Portugal: 340,6 milhões de €

Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação: 589,6 milhões de €

Instituto de Gestão Financeira: 804,9 milhões de €

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas: 920,6 milhões de €

Instituto de Emprego e Formação Profissional: 1.119,9 milhões de €

                                  TOTAL......................... 5.018,4 milhões de €

- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e evitava-se a subida do IVA.

- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.

- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.

E o PEC IV?

(Postado por Arsénio Pires)



Comentários


2011-03-15

Arsénio Pires - Porto

Bom amigo Martins Ribeiro:

É bem verdade, Martins Ribeiro. A malhar é nos pobres, nos reformados, naqueles que não têm poder algum de reivindicação.

Os pançudos, aqueles que sabem servir-se da democracia para se cevarem, continuam à sombra da crise e fustigam os sem-voz.

A nós só resta, como eles dizem, votar neles que eles tratam do nosso destino.

Mas, o sistema está de tal modo fechado por eles que, para qualquer deles que nos voltemos, não temos boa escolha possível. São todos filhos da mesma mãe, nada recomendável pelos seus usos e costumes!

Deus que nos acuda! - como dizes.

2011-03-15

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Caro Arsénio: toda essa longa lista que enumera eu já tinha conhecimento dela e digo-lhe que, enquanto nada for cortado a esses ladrões, nunca se resolverá nada, pelo contrário, se irá agravar. Acrescente ainda á mesma a verdadeira e grande cova do Ali-Babá, a dita Assembleia da República. E é como muito bem diz: bastava extinguir todos esses inúteis Organismos, que só foram instituídos para dar guarida a políticos boys parasitas e calaceiros, para as coisas se comporem. Qualquer bacoco com um mínimo de preparação, mas que tivesse poder, saberia a maneira de meter na ordem toda esta pouca vergonha. Estou farto de assistir a conversas, fóruns, debates, mesas-redondas e acções quejandas nas televisões e de ler escritos e patacoadas em revistas e jornais, mas nada disso tem credibilidade porque toda essa chusma de comentadores e politólogos (que raio de nome) vão para lá perorar bem comidos e bem bebidos, com os bolsos cheios e as panças a arrotar; isto é, nada sabem da crise nem por ela são afectados. Quando surgir uma discussão levada a cabo por pessoas que estão verdadeiramente á rasca e que sentem o perigo na sua pele, aí sim, tenho a certeza de que a crise será resolvida de forma célere e definitiva. Alguns de nós dos AAR vamos comer amanhã uma lampreiada a Fão, acção digna e legítima porque vamos pagar esse prazer do nosso bolso, por isso, nada teria a criticar se todos esses gatunos comessem e bebessem á custa do suor do seu trabalho, o que não é o caso. Só posso concluir com um grito desesperado e vão: que Deus nos acuda!

 

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