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2011-11-28

Assis - Folgosa - Maia

27 de Novembro de 2011 - Dia do santo FADO...

Oh que belo FADO o d'hoje. Já ficou p'a trás o fado menor. Agora é só FADO  MAIOR. Parabens aos proponentes e a quantos à sua candidatura de PATRIMÓNIO MUNDIAL serviram em todo este tempo passado...Parabens! - Nunca eu ouvi tanto Fado como hoje, e adorei. Estou até sonhando com um dia me iniciar a cantá-lo. - Esperemos agora que o outro, o triste fado em que os nossos governantes, políticos e economicistas, nos embrulharam se venha um dia a desvanecer, senão com a celeridade com que nos tramaram, pelo  menos pouco a pouco. - Mas hoje é dia de Festa. Deixemos de parte a crise. - É festa também porque um novo FADISTA se apresenta entre nós: o Nicolau. E como ele canta bem o Fado! Os meus parabens pela tua entrada gloriosa em FADO MAIOR nesta nossa taberna, com V ou com B tanto dá. Sê bem-vindo, ou bindo! Só aguardamos que, à bela escrita agora vista, um poema por ti declamado se faça ouvir. Sei que és exímio no palco e, por isso, aqui o declaro para que todos o saibam e também a ele te chamem.  - Não me refiro às qualidades do anfitrião da "Árvore do Paraíso" porque de todos são já mais que conhecidas e apreciadas. Outras castanhas venham, do Soito ou de Macedinho do Mato, e por lá nos verá...tão mal fomos por ele tratados... - A confusão em que a ironia do Aventino me meteu ainda não me permitiu que, com igual ironia eu lhe dirigisse a palavra. Só o meu convite para o nosso encontro por terras de Orbacém, ou de Moledo, continua em pé. - E como o Nicolau me despeço de todos vós: Pegai do vosso pião e vinde jogá-lo comigo nas terras minhotas, à beira-mar. Eu já tenho andado a treinar, assim como a andar de andas. Nestas, treinei há tempos na feira medieval de Caminha. Posso apresentar testemunhas e defender-me sem advogado...

 

2011-11-27

Nicolau - Oeiras (Soito)


Conversa, à soalheira...

