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2010-12-26

Solstício de Inverno - O nascimento do Sol

Há milhares de anos que a humanidade festeja o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra.

O chamado solstício de Inverno acontece anualmente no período que vai de 17 a 25 de Dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano.

Este ano de 2010, o nascimento do sol aconteceu no dia 21 de Dezembro (normalmente a data é 21 de Dezembro).

Muitas adaptações e más interpretações históricas foram realizadas pela nossa civilização, com base nessa data tão importante.

A comemoração do solstício de inverno foi totalmente modificada e readaptada pelo Império Romano e as gerações subsequentes a esse Império. Foi em Roma que o solstício passou a ser conhecido como sendo a data fixa do nascimento do salvador da humanidade, do filho de Deus e não mais do Sol, filho da Luz. Foi no ano de 336 de nossa era, que o Imperador Romano Constantino I, aproveitando os festejos do solstício da luz, anunciou para os povos do império a nova religião de Roma e contou a história do seu salvador. Essa religião tomou como base para a sua formação, muitas das valiosas e preciosas informações mais antigas. O nascimento do filho humano de Deus na Terra na mesma data do nascimento do sol, foi uma dessas adaptações para a nossa era. Roma simplesmente usou uma data que já existia como festejo tradicional dos povos e criou um novo motivo para as pessoas de todas as religiões continuarem a comemorar.

Desde que Roma modificou os motivos dos festejos, o solstício perdeu a sua importância e com o tempo, este festejo passou a ser comemorado como o "Nascimento do filho de Deus", essa data que hoje conhecemos como Natal.

Foi a partir dos significados místicos e das informações sagradas deixadas pelas antigas civilizações, que o Império de Roma construiu as bases de sustentação para a formação da sua religião, até então inexistente. Com as informações sagradas, foi mais fácil tornar possível a modificação das "historias" sobre o nascimento, crucificação e ressurreição de um filho de Deus na Terra.

Baseando-se nos escritos antigos encontrados na Índia, no Egipto, nas escolas iniciáticas antepassadas e nos templos sagrados, os ministros de Roma elaboraram uma religião para o até então império pagão. Roma era um império que recolhia taxas dos territórios ocupados pelo Imperador e não um império religioso. Roma era uma potência de guerra que implantava um poderoso comércio financeiro entre os povos. Até Constantino I, Roma deixava os territórios ocupados livres para praticarem as suas religiões, mas depois de Constantino, Roma passou a ser conhecida como sede da religião Católica, Apostólica Romana.

Muitas das informações sobre o nascimento da luz pela virgem mãe na Terra, sobre os seres de luz que estavam na Terra, sobre os mestres que curavam, andavam sobre as águas e ressuscitavam. Quase todas as informações verdadeiras foram recolhidas pelo império e foram interpretadas e readaptadas pelos ministros do imperador com o intuito de formatar uma religião única para o Império.

O solstício de inverno era uma data comemorada pelos povos de todas as religiões, pois tratava-se do nascimento do novo ciclo do sol sob a Terra. Essas informações do solstício ainda estão registadas nas paredes dos monumentos egípcios e nos registos dos indianos. O solstício também estava registado nas antigas escrituras sagradas e em muitos livros que foram destruídos e queimados pelo Império Romano.

Muito em breve essas informações virão à tona novamente...

Quem estudar com mais atenção e consciência, irá ver claramente como o império Romano adaptou, modificou e aproveitou as datas comemorativas que já existiam, para reescrever a própria história.

É sabido também, que aquele a que chamam de Jesus Cristo (seu verdadeiro nome de facto não importa), não nasceu em 25 de Dezembro como dizem os "boatos"... Nem na própria bíblia existe a data correcta deste suposto nascimento. Segundo a bíblia, esse ser sem registos, nasceu em algum momento entre Agosto e Setembro, no ano 7 A.C. (antes dele mesmo)... Ou algo parecido...

