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2011-12-01

Aventino Aventino - PORTO

Meu querido ARSÉNIO:

Felizmente que Almeida Garrett já não pode dizer mais dessas coisas.

E porque não perguntamos: quantos milhões de humanos sobreviveram, alimentaram os seus filhos, trataram a sua saúde, ganharam dignidade, liberdade e pão, apenas porque houve um rico que lhes deu um dos maiores dons que se pode dar a um homem: trabalho?!

Confesso-vos a minha alma: nunca recebi nada de um pobre; mas de ricos, recebi muito: exemplo, educação, cultura, trabalho, exigência. E, claro, nesses ricos incluo também os de espírito. Por isso, estou como o Governo Sueco lembrou a Otelo Saraiva de Carvalho: façamos tudo para acabar com os pobres.

2011-12-01

Arsénio Pires - Porto

Queridos “assistentes de bancada”:

 

À falta de outro tema (o silêncio é, aqui, inexplicavelmente pesado…), desculpai mas volto à questão dos “ricos e dos pobres uns contra os outros”. Mais uns do que outros!

 

É que, no Natal que se aproxima vamos encher-nos os mails e os telefones (através de mensagens, claro, pois já nem sequer nos queremos ouvir…) com votos de Boas Festas e não sei quantas baboseiras mais, esquecendo-nos de que, tal como naquele tempo em Belém, aqui à nossa beira “não há lugar para eles na estalagem”. “Eles” são os outros. Aqueles que pagam sempre por alguns. Entre os “eles”, se calhar, até estão alguns dos “nossos” antigos AAAR’s… Quem sabe? Quem quer saber?


A questão levantada há mais de século e meio por Almeida Garrett penso que continua a fazer todo o sentido. Dizia Garret:
"Eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos, que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapolosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta para produzir um rico?"

Através desta frase que vem no seu livro “Viagens na Minha Terra”, publicado em 1843, Almeida Garrett revela uma profunda consciência crítica sobre o injusto processo de concentração de riqueza na sociedade portuguesa e europeia do seu tempo.


Será que a interrogação continua a fazer sentido ainda hoje?

Um estudo realizado pelo World Institute for Development Economics Research (ONU) e publicado no final de 2006 (não possuo outro mais recente…), dá-nos a resposta. O estudo analisa a distribuição da riqueza a nível mundial, definida em termos de património possuído.
De acordo com este estudo, 2% das pessoas mais ricas do mundo (37 milhões de habitantes em 2006… agora devem ser mais!) possuiam mais de 50% da riqueza mundial. Em contrapartida, 50% da população mundial possuia unicamente cerca de 1% da riqueza.

Se tivermos em conta os 7 mil milhões da população actual, alguém é capaz de dar resposta à pergunta de Garrett? “É só fazer as contas”, como dizia o outro!

 

Esta situação é uma fatalidade “natural”, como o nascer e o pôr-do-sol, ou é o resultado de uma dada forma de organização social e económica estruturalmente injusta?

A Troika e os troikianos terão alguma coisa a dizer-nos?

Definitivamente, Almeida Garrett continua a ser nosso contemporâneo.

Tal como no seu tempo, a sua pergunta faz todo o sentido no Portugal dos nossos dias.

Digo eu… Não sei!

2011-11-29

manuel vieira - esposende

Como diz o Arsénio “este é cada vez mais o nosso sítio”, umas vezes com lenha crepitando sem macieza, outras com os ares serenos da serra das bandas do Côa ou semelhantes.

Identifico a nossa Palmeira da gráfica como um património importante e que tem um papel mensageiro na nossa Organização. Penso que ninguém colocou até agora em causa esse papel.

Tenho consciência que tem havido mudanças que começam a ser um constrangimento para o grupo em que assentava a sua construção, referenciando também a falência da gráfica, embora esse obrigue apenas a uma prospecção de orçamentos no mercado e a novos hábitos.

O Arsénio apontou com muita clareza os constrangimentos e todos temos de perceber que não é fácil, por vezes, retomarmos o caminho por novas veredas e essa leitura merece ser feita por todos, com o bom senso que estas situações merecem, reconhecendo que cada um reage com os ímpetos que caracterizam os diferentes temperamentos.

Os nossos associados, que são antigos colegas e actuais amigos,  têm um nível elevado de formação na generalidade e isso “obriga” à compreensão de que todos temos direitos e obrigações na Organização de que fazemos parte e o sucesso da vida associativa tem resultado em muito dos compromissos cheínhos de convicção que alguns têm assumido para levar adiante tarefas do interesse geral.

Não disse nada que todos já não soubessem, mas fi-lo apenas para reforçar a ideia de que estamos num momento da vida em grupo em que precisamos de reorientar os nossos esforços e ideias para levar adiante algumas tarefas que obrigam ao empenho de muitos.

Convido-vos a um esforço: vamos procurar lançar o novo número da Palmeira em papel no 2º trimestre do próximo ano, entre Abril e Maio. Sinto que  cada um vai utilizar as suas energias para dar contributos (não estou a falar em dinheiro embora a vida vá estar mais difícil) e o Arsénio vai sentir mais facilitada a tarefa exigente de trazer à luz, com o Nabais, o Assis, o Barros e outros que pretendam colaborar, o próximo número da Palmeira. Estava a esquecer o Irmão Ricardo Morais que dá sempre muito do seu tempo e saber à nossa revista.

A Palmeira online , como tenho chamado ao nosso site, tem as obrigações do dia a dia, nesta mesa de comidas brandas. A Palmeira em papel temos de entendê-la como a nossa mesa em dia de Festa.

Apreciei muito a chegada do Nicolau, com uma intervenção de muita qualidade, que soube tão bem ler.

Não posso esquecer de referenciar tantas e tão “ricas” mensagens, o que reforça a importância deste espaço tão disponível e tão fácil de usar.

 

2011-11-28

Arsénio Pires - Porto

Meus caros:

Este é cada vez mais o lugar onde estamos, sítio virtual da AAAR, a nova PALMEIRA, renascida da penosa ausência daquela que chegava às nossas mãos”, nas palavras do Alexandre.


Falemos então no assunto da “penosa ausência”  da Palmeira.

Por que razão ela anda ausente?

Pertencendo eu à TROIKA responsável pela sua produção (mais especificamente, com o Nabais e o Barros é que ela tem sido ultimamente amanhada, sem esquecer o excelente trabalho do Ir. Ricardo) devo-vos algumas palavras. Aí vão.

 

1. O leito onde ela era germinada ruiu. A Editorial vai ser desactivada, a revista Míriam vai acabar em Dezembro, o Nabais que ali trabalhava há anos reformou-se seguindo as pegadas do Assis, outro braço importante na produção da tal "ausente".

2. Em tempo oportuno a Assembleia Geral da nossa Associação solicitou ao Provincial da Congregação um pequeno espaço onde pudéssemos ter as nossas “coisas”, arquivo, computador, etc. e onde a Direcção da AAAR e o grupo da Palmeira pudesse reunir periodicamente. Passado largo tempo, foi-nos oferecido um espaço, uma sala grande e pouco acolhedora, que teríamos de partilhar com outros grupos, em particular, com os escuteiros. Depois de visionada com a presença do Manuel Vieira, nosso presidente, manifestámos o desejo de que nos cedessem uma sala mais pequena e onde pudéssemos ter alguma privacidade. Ainda não recebemos resposta alguma.

Não faltam salas ideais para isso na Editorial (que agora irá ser desactivada ficando o edifício vazio… supomos) mas o actual responsável pela Editorial, o Pe. António Baptista, não se mostrou receptivo a que fôssemos para lá apesar de lá haver três gabinetes vazios e ideais para o efeito.

De maneira que estamos sem tecto. E, à chuva e ao frio, não temos condições para avançarmos.

Quem pensar que este trabalho pode ser feito “online” através do computador, internete e telefone, desengane-se. Este é um trabalho de muito esforço e atenção aos pormenores que exige reuniões de trabalho e troca constante de opiniões.

Acresce ainda o facto de que a tipografia, que há muito nos conhecia e fazia preços de saldo só para nós e para a Editorial, faliu.

De maneira que estamos atados de pés e mãos.

Este é o ponto da situação.

Mas, se entre vós houver alguém (ou alguns) que queira, mesmo assim, meter mãos à obra… Venha daí!

Devia-vos esta explicação.

 

Nota1: Em relação à “guerra dos ricos contra os pobres” que tanto “comoveu” o Alexandre, direi só que tal nunca foi “um rasgo genialmente evangélico” como nunca o foi também uma guerra de pobres contra os ricos, embora a Igreja institucional bastantes vezes não o tenha compreendido nem praticado.

O rasgo GENUINAMENTE evangélico não vai por guerra mas por fraternidade. Muito embora Ele não viesse trazer a paz podre mas a espada afiada. E nota-se! Também aqui. E… felizmente, caro Assis, onde uns te apelidam de “frei” e outros de “santo”… Porque será?

A especialidade da guerra é doutros que prometeram e prometem, ainda hoje, “amanhãs que cantam”. Mas nesse campo nunca militei! Não me arrependo, portanto!

Ora, aí está! Estas são águas que moveram outros moinhos. Como quase todos já concluímos.

Nota 2: Saudações especiais ao Nicolau! Excelente crónica. Não menos excelente português com que a redigiste! Bem-vindo!

Termino.

Abraços e beijos que é como quem diz: ABREIJOS!

2011-11-28

Peinado Torres - PORTO

Bom dia companheiros Depois de ter saboreado a vtória do meu F C Porto sobre o Braga, fui nanar e hoje quando cheguei ao escritório, depois de cumprimentar as pessoas, abri o meu correio electrónico . Li e despachei. Seguidamente fui ao site da AAAR . Não podia ficar mais contente, pois além doa avençados ( ASSIS, ALEXANDRE, MARTINS RIBEIRO ), apareceu creio que pela lª vez o NICOLAU, ex-presidário da quinta da BARROSA, que eu também já não via hÁ 52 anos, bem como o JÙLIO que tive dificuldade em reconhece-lo. São estes encontros de sã camaradagem e amizade, que nos dão vida e força para aguentar-moos os tempos dificeis em que vivemos actualmente, O encontro na Oliveira do Paraíso, em Palmela ,faz parte do nosso roteiro anual de convivios, cuja importância tem de ser realçada devido à devoção e amisade à causa que o ALEXANDRE dedica a todos nós. Parabéns ao NICOLAU pelo texto enviado e pela tua presença, é bom para a ternura dos SETENTA FELIZ NATAL PARA todos nós e FAMÍLIAS VOLTAREI

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