pontos de vista

Espaço destinado a temas diversos....


2011-01-12

As Duas Igrejas

Os colegas Ismael, JMarques, Davide, Martins Ribeiro, Peinado e Vieira, na sequência dos posts do Gaudêncio, têm, cada uma a seu jeito, tratado o tema da Igreja católica e algumas das suas mazelas ao longo dos tempos.

Quero também intervir com esta pequena reflexão, fruto da minha vivência da Boa Nova de Jesus e das minhas leituras.Peço desculpa aos amigos que possam sentir-se menos bem com o que aqui vou dizer. Este é o meu ponto de vista e, como ponto de vista que é, é a vista que tenho a partir do ponto em que me encontro.

Estou aberto a mudar ou corrigir o meu “ponto de vista”. Por isso, será bem-vinda toda e qualquer opinião que represente outro “ponto de vista”.

1. A religião, qualquer que ela seja, sempre me causou certas interrogações e perplexidades! É próprio das religiões ensinar e defender a atitude de cair por terra perante Deus, de genuflectir em adorações contínuas, de fazer procissões e peregrinações de expiação e, bastantes vezes, de pedir a Deus aquilo que muito bem se pode conseguir com um pouco de esforço pessoal aplicando a inteligência que Ele nos deu.

A minha aproximação ao Evangelho de Jesus fez-me ver que Ele veio para acabar  com essa atitude de subserviência sacrificial de aniquilamento. Jesus veio dizer-nos que a sua Boa Novidade anuncia ao mundo que é Deus quem restitui toda a dignidade ao Homem. Que o homem não precisa andar de rastos perante Deus. O sentido é exactamente o contrário das religiões. Com Jesus, Deus vem até aos homens. Não é o homem que clama por Deus mas é Deus que, na pessoa de Jesus, chama pelo Homem, consciencializando-o de toda a sua dignidade pessoal e responsabilidade solidária para com todos os seus semelhantes, agora proclamados irmãos em Jesus, Filho de Deus.

Esta Boa Novidade, o Evangelho, vem de Jesus. A religião não vem de Jesus. Virá de Constantino e dos que se deixaram entronizar como Imperadores e donos da verdade,  com mitra e vestes anacronicamente ridículas ainda hoje a lembrar o séc. IV constantiniano.

O Evangelho não é nada religioso no sentido de religião que acabei de definir. Jesus não fundou nenhuma religião. Não fundou ritos, não ensinou doutrinas, não nutriu grande apreço pelos sacerdotes e fariseus e não organizou um sistema de governo clerical com aquele em que vivemos. Anunciou o Reino de Deus por oposição ao Reino dos Homens. Anunciou os fundamentos duma mudança radical de toda a humanidade. Ainda hoje vivemos dessa motivante Utopia. Senão, analisemos os ideais de Revolução Francesa, a Carta das Nações Unidas, os Direitos Fundamentais do Homem. Está tudo nos Evangelhos; nada foi acrescentado.

E, escândalo dos escândalos, Jesus anunciou os autores desta revolução: os pobres!Dirige-se aos pobres dizendo que só eles são capazes de agir com sinceridade e auten-ticidade na construção dum mundo novo.

Esta Boa Novidade só é política no sentido de meta política, porque é uma mensagem de orientação para toda a humanidade.

Infelizmente, uma certa Igreja (e assim chegamos ao tema…) refugiou-se nos templos pregando moralidades aos outros e metendo em Catecismos todo este Movimento de verdadeiro Humanismo Libertador que Jesus nos ensinou.O Cristianismo, mais que uma religião, é um Humanismo!

2. Mas, em que ficamos? A religião é necessária? Talvez que a religião seja algo indispensável aos seres humanos… (A este propósito, quem quiser poderá ler um grande filósofo espanhol, nosso contemporâneo, de nome Eugénio Trías. Tem dois belos livros sobre este tema: “Por qué necesitamos la Religión” e “Pensar la Religión”.)

Poderá o ser humano viver sem religião? Talvez a religião seja a parte indispensável para a humanidade que pretende dar resposta ao Mistério, ou seja: como encarar e interpretar o incompreensível, a existência, a vida e, sobretudo, a morte? (E não entremos aqui nos sucedâneos da religião daqueles que se professam não-crentes ou não-praticantes: política, futebol, empresa, trabalho, etc. com os seus deuses e ritos!).