Foi através da formação do que ficou registado em Roma como o concílio de Niceia, formado por 800 dos mais sábios ministros de Roma, que Roma mudou toda a história da humanidade. Esse concílio foi criado pelo império Romano no ano de 336 com o intuito de criar uma religião oficial para o império. Roma elaborou não só um novo calendário para o mundo, como também mudou o rumo da humanidade, atirando as pessoas no que nós chamamos de era da escuridão. Foi a partir do controvertido livro religioso criado pelo concílio de Niceia, que perdemos completamente a consciência de quem de facto somos. Essas confusões foram e são motivo de muitas guerras que ainda acontecem no mundo. Actualmente são mais de 2500 diferentes religiões que interpretam a bíblia de formas contrárias a Roma.

A bíblia demorou 4 anos para ser escrita e elaborada e nela estão reunidas muitas informações sagradas, porém essas mensagens e códigos estão misturados com informações manipuladas pelas mentes mais dominadoras.

Se esse livro não tivesse sido elaborado e o império não tivesse recolhido e destruído as informações sagradas, tudo seria muito mais simples e fácil de ser entendido por todos agora.

No há mistérios na vida, a não ser que se criem segredos...

As civilizações mais antigas consideravam o Sol como sendo o filho da luz e a luz para aqueles povos representava Deus em vida.

Entre os druidas por exemplo, o solstício era comemorado como o dia da fertilidade. Muitas virgens escolhiam essa data para perderem a sua virgindade e muitas mulheres tentavam engravidar no mesmo dia do nascimento do sol.

Entre os povos asiáticos, o solstício era representado por um velho de barbas brancas e roupagem vermelha e branca. Esse ser representava Deus na Terra e os asiáticos acreditavam que esse Deus encarnado trazia para a humanidade o seu filho sol.

Na astrologia esta data do solstício é reconhecida como o dia em que o sol atinge o seu grau mínimo de luminosidade na Terra. Por esse motivo, os magistas e filósofos chamam a esse dia de dia do renascimento da luz... Depois do dia 21 de Dezembro, o sol renasce e recomeça o seu ciclo em torno do planeta.

Os Egípcios festejavam o solstício com rituais de magia que envolviam os cultivos de sementes e as fecundações...

Os Indianos festejavam o solstício transcendendo os corpos em rituais dimensionais mágicos...

Os Maias elaboraram um perfeito calendário usando o solstício como o inicio do ciclo do sol e da lua na Terra... Nos períodos de 21 de Dezembro e 21 de Junho, a radiação do sol na Terra atinge o seu momento máximo e os Maias projectaram esses ciclos num calendário que vai até ao dia 21 de Dezembro de 2012.

O império Romano utilizou de uma inteligência  maléfica, optando por utilizar essas informações sobre o nascimento da luz, para anunciar o nascimento de seu salvador na mesma data também. Foi muito fácil mudar apenas o motivo das comemorações.

Quando juntamos as peças da história, percebemos mais claramente os motivos e as intenções dos que manipularam as informações.

Os povos que habitavam as Américas, não festejavam o solstício de inverno em Dezembro porque o sol actua de forma diferente na área das Américas. Os incas mais antigos e os indígenas comemoravam o solstício de inverno no dia 21 de Junho e o solstício de verão no dia 21 de Dezembro.

As comemorações chamadas natalícias e que a nossa civilização festeja em Dezembro, só foram exportadas para as Américas na época da catequização indígena.

As comemorações natalícias tornaram-se na maior oportunidade de negócios do mundo... Tanto religiosamente como economicamente falando, essa história de colocar o nascimento do filho de Deus na mesma época das comemorações do nascimento do sol, rende até aos dias de hoje para o império Romano, como para a indústria que foi criada a partir das taxações de impostos e para o comércio da fé, alguns triliões de dólares em moeda e em doações enérgicas humanas.

E se não tivéssemos mais Natal?

E se voltássemos a comemorar o solstício da luz como era comemorado no nosso esquecido passado?

Alegria, danças, frutas, flores, amigos, amores... Da luz do sol à luz da lua, assim se comemorava o nascimento da vida.

A partir deste ano, não festejarei mais o convencional natal. Essa é mais uma algema de que me livro nesta vida! Comemoro sim, o renascimento da vida todos os dias.

