fale connosco


2010-04-21

manuel vieira - esposende

É bom ver mais gente por cá pois o espaço está reservado para todos. Gostei de ver o David a aproximar-se pois o Alexandre já andara por cá, embora manco nas suas ferramentas. E cá vamos dando uns trocos uns aos outros.
Entretanto estamos a dias do nosso Encontro e já teremos a oportunidade de formular um abraço e dar duas de treta, na esperança de fomentarmos a troca de versões por esta via.
O nosso site tem apresentado na última semana uma média diária de visitas de cerca de 39 pessoas, o que é razoável e esta rubrica já teve a publicação de cerca de 250 mensagens.
A rubrica "pontos de vista" tem cerca de 45 textos para leitura, o que é bom pois tem diversidade de conteúdos e diversos pontos de vista.

2010-04-21

Arsénio Pires - Porto

Saúdo a entrada em campo dos nossos queridos “mouros do sul” secundum Alex, muito embora comece por esclarecer que, aqui no norte, não habita nem sequer um desde os tempos da Reconquista.


Por cá, nem mouraria nem fado! Sempre aqui a guitarra foi substituída pela espada. Sempre aqui a infidelidade cedeu o lugar à lealdade. E sempre daqui, quando a alma da nação definhou, saíram as medicinas que a retemperaram e ergueram.


Vós, habitantes do “pagus”, continuais agarrados à charrua e à forquilha sem vos aperceberdes de que o tempo da sementeira passou e a vossa calvície tudo fica a dever ao vento que passa. Como autênticos aradores de terras ressequidas, na ausência de água e verdura que vos tempere o incontrolado ímpeto primário, continuamente vos virais para o passado lamentando a fraca colheita que os lares gratuitamente vos concederam.


Do norte vos quereríamos fustigar por daqui terdes emigrado e aí terdes pegado de estaca como qualquer arbusto sombrio que os vossos dignos pais arrancavam com podoa e gadanho em terras nortenhas. Mas não vale a pena nem o esforço. Pareceis múmias de sal olhando a cidade antiga já ardida e abandonada.


Olhai! Mandai parar os bois! Encostai-vos à aguilhada e vede o sol-pôr sobre os vossos campos. Mirai o passado e escutai a voz do norte:
- Quem vive do passado é Museu!

2010-04-21

JMarques - Penafiel

Meus amigos, essa de abusos e cadernetas pretas não são do meu tempo e nunca chegou aos meus ouvidos tal coisa, sinal de que as coisas tinham mudado. As cadenertas mostram que a máquina estava montada num sistema repartido e parece que funcionava.Parece que vivi num sistema não estalinista, consciente hoje de que não era perfeito embora de low coast, como agora se usa dizer comercialmente e em sistema educacional com pontos fortes e também com pontos fracos. Foi uma oportunidade que eu não perdi e de que não estou arrependido por o ter recebido. Não sei o que seria hoje de mim se isso não tivesse acontecido.Tenho de confessar esta gratidão.Nesse tempo, alguns colegas meus de escola tinham um sistema de educação em casa de uma rigidez impressionante, levavam de chicote ou cinto, quando entravam em casa por se terem atrasado nas nossas brincadeiras. Eu às vezes entrava em casa já quando o meu pai dormia, cansado, pois sabia que no dia seguinte a sua zanga já teria passado. Mas é verdade que cada um tem as suas verdades. Noutros pontos tenho a minha forma de ver liberta, que não agrada de forma alguma ao meu amigo Martins Ribeiro, que me entende como um perdulário de bons ensinamentos, mas também entendo que ele já não tem remédio. Perdeu a chave do seu cofre mental e não vou ser eu eu que lhe arrombo a fechadura. O colega Davide com "é" deverá ser de uma geração mais distante atendendo aos métodos que descarna e analisados hoje à vista desarmada mostram que o sistema da altura era pidesco ou estalinista, não sei qual o melhor,e não seria moda mas sim forma de estar à época. A Igreja teve muitas épocas e quando pensava renovar-se já o fazia com séculos de atraso e os tempos de hoje mostram isso. Talvez o Nazareno ande distraído, mas para um homem de fé muitas dúvidas se levantam, a não ser que use véu.
2010-04-21

Assis - Folgosa

Ora vivam todos, uma vez mais.

Também eu me tenho mantido calado dando a vez a outros, àqueles que ainda se mantêm mudos. Felizmente alguns, embora poucos, têm aparecido à luz do dia.Felicito-os por tal. - Em tempos, deixei aqui escrito "que a história nos tinha sido mal contada". Mas acrescentava "que não queria com isso acusar os nossos dedicados educadores". Hoje, volto a fazer a mesma afirmação.