Foi no sábado, já lá vão 15 dias, que mais uma vez a festa aconteceu. Todos os caminhos iam dar a Palmela, mais exactamente ao santuário do Alexandre. Mas logo que deixámos o alcatrão, fomos guiados pelo silêncio, a lembrar as veredas das nossas aldeias. Não se viam os anjos, mas eles cantavam. Não se viam rebanhos, mas o som dos chocalhos, à solta, em loucas correrias,  faziam lembrar o meu rio, sempre a cantar... Não sei porquê, mas logo que  se passa o portão da entrada, com o olhar concordante do imponente Serra da Estrela, todo o espaço nos faz respirar uma energia muito positiva, energia essa que nos transporta para uma paz, harmonia, equilíbrio e um bem estar inigualável, pelo que somos obrigados a respirar a sensualidade de todo aquele espaço envolvente. Os sentidos, sem quaisquer restrições, aceitam e envolvem-se neste convite. Mais além, numa pequena leira, está o alfobre das palavras do anfitrião. Pelo viço que irradiam, adivinha-se uma boa colheita para uns bons regos de escrita. Ficarei à espera para ter o privilégio de os gulosar. E já que estamos a falar de palavras, quero aqui expressar que sou um ávido leitor da escrita do Alexandre, pois sente-se nela a força de um touro, a leveza da gazela, a rebeldia do vento e a profundidade dos mares. E leio-a com o mesmo prazer com que, quando menino, comia uma grande talhada de melancia, com o sumo a escorrer-me pelos braços abaixo.  
Portanto, não tenho dúvidas algumas, que este bem estar começa logo pela maneira como o Alexandre recebe os amigos - espontaneidade e muita alegria. Penso que não haverá ninguém que não fique feliz com estes gestos e mimos que sabem tão bem a quem os recebe.
E agora não pensem que vou relatar tintim por tintim todos os passos de um dia em cheio, muito bem passado e com o nosso ego bem repleto. Longe disso! Porque, para os ausentes, curiosos, só lhes digo que tivessem aparecido. Mas resumindo, posso informar que nos abifámos e nos avinhámos, onde não faltou o bom pão com olhos, o bom queijo sem olhos e o bom vinho a saltar para os olhos.
Quanto às sobremesas, que fariam pecar qualquer monge, estiveram à altura das nossas conversas imateriais.  
Depois...
Bem,  depois, lá mais para a tarde, eis que o momento mais solene aconteceu, como que por encanto. Tocaram-se as trombetas, acendeu-se a fogueira e a conversa continuou, agora com palavras mais quentes. Trocaram-se ideias, botaram-se discursos, apresentaram-se argumentos, arquitectaram-se projectos e todos assinaram a acta. Por fim, fez-se uma prece à divindade do fogo, enaltecemos a partilha daquele momento ímpar e após a dança da Lua, num estonteante strip tease, a amizade saiu reforçada. Até o Sol, escondido atrás de uma nuvem, estava em lume, ao assistir a tão belo espectáculo. 
E para ser franco, para mim, este encontro foi, o verdadeiro grande encontro. talvez pela liberdade, pela coerência e pela verdadeira amizade, vivida entre todo o grupo, tão naturalmente. Mas tenho de  dizer que o encontro havido no Verão passado, valeu pelo reencontro com todos os antigos companheiros, mas principalmente com o meu amigo e condiscípulo Júlio, pessoa que sempre tive e tenho no meu álbum de recordações. Um bom amigo! E valeu também pelo bando que ocupou o último banco do autocarro, nas muitas centenas de quilómetros do percurso. Falámos de tudo e mais alguma coisa. Contaram-se anedotas, lembraram-se episódios, cochichámos sobre as namoradas antigas, gargalhámos ao desbarato e tudo o que mais possam imaginar. Mas valeu a pena todos os quilómetros de conversa, havida no banco traseiro. E pasmem-se os céu!  Não fomos expulsos, nem por mau comportamento, nem por amizades particulares. Portanto o artº. 37 da Constituição cumpriu e até saiu reforçado.
Mas, embora não esteja bêbado, volto a repetir que gostei mais do encontro de Palmela. Como dizia um camarada meu e companheiro da guerra quando se referia ao gostar. "Um só adjectivo: GOSTEI!"
E agora vou abrir a janela do tempo e vou até ao terreiro da minha escola, para jogar ao pião e lançarmos o papagaio, feito de papel, com as cores do arco-íris. O Davide, meu amigo, primo, conterrâneo, companheiro de carteira, padrinho, deve estar farto de esperar por mim...
Volto já!
Nicolau

2011-11-27

alexandre gonçalves pinto - palmela

Tenho lido com regularidade esta nova PALMEIRA, renascida da penosa  ausência daquela que chegava às nossas mãos e tactilmente semeava sugestões físicas, como se fora corpo de rapariga, no tempo em que era zelosamente proibido. Do mal o menos. Antes este ser virtual, magro e frio, do que o silêncio pesado que já crescia por cima da memória. E folgo com a diversidade das intervenções, onde aflora duma forma ou outra um certo espírito subversivo, com o J.Marques a carregar o sobrolho. Com o M. Ribeiro sempre preparado para a refrega. E o Aventino a trocar o ar filtrado e docemente melancólico do seu porto por uma atenta protecção dos flancos, como se os funcionáriois públicos ainda funcionassem às ordens dos "comunas". Mas o que me comoveu foi a guerra dos ricos contra os pobres. É um rasgo genialmente evangélico. É de esperar que depois desta luminosa distracção, tudo venha a alterar-se no plano social. Os ricos estão presos por um fio. Os pobres, não tarda, saltam-lhes em cima, e comem-nos com o mesmo tédio e desprezo que se desenvolvem nas suas mãos, paradas pelo desemprego, pela desilusão, pela violência das instituições.  Salvem-nos os eróticos diospiros de s. francisco, que eu imagino a botarem fogo à região de Orbacém.                      Mudando de parágrafo, regresso gostosamente ao dia 12 de Novembro, à fogueira, ao oiro daquelas CASTANHAS, aos criativos de engenhos fascinantes, cuja eficácia só uma boca atenta pode garantir. Éramos muitos, vindos dum quotidiano honestamente fatigado. Mas chegámos de improviso. A alegria transbordava como se chegássemos a um lugar de família. Temos uma clara consciência da transição. E um quase receio de que os encontros já mostrem alguns sinais de prazo.  A mesa tem o tamanho da vida. O vinho circula em vasos comunicantes, para que nenhuma palavra se esconda ou adie. "Em nome da vida", diz a voz mais calada do universo. Uma roda em volta do fogo, o espírito soprando por onde podia.  Ritual de passagem, liturgia da idade. Não nos chamem nomes! Tivemos testemunhas de afectos  e das mais diversas doçuras. Uma onda de SÓCIAS fez do local um oásis demorado, mesmo que o outono impusesse ritmos incontornáveis. Um agradecimento especial para elas. Conquistaram o direito ao pódio, por mérito próprio.                    Para concluir, manifesto a espectativa de um porto aventiniano, seja sábado ou dia de N.Sra da Esperança. E sugiro que o site bote fogo à crise e aos meliantes que apodrecem de ricos sob as malhas subtis do interesse nacional.