A religião é uma necessária criação humana. Entre a religião cristã e as demais religiões, a estrutura é igual. É uma mitologia. Assim como há uma mitologia cristã, há uma mitologia hinduísta, xintoísta, confucionista. Ela é, sobretudo, ritos. Ritos para afastar as ameaças, perigos e para pedir benefícios. Todas as religiões têm ritos. E todas têm pessoas “escolhidas, separadas” para ensinar e praticar esses ritos: sacerdotes. 

Jesus não fundou uma religião mas os seus discípulos criaram uma religião centrada n’Ele. É um facto, embora o sentido da religião praticada pelos seus discípulos e seguidores tivesse sido no sentido da Mensagem de Jesus e de adesão à pessoa de Jesus. Como começou esta religião? Deve ter começado quando Jesus se transformou em objecto de culto. Isto bastante cedo, sobretudo entre os discípulos e seguidores que não o conheceram. Então, para a geração seguinte ou para aqueles que viviam mais distantes, Jesus transformou-se em objecto de culto. E assim Ele foi desumanizado progressivamente. O culto de Jesus foi substituindo o seguimento de Jesus. Jesus nunca tinha pedido aos discípulos um acto de culto. Ele só queria que o seguis-sem e imitassem.

Esta tendência para a religião surge cedo. Passados 30-40 anos sobre a morte de Jesus, já aparece com grande força. Marcos escreve o seu Evangelho precisamente para protestar contra essas tendências de desumanização, ou seja, de fazer de Jesus um objecto de culto.

3. E aparecem, então, duas linhas na história cristã. Os que, como o Evangelho de Marcos quer proclamar, dizem: Não, Jesus veio para mostrar o caminho, para que o sigamos. É isto que interessa! Uma linha que vai renovar, aplicar em diversas épocas históricas o que foi a vida de Jesus e como ele o ensinou. E em toda a história do cristianismo podemos seguir esta linha Ela procurou e procura, primeiramente, a vivência do Evangelho. Seguiu e segue, radicalmente, o caminho do Evangelho. Talvez tenha sido sempre a minoria mas nunca deixou de existir.

A maioria esteve e está no outro pólo, na religião. Ou seja, dedica-se à doutrina, a  ensinar a doutrina, defendendo a doutrina contra os hereges e as heresias…  a praticar os ritos e formar a classe sagrada, a classe sacerdotal.

Em toda a história podemos verificar que o pólo “Evangelho” está em luta com o pólo “religião” e a “religião” com o pólo “Evangelho”. Toda a história cristã é uma contradição permanente e constante entre aqueles que se dedicam à religião e aqueles que se dedicam ao Evangelho. Claro que há intermediários. Não há pólos totais. Mas na história há visivelmente duas histórias, dois grupos que se manifestam, talvez possamos dizer: Duas Igrejas!

O Evangelho é vivido na vida concreta, material, social. A religião vive num mundo simbólico. Tudo são entidades simbólicas – doutrina, ritos, códigos, sacerdotes – que não entram na realidade material e actual dos homens. O Evangelho é universal, porque não está associado a nenhuma cultura, a nenhuma religião.

As religiões estão sempre associadas a uma cultura. E a religião católica actual está ligada à subcultura clerical romana que a modernidade marginalizou. Como religião,  está em plena decadência porque os seus membros não quiseram entrar na cultura moderna. O Evangelho é renúncia ao poder e a religião busca o poder e o apoio do poder em todas as formas de poder.

4. E a Igreja como instituição universal, quando aparece? No século III houve Concílios regionais onde os bispos de várias cidades que se reuniam. Mas ainda não existia uma entidade para institucionalizar tudo não existia. Quem inventou esta Igreja universal foi o imperador Constantino. Ele reuniu todos os bispos que havia no mundo e, com viagens e alimentação pagas por ele, convocou o Concílio de Niceia. Toda a organiza-ção do Concílio foi dirigida pelo imperador e os delegados do imperador. Daqui surgiu a estrutura que ainda hoje praticamente se mantém.

Depois, na história ocidental caiu o imperador romano e então progressivamente o papa conseguiu chegar à função imperial. Houve muitas lutas na Idade Média entre o papa e o imperador, mas sempre o papa se estimava superior ao imperador. Nas cruzadas, o papa era generalíssimo de todos os exércitos cristãos. Era uma personalidade militar, o comandante-em-chefe do exército cristão. E dentro da linha dos Estados pontifícios, isto ainda hoje se mantém.

Quando o papa perdeu o poder temporal, reforçou seu poder sobre as Igrejas: e tor-nou-se um imperador, um pontífice, ou seja, todos os poderes foram centralizados nas suas mãos, rodeado das vantagens e subserviência duma corte separada do povo cristão.

É esta Igreja institucional constantiniana que tem de acabar e ser substituída por outra mais de acordo com os valores humanos vigentes que a Boa Novidade de Cristo ajudou a construir. Esta Igreja institucional ainda está no seu absolutismo e, como tal, é pouco ou nada dada à prática da democracia, no respeito por todo o Povo de Deus a quem o Espírito de Jesus assiste.

A democracia prega-a ela aos povos mas, no seu seio, não respeita os mais elementa-res direitos humanos, subestimando a opinião do povo de Deus e desrespeitando a igualdade de todos os baptizados em Cristo, em particular a igualdade de direitos da mulher.

A Igreja profunda, aquela que segue Jesus e de que ninguém fala porque não é tão visível, a dos seguidores da Boa Novidade no serviço aos mais necessitados, os tais cristãos “de coração” que, com a sua vida, vão construindo um mundo melhor, o tal Reino de Deus, essa existe viva e actuante e nunca acabará!

O Evangelho procede de Deus e, portanto, não pode mudar. A religião é criação humana e, portanto, pode e deve mudar segundo a evolução da cultura, das condições de vida dos povos em geral.

5. Este parece ser o caminho. A religião tem que mudar, adaptando-se ao mundo de hoje. O Evangelho não pode mudar. Ele é a Luz e Caminho.A linha evangélica tem que ser cada vez mais evidente. Ela sempre existiu e existe. É o verdadeiro Movimento iniciado por Jesus. Esta corrente é radical e profunda.

Para terminar, recordemos São Francisco o grande paradigma da corrente evangélica. Ele era um extremista. Não queria que os seus irmãos tivessem livros: nada de livros. Com o Evangelho basta, não necessitamos de nada mais. Ele próprio dizia: “Eu, o que ensino, não aprendi de ninguém, nem do papa; aprendi-o de Jesus directamente, através do seu Evangelho”.

Arsénio



Comentários


2011-01-21

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Revendo, ao acaso, os meus arquivos, encontrei o seguinte texto escrito por João César das Neves, que se insere com toda a propriedade na temática exposta. Por sua vez, vem de encontro ao meu pensamento sobre aquela igreja que, embora gerida por homens, foi fundada directamente pelo próprio Jesus Cristo, Senhor nosso: "... tu es Petrus et super hanc petram ..."

Com a devida vénia ...

A nona bem-aventurança


DN 2010.04.12

JOÃO CÉSAR DAS NEVES

Um dos fenómenos mais espantosos da história da humanidade é o ataque
à Igreja. Esse processo, tão aceso estes dias, é sempre muito curioso.

Primeiro pela duração e persistência. Há 2000 anos que os discípulos
de Cristo são perseguidos, como o próprio Jesus profetizou. E cada
ataque, uma vez começado, permanece. A Igreja é a única instituição a
que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500
anos. Os cristãos actuais são criticados pela Inquisição do século
XVII, missionação ultramarina desde o século XV, cruzadas dos séculos
XI-XIII, até pela política do século V (no recente filme Ágora, de
Alejandro Amenábar, 2009).

Depois, como notou G. K. Chesterton em 1908, o cristianismo foi
atacado "por todos os lados e com todos os argumentos, por mais que
esses argumentos se opusessem entre si" (Orthodoxy, c. VI). Vemos
criticar a Igreja por ser tímida e sanguinária, pessimista e ingénua,
laxista e fanática, ascética e luxuosa, contra o sexo e a favor da
procriação, etc. Mas o mais espantoso é que os ataques conseguem
convencer-nos daquilo que é o oposto da evidência mais esmagadora.

Os iluministas provaram-nos que a religião cristã é a principal
inimiga da ciência; supersticiosa, obscurantista, persecutória do
estudo e investigação rigorosos. A evidência histórica mostra o
inverso. A dívida intelectual da humanidade à Igreja é enorme. Devemos
a multidões de monges copistas a preservação da sabedoria clássica.
Quase tudo o que sabemos da Antiguidade pagã veio dos mosteiros. Foi a
Igreja que criou as primeiras universidades e o debate académico
moderno. Eram cristãos devotos os grandes pioneiros da ciência, como
Kepler, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Euler, Cauchy, Mendel,
Pasteur, etc. Até o caso de Galileu, sempre citado e distorcido,
mostra o oposto do que dizem.

Depois, os jacobinos asseguraram-nos que a Igreja é culpada de
terríveis perseguições religiosas, étnicas e sociais, destruição
cultural de múltiplos povos, amiga de fogueiras e câmaras de tortura,
chacinas, saques e genocídios. No entanto, a evidência de 2000 anos de
história real de cristãos concretos é de caridade, mediação,
pacifismo. Tudo o que o nosso tempo sabe de direitos humanos,
diplomacia, cooperação e tolerância foi bebê-lo a autores cristãos.

A seguir, os marxistas vieram atacar a Igreja por ser contra os
proletários e a favor dos ricos. Quando é evidente o cuidado
permanente, multissecular e pluricultural dos cristãos pelos pobres e
infelizes, e as maravilhas sociais da solidariedade católica no apoio
aos desfavorecidos.

Vivemos hoje talvez o caso mais aberrante: a Igreja é condenada por...
pedofilia. A queixa é de desregramento sexual, deboche, perversão. Mas
a evidência histórica mostra que nenhuma outra entidade fez mais pelo
equilíbrio da sexualidade e a moralização da vida pessoal da
humanidade. Mais uma vez, o ataque nasce do oposto da verdade.

Serão as acusações contra a Igreja falsas? Elas partem sempre de um
núcleo verdadeiro. Houve cristãos obscurantistas, persecutórios,
cruéis, injustos, luxuosos, como hoje há padres pedófilos. Aliás, em
2000 anos de história, e agora com mais de mil milhões de fiéis, tem
de haver de tudo. A distorção está na generalização ao todo de casos
particulares aberrantes. Não sendo tão má quanto o mito, a Inquisição
foi péssima. Mas a Inquisição não representa a Igreja e a própria
Igreja da época a condenou. Os críticos nunca combatem os erros,
sempre a instituição. Hoje não se ataca a pedofilia na Igreja, mas a
Igreja pedófila.

A razão do paradoxo é clara. Cada época projecta na Igreja os seus
próprios fantasmas. Ninguém atropelou mais o rigor científico que os
iluministas. Ninguém foi mais sangrento que os jacobinos. Ninguém
gerou maior pobreza que os marxistas. Ninguém tem mais desregramento
sexual que o nosso tempo.

O ataque à Igreja é uma constante histórica. A História muda. A Igreja
permanece. Porque ela é Cristo. Dela é a nona bem-aventurança:
"Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem" (Mt 5,
11).
 

 

 

 

2011-01-14

Peinado Torres - Porto

Companheiro Arsénio Também li com atenção o teu artigo, ao qual eu me proponho dar uma achega muito pessoal e em nada quero beliscar o conteúdo do mesmo. Alem de bem escrito, o tema tratado é subejamento conhecido por todos nós que passamos pelo seminário, no entanto acho que é sempre bom que se vá lembrando os verdadeiros principios porque se rege o CATOLICISMO. Para mim só existe uma IGREJA (CATÓLICA), e que funciona como alguns produtos que vemos à venda, com o destaque de 2 em 1. Passo a explicar o meu pensamento; Uma dass funções que conhecemos do clero é a divulgação dos EVANGELHOS em todo a sua plenitude e bondade. Outra função dito muito sucintamente é a gestão dos bens e hierarquia dos seus membros. E temos o 2 em 1, e a partir daqui é que se fazem as lutas internas para chegar á cúpula, e se matam PAPAS e tudo mais. Pensar que vamos mudar a IGREJA CATÓLICA, amigo Arsénio, é uma utopia. A Igreja Católica é ultra conservadora e no decorrer dos séculos andou sempre atrazada e continua, só esteve em dia no início da sua fundação. Contunuemos GENTE DE BEM, foi um dos ensinamento que tive no SEMINÁTIO- um forte abraço caro ARSÉNIO e continua no teu apostulado que não faz mal a ningueem.
2011-01-13

Arsénio Pires - Porto

Obrigado Martins Ribeiro, pelo teu comentário.

Esta reflexão surgiu a partir do teu post quando falaste da Igreja dos homens (não anjos...) que falham e pecam.

Quando disseste que a parte não deve ser confundida com o todo.

Quem está de fora só vê a Igreja instituição. Mas há outra bem mais actuante.

Mas é certo que a Igreja, enquanto instituição e maifestação religiosa, tem muito que mudar. Não corresponde aos tempos de hoje.

Evangelho, sim. Esse é imutável e eterno.

Um abraço fraterno e amigo.

Arsénio

2011-01-13

Assis - Folgosa - Maia

Amigos: Um ano de 2011 FELIZ!

Depois duns dias de gripe e de haver dedicado bastante tempo a ler as diversas intervenções dos nossos colegas, não quero deixar passar em vão esta intervenção do Arsénio nos Pontos de Vista. De tudo quanto li - muito foi - houve coisas com as quais estou plenamente de acordo. De outras, embora respeite a opinião de cada um dos meus amigos, tenho de confessar que não concordo. Não vou agora dizer com quem estou ou não estou de acordo, pois seria até muito difícil pronunciar-me. O que não posso deixar de declarar, antes de mais, é que eu não me considero dono da verdade. Tempos houve em que "pensava como criança", como dizia S. Paulo e nessa altura, as verdades que os superiores me transmitiam eram para mim dogmas. Quando adulto, não pude deixar por mãos alheias o direito e o dever de pensar livremente. Para isso tive de ler alguns livros que até certa altura até eram considerados "proibidos". Alguns deles escritos por pessoas considerados fora-de-lei. Um deles - alguém vai ficar escandalizado - é o conhecido padre Mário da Lixa de que alguém já falou nestas páginas com algum desdém, ou até como um condenado. Pois, como tal eu o não considero. Para mim, ele é uma pessoa muito humana, como as melhores que conheço; um teólogo a sério; um estudioso da verdade bíblica; do verdadeiro Jesus de Nazaré e do Cristo Constantiniano. Como eu gostaria que todos os padres se dedicassem ao estudo da Verdade, como o pe. Mário faz. Só quem o não conhece poderá falar de outra maneira.

A exposição que o Arsénio aqui fez das Duas Igrejas, posso dizer que em pouco se diferencia da maneira de pensar e agir do Pe. Mário Oliveira. Não digo que esteja a cem por cento de acordo com o seu pensamento, mas anda lá muito próximo. E, como eles, eu também assim penso. Gostaria de acreditar na Igreja/Poder do Vaticano...mas pergunto-me: "Como acreditar em alguém que fala de pobres e de pobreza, em alguém que se veste com púrpura e ouro e com anéis de diamantes, que vive em palácios?..." No dia em que esses pastores se vestirem de simplicidade e trocarem o báculo de prata por um simples cajado de madeira, então as ovelhas segui-los-ão com fidelidade...até esse dia, as duas igrejas são inevitáveis. A Boa Nova, porém, a das Bem-aventuranças dos pobres anunciada por Jesus, essa segue sendo apenas UMA.

Um abraço fraterno

2011-01-12

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Caro Arsénio:  

li com toda a atenção o seu ponto de vista sobre o tema da Igreja e quero dizer-lhe que o compreendi muito bem. É um texto extenso e muito completo que me deixou um tanto baralhado, porém e de um modo geral, partilho e concordo com quase todas as reflexões que exarou. No entanto e se quer que lhe diga, não vou nem quero tecer qualquer comentário sobre mesmo porque, tratando-se de um texto com um conteúdo profundo, não me sinto com suficiente bagagem cultural ou mesmo académica para o comentar sobre esse aspecto. Apenas o estou a apreciar no meu íntimo, através dos meus sentimentos e da Fé que julgo ter, errada ou não. Acima de tudo, obrigado pela sua clara e brilhante explanação.

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