"Ninguém dá o que não tem" é ditado popular hoje, como o era na época em que frequentámos a Barrosa, Nava-del-Rey ou Vallhadolid, ou ainda qualquer local em que alguns se encontraram. - Na época, nós éramos crianças e pensávamos como crianças, como diz S. Paulo. Agora que somos crescidos, temos de pensar como pessoas crescidas, como o mesmo santo defendia.

Só que, desde a época dos primeiros dias do movimento que teve início em Jesus,movimento de acção de verdadeira Humanidade e Justiça, de Amor entre todos os Homens, muita água correu sob as pontes do tempo. Como por encanto - o encanto é muito humano - surgiu a sede do poder e do dinheiro. Sem este o poder tem pouca dura... - Surgiu o Cristianismo, já não como movimento, mas instituição, com tudo o que de mau uma instituição pode arrastar.As regalias que lhe foram concedidas por imperadores e reis serviam apenas para justificar os crimes de uns e outros.A história dita cristâ encerrava muita barbaridade, mesmo quando se dizia que era para propagação da fé ou para defesa do santo sepulcro.As cruzadas houve-as também nos tempos não muito remotos. A escravatura dos índios e dos negros está aí para nos recordar tamanhas barbaridades.Pois, de tudo isto nos foi dada uma ideia muito ténue, assim como dos tempos em que os papas se degladiavam e se encarceravam. Era a luta pelo poder e do dinheiro para conseguir este. De tudo isto nos falaram muito a medo os nossos educadores, como que temendo eles próprios a condenação ao inferno por um qualquer decreto papal. Realmente os dogmas tiveram um enorme peso na nossa educação. Não os condeno. Eles próprios foram vítimas de igual educação. A sua generosidade e sacrifícios devem ajudar-nos a desculpá-los.Também eu fui daqueles que beijei os pés aos três, não apenas a dois,a que se refere o Gaudêncio. E fomos muitos a fazê-lo. Ainda hoje estou sem saber porque razão fui castigado. Na altura desfiz-me em lágrimas e até pensei em ir-me embora por me sentir injustiçado.Hoje, porque sou crescido, só me dá vontade de rir e faço-o sempre que tal cena me vem à memória. - Quanto a possíveis casos de pedofilia, nada posso afirmar pois de  nada me apercebi, nem imaginava que tal pudesse acontecer.

Fico grato a quantos têm colaborado no "fale connosco", mas sobretudo a quantos têm enviado trabalhos para "Pontos de Vista".Graças a tais trabalhos, compreendo melhor porque Marcel Legaut dizia que estava à porta da igreja pois era onde o ar era mais puro e se respirava melhor. Ou porque Bernardo Haring afirmava não confundir a Igreja com o Vaticano, porque se tal acontecesse nem mais um minuto permaneceria nela...

Despedindo-me, deixo-vos o título dum livro, que ainda tenho entre mãos, que nos ajuda a compreender um pouco melhor a História do Cristianismo:"Jesus Antes do Cristianismo", de Albert Nolan


2010-04-21

Alexandre Gonçalves - Palmela

Amigo Davide Saúdo a tua entrada. Afinal, os mouros do sul, além de pagãos convictos, alimentam uma fúria antiga que os convoca para a guerra. Não será uma guerra santa, mas será certamente um saudável combate de ideias. Não é como quem se senta na velhice a lamentar o passado. É antes um olhar atento, uma leitura da vida que passa, pedindo à memória um pouco de luz para a entender. Embora dotados duma juventude à prova de qualquer tipo de fogo, admitimos coerentemente que o nosso futuro são as 24 horas de cada dia. É uma grande tarefa entendê-las e dar-lhes sentido. E algum sumo, seja de uva ou de outro qualquer fruto da terra. Isto para fazer inveja àqueles matulões do norte, que até já andam sugestionados só com o nome de Palmela... Portanto, meu caro Arsénio, a memória é luz, é emoção, é o mais apetecível presente a que temos direito. Eu sou solidário com o teu indiscutível voluntarismo, mas já não posso alinhar pela salvação do mundo. E muito menos dos cristãos piedosos, a correrem nas margens do abismo. Apetece mais empurrá-los do que salvá-los. Indo ao encontro de várias sensibilidades, eu atrevo-me a deixar aqui um tema de reflexão-debate para o serão cultural, previsto para o dia 1 de Maio, em Fátima. Ainda temos alguns dias para o preparar. Dadas as circunstâncias, sugere-se um formato simples, descontraído e amplamente participado. O tema teria por título "Celibato, Culpa, Sexualidades". Bom seria que os residentes do "FALE CONNOSCO", ou aqueles que eventualmente queiram passar por aqui, se pronunciassem já e abrissem já o caminho para a fala dessa noite...

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