2011-11-26

Assis - Folgosa - Maia

...continuo pois isto da internete...

além do caldo verde, ainda vos posso brindar com o canto dos meus (?) melros e pinta-roxos e com o perfume das flores.

Aproveito para informar, amigo Ribeiro, que na minha conta já cairam alguns brindes para o Pe. Henri. Asim, passo nomear:

Manuel Viera -  Delfim Nascimento - António Gaudêncio  -  António Peinado  -  Fernado Viterbo  -  Davide Vaz  -

Portanto, o meu amigo ponha-me essa MÁQUINA a funcionar. Suponho que já tem as respectivas direcções enviadas pelo Manel. - Entretanro aguardamos que cheguem outras verbas. Todas serão bem-vindas e todas serão sempre poucas. - A uns e outros, aos que enviaram e aos que hão-de enviar um obrigado vindo desde longe.

E ainda uma informação mais: para todos os associados. - O amigo Barros tem já quase finalizada uma verdadeira obra de arte, com a colaboração do irmão Ricardo. Trata-se da capa do livro "O Peregrino" , o novo ramance do Luís Guerreiro, livro que nos traz bastantes ensinamentos sobre a História da Igreja, e que tem por fundo a viagem "Paris - Roma - a Pé" do nosso querido Henri Le Boursicaud.

Para todos vós o meu abraço fraterno

2011-11-26

Assis - Folgosa - Maia

Privilegiado, mas não tanto como o pai Adão, amigo Ribeiro...a ele, foi-lhe dado de graça o jardim já feito e eu tive que suar...Pinheiros, austrálias e outros que tais a cortar, pedra a arrancar, terraplanagem, sulcos a brir, sementes a espalhar, árvores de fruto a plantar, regar, adubar, pudar e até sulfatar e depois voltar a tudo iniciar no início de cada ano...mas feliz por assim continuar. O sacana do Adão - que ninguém se ofenda com o "sacana", pois ele não existiu - já morreu, e também a sua Eva, e eu continuo vivinho da silva, embora com as mãos calejadas e ele não. Priveligiado, sim, pelo canto e encanto dos pássaros, bem como da paisagem que nos envolve, mas mais ainda por poder com partilhar com os amigos que nos visitam esse previlégio. É realmente um cantinho do Eden onde há flores todo o ano e todo o ano tenho que fazer, embora ele seja pequeno. As clementinas, tangerinas e laranjas - este ano em menor quantia que no ano trasacto - já começam a sorrir por entre o verde das folhas. Há dias ainda mal eu as distinguia das folhas. O Manel até já as provou e diz que  não estão más, mas eu não acredito. Que tenha paciência e que as venha provar dentro de dois meses...a doçura poderá vir a superar a dos diospiros que tanto gabas. Ele até já a conhece do passado...Os diospiros, como o Arsénio diz, podem realmente ter vindo lá do Eden - a etimologia do nome parece clara - mas o amigo Álvaro Gomes puderá elucidar-nos melhor sobre o assunto e então se quiser dar-nos a honra de comê-los em "pires", como eu normalmente faço...mas também me lambuso com eles quando ando sedento na horta, amigo Ribeiro...Privilegiado, sim, sobretudo pela visita das pessoas amigas que me visitam e, no caso, dos três "mosqueteiros da AAAR" que agora fizeram esse favor: o Ribeiro, o Barros e o Manel. Aos três, o meu obrigado. E também aos que hão-de vir um dia, mesmo que já tenham acabado os diospiros, os fisális ou as tangerinas. Haverá sempre, pelo menos, um caldo verde com broa e chouriça - eu prefiro o bom azeitinho da minha terrinha,Cedovim -e 

 

 

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