Sem religiões, sem rituais, sem regras e sem condições sociais, no dia 21 de Dezembro passarei a festejar novamente o renascimento do sol e saldar incondicionalmente esse novo ciclo da luz que se inicia na Terra.

Esse novo ciclo será muito valioso para nós. Estejamos prontos para a vida.

Nesse dia saldemos o renascimento de todos nós!!

Por Evelyn Levy Torrence

 



Comentários


2010-12-29

Arsénio Pires - Porto

Amigo Martins Ribeiro:

Agradeço a tua equilibrada intervenção.

De facto, deixar de acreditar no Nascimento de Jesus, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, arremessando esta realidade para o caixote dos mitos, para acreditar no Pai Natal ou na alimentação SÓ de luz e água (assim diz a tal Evelin, autora do artigo), onde está a estupidez?

São estes os valores que nos oferecem aqueles que tudo deitam abaixo?

Por isso estamos onde estamos.

 

2010-12-28

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

O Arsénio tem razão, parece que está tudo a preparar-se para festejar, muitas vezes de forma descabida e irracional, a passagem de mais um ano. Nem entendo o regozijo pois, na minha opinião, deveria era haver tristeza e não alegria. A alegria só se ela for devida por "chegarmos lá" e, assim sendo, pelo mesmo conceito, também se poderá assumir a tristeza por ficarmos um ano mais velhos. Enfim, duas faces duma mesma moeda. Mas não foi por isso que eu não tenho aparecido no "fale connosco". Não apareci porque, em primeiro lugar não me sinto com bagagem cultural para dissertar sobre temas desta transcendência; não estudei teologia e sou pouco versado em assuntos cósmicos e astrológicos. Em segundo lugar porque estes temas não tem a força necessária para acicatar a minha curiosidade. Poderia olhá-los á luz da História, bem mais acessível, mas a história do Natal, desde pequeno que me foi contada sempre da mesma forma e, pelo que fui lendo e aprendendo posteriormente, não me apercebi de que algo pudesse estar errado. Ou será como aquelas narrativas e novelas que ajustam o seu epílogo ao gosto dos diferentes interessados? Por conseguinte, permito-me discordar do meu caro Assis e aceito para mim que o conto me foi sempre bem contado. Não estou a ver onde é que as mentes brilhantes dos estudiosos podem vislumbrar pormenores ocultos numa tão bela história. Ou que interesse possa daí resultar. Ou que bizarras interpretações alguém pretenderá extrair de tão longínquos acontecimentos. Também não creio que o mal da Santa Igreja provenha de qualquer procedimento ou atitude que alguns de nós poderemos considerar desajustada ou errónea, de dogmas, de mitos ou de mentiras. O mal da Igreja está na ausência da Fé e no afastamento de Deus. Porque a grande multidão só quer e pretende caminhar pelo caminho largo e, vendo que alguns poucos o não fazem, inventam conspirações e medos para difundir a mensagem de que algo está errado e a precisar de mudança. Para esses a solução será sempre a de alargar a vereda estreita. O nosso Arsénio classifica muito bem o motivo da decadência da Europa e o resto do mundo percorre o mesmo caminho. Creio eu, e isto é apenas um conceito meu, que a Igreja nunca mudará porque é obra de Deus e  Ele é um Ser imutável. Pode pois o amigo Assis e toda a sua "velhada" estar descansado que a Igreja não vai renascer, porque ela nunca morrerá. Se a história do Natal está mal contada, em que se resume a bem contada? Gostaria que alguém mo explicasse. Nem mesmo o comércio se poderá impor ou alterar a verdade histórica, nem sequer influir e contaminar o sortilégio do espirito do Natal. Vendilhões houve sempre, até no Templo sagrado. O que se torna necessário é tentar expulsá-los e, com isto, estou de acordo.

2010-12-27

Arsénio Pires - Porto

1. A autora deste artigo, brasileira e um pouco “passada”, afirma alimentar-se, há já dois anos, só de luz e água! (Uma boa sugestão para uma saudável dieta depois dos exageros destas festas!)

Confere o equilíbrio dela na seguinte entrevista:

http://www.youtube.com/watch?v=dU001DA4M9s

Só assim se compreende que ela afirme neste artigo: “A bíblia demorou 4 anos para ser escrita e elaborada e nela estão reunidas muitas informações sagradas, porém essas mensagens e códigos estão misturados com informações manipuladas pelas mentes mais dominadoras”.

Saberá ela que a Bíblia é um conjunto 72 e dois livros, alguns dos quais têm mais de 4.000 anos de existência?

2. Quanto ao artigo… “Nada de novo sob o sol”, diz Qohelet.
Este artigo nada mais faz do que resumir, nem sempre correctamente, aquilo que qualquer cristão esclarecido já sabe sob a origem da Festa do Natal.


Faltou-lhe dizer que, até ao século IV-V, a Igreja não celebrava a Festa da Natividade de Jesus porque, de facto, a festa por excelência do cristão é a Festa da Ressurreição que, essa sim, foi celebrada em cada Domingo (Dia do Senhor) desde o início. Só mais tarde (séc. IV) é que passou a ser anual com Mais solenidade. A Páscoa.

É para todos bem claro que não se sabe exacamente quando Jesus nasceu nem quando morreu. Naquele tempo (e no tempo de Camões... onde e quando nasceu exactamente?!) não havia Loja do Cidadão!

Este fenómeno da erradicação da religião dos povos vencidos e implantação duma nova maneira de viver a sua relação com Deus (nova religião) pelos povos vencedores, é um fenómeno histórico em todos os lugares do planeta. Aqui no Porto, a Sé está edificada sobre o que foi um templo romano que, por sua vez, tinha sido construído sobre um templo creio que celta.
Não houve nenhum povo que tenha sobrevivido sem a unidade criada pela religião. O próprio império romano formou-se e sobreviveu, mesmo antes de Constantino, com a sua religião de culto do Imperador.

Moral da história:
A Europa, hoje, não tem religião! Já ninguém acredita, ainda que seja num deus de trazer por casa. A verdade é igual à mentira. Nunca o Homem foi tão lobo para o Homem como nos dias que ainda temos.

Onde está a sua unidade da Europa? Para que serviria?
Será por isso que a Europa está moribunda?

2010-12-26

Assis - Folgosa - Maia

A continuação de Feliz Natal: nascimento da Fraternidade Humana, na alegria do amor e da paz. com justiça. - Já algumas vezes tenho aqui dito que nem sempre a história nos foi bem contada. Não por culpa de quem no-la contou, mas por culpa da ignorância de quem antes lhes narrou. Hoje, reforço essa afirmação. Sim, não devemos contentar-nos com os conhecimentos que recebemos nos tenros anos. Não devemos, contudo, rejeitar simplesmente esses ensinamentos e menos condenar as pessoas que no-los transmitiram. É hora de descobrirmos e de começarmos a saber que a História continua a fazer-se, mesmo a história de séculos distantes. Há estudiosos que hoje continuam a descobrir o que aos olhos da maioria de nós se mantém oculto. Devemos alegrar-nos pelo seu esforço e estar-lhes gratos por isso. Em lugar de classificarmos essa gente de heregres. Muitos dogmas nos foram impostos como a única forma de verdade. Não devemos ter medo algum de vê-los ruir pela base. A verdade não se deve impôr por dogmas, mas por ela própria. A verdade não vai deitar por terra a nossa fé. Apenas a purificará.-"Seria preferível que os velhinhos morressem do que terem de assistir ao que vai acontecer (dentro da Igreja)". Esta é uma das frases que o Pe. Henri repete com  frequência e que foi pronunciada, pouco tempo antes de falecer, pelo teólogo Redentorista francês François Bourdeau. É natural que a História da Igreja Católica esteja a sofrer precisamente porque se apoiou nos dogmas e não na verdade em si. A simples história do Natal foi-nos mal contada. O comércio impôs-se e vai continuar a impôr-se ainda por muito tempo à verdade histórica. Esta terá assegurado o seu dia para renascer. Assim penso.

Se a amamos, devemos alegrar-nos com todas aqueles momentos de luz que diariamente vão surgindo e nos trazem verdadeira novidade. "Não tenhais medo", diziam os anjos (?) aos pastores...

 

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