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2011-12-17

Arsénio Pires - Porto

Um Postal de Natal para a Câmara da Cidade

 

A minha amiga Nani não vai ter Natal.

Vive sozinha desde que o marido lhe morreu há já uns quantos anos.

Vive sozinha… é como quem diz! Vivia muito bem acompanhada pelas suas plantas com quem conversava longamente a certas horas do dia na sua marquise solarenga… mas já não vive.

É que os homens da Câmara bateram-lhe à porta num dia destes e gritaram:

- Vamos deitar essa marquise abaixo!

- Mas porquê? Já a tenho há mais de 30 anos e nunca fez mal a ninguém!

- Não interessa. Foi construída sem licença! Tem que ir abaixo. São leis. A Câmara tem que pôr a cidade linda!

 

Marcaram um dia e lá apareceram com as ferramentas todas.

Roubaram-lhe a marquise num instante e as suas plantas ficaram sem casa. E a Nani, sem as suas amigas.

E a minha amiga entrou em depressão. Chora com saudade das suas plantas e diz que não vai ter Natal. Que nem à casa do filho quer ir comer o bacalhau. Que lhe deitaram abaixo a vida ao lhe roubarem a sua marquise. Que os seus dias já não fazem sentido. Que se não fosse por não sei o quê… até lhe apetecia acabar com tudo.

 

- Os homens da Câmara cumprem leis – dizemos-lhe nós, os amigos. Mesmo sem respeitarem a Lei do Usucapião, eles avançam com a espada da Lei nas mãos! Lei injusta e dura… mas Lei. Que a Lei foi feita só para os pobres! Que os ricos nunca precisaram de respeitar as leis. Que por isso mesmo é que são ricos. Que isto e que aquilo…

Mas ela é que não quer saber de nada. Que não sabe quem são eles, que nunca lhes viu a cara, que nunca votou nem nunca votará “em gente desta raça”, diz desconsolada.

 

Amigos, quem arranja uma nova marquise para a minha amiga?

Plantas… ela ainda conservou algumas na esperança, talvez, de que eles, os da Câmara,  se arrependam e, quem sabe?, voltem a colocar lá a sua marquise.

 

P.S. Juro que esta história é verdadeira!

Durante o dia, idosa que é, a Nani vai até ao Centro de Dia para Idosos do nosso bairro “fazer mimos para eles”, como ela diz. Faz umas pataniscas de bacalhau como ninguém. Daquelas que se serviam nas tascas da ribeira de Gaia e se empurravam com um copo de vinho do Porto espetado a respingar encima dum balcão de madeira.

 

Foi ela quem me contou a desgraça que aqui vos deixo.

Acreditem.

Se puderem!

2011-12-15

alexandre gonçalves - palmela

SEGUNDA PARTE: CONTO DA NEVE Bom, como o texto da primeira parte saiu ligeiramente oblíquo, vou agora tentar o ângulo recto. Em boa hora o Sousa Pires trouxe o natal à boca de cena. A memória é um filão de ouro. Basta escavar e logo num molho de bróculos ou de pinhas encontramos reflexos dourados desse tempo inesgotável. Eu não fui para as prendas porque o excessivo amor dos meus pais não derreteu a neve desse tempo. E tanta era que perdura ainda. Se visitarem a aldeia onde eu botei raízes, bem podem cobri-la com o REQUIEM de Mozart. Nem assim acordarão as crianças que morreram nas ruas, nos campos e nos montes. Ao fim da tarde, ao virem da escola, eram surpreendidas por nevões intensos. Algumas moravam longe e nem tempo tinham para se abrigarem. Escorregavam descalças, como dizia o augusto gil na Balada da Neve. Escorregavam no chão da rua direita, que era a mais torta e mais irregular da aldeia. Caíam no chão gelado, mortas de frio, e adormeciam. A neve corria logo pressurosa, condoída e carinhosa, e estendia delicadamente um lençol de linho sobre os tenros corpos. Nos meses de dezembro e janeiro era mais fácil morrer do que ir para a escola. É essa a razão porque a minha aldeia ficou sem rapazes e sem raparigas. Eu próprio morri uma noite no qintal da minha avó, na véspera de natal. Tinha ido buscar umas cabrinhas ao chão da ribeira. A minha avó avisou-me. Olha que vai nevar. O ar corta como lâmina. Vai depressa e não as deixes fugir. Andam por aí lobos esfaimados que lhes chamam um figo se as apanham. Pois sim. Lá ir fui. Mas não houve regresso. Eram cabras a valer. Eram duas apenas mas davam-nos leite e queijo à fartura para toda a família, que graças a deus não era numerosa. Era eu, a minha avó e a minha mãe. O meu pai, atrapalhado com a vida, numa sinistra manhã de nevoeiro, fugiu da aldeia e disseram-me, quando eu já podia entender, que estava no brasil. Bem mal o conheci. Muito mais tarde, fui-me dando conta de que a família dele era outra. Nunca mo disseram. Tive de o suspeitar. Tive de o concluir , na solidão do meu medo. Mas falava eu daquelas duas rebeldes criaturas. A minha avó chamava-lhes cabrinhas, como se fossem meninas de colégio. Mas eu nunca pude concordar. Era ofender a stelinha e a carminha, as filhas da dona ester, que era uma das quatro professoras lá da aldeia. Estas duas meninas nunca morreram. Na casa da dona ester não nevava. E as filhas muito trabalho hão-de dar à minha desgraçada imaginação. Ainda hoje têm as mesmas pernas das rãs quando nadam. Éramos os três da mesma classe, embora a stelinha fosse ano e meio mais velha.Tínhamos fama de bons alunos. Mas elas, além disso, eram lindas e perfumadas. E vestiam muito bem. Esse aspecto não me incomodava. Eu tinha era outro problema. Eram as minhas botas, abertas de ambos os lados. Eu explicava convictamente que aquilo era de propósito. Que fora o sapateiro a fazer umas janelinhas de ventilação. Não era verdade mas eu era um mentiroso compulsivo. E de tanto mentir, cheguei a pensar ser verdade tudo o que eu dissesse muitas vezes. À distância sempre direi que as botas me afligiam e me envergonhavam terrivelmente. Mesmo assim, sentia-me gostado pelas filhas da professora, sobretudo a carminha. No aproveitamento escolar, éramos os três os alunos mais elogiados pelas professoras. Quanto ao resto, foi tudo bem diferente. Como se verá mais adiante. Portanto, não eram cabrinhas mas cabras ou cabronas aqueles animaizinhos. Ao soltá-las, um ruído qualquer foi o bastante para me puxarem a corda até eu não poder mais. Procurei-as pela noite dentro. Era um dia vinte quatro qualquer. O sino já chamara três vezes pelos cristãos para a missa do galo. A neve já começava a pintar tudo de branco. E eu já começara a morrer. Consegui ainda entrar pelas traseiras do quintal. Mas já não subi as escadas de granito. Deixei-me cair sobre um pouco de palha que ali havia. A neve, maternal e comovida, cobriu-me de branco, porque era essa a cor da minha idade. Fiz uma morte simples e de algum modo confortável. Alguns anos depois ressuscitei em vila nova. Foi obra da dona ester. Era uma pena que tão grande inteligência ficasse lá pela aldeia. Moveu os cordelinhos todos para eu atravessar montanhas e vales num combóio escuro que eu nunca tinha visto. Só não moveu nem o seu coração nem o da carminha em direcção ao meu. Nas férias, se ela me prestasse só que fosse um pouquinho de atenção, eu não voltava a vila nova. Mas percebi muito cedo que ela voava muito alto. E eu, embora uma grande cabeça e um belíssimo coração na versão da mãe, eu era muito baixinho quer para a carminha, quer para a mamã. Nos últimos anos liceais, fui proibido de falar com as meninas da minha infância de neve. Na sua avisada opinião, eu daria um excelente sacerdote. Não dei nem excelente nem medíocre. Dei o que dei, um execrável advogado, que mal cobre com os seus ganhos as despesas que faz. Mas sobre a carminha, ainda hei-de falar um dia. Agora, só quero voltar a vila nova. Aos natais de vila nova, que foram todos tristes. Uma tristeza crua e seca, esmagada por uma aparência cínica de alegria. Após a ceia, que eu engolia como se estivesse doente, disfarçava-me de um produto quase divino e punha-me fora de tudo o que acontecia. Quando começavam as rifas, eu fazia tudo o que os outros faziam. Aparentemente. Em rigor nunca preenchi uma ficha. Eu não estava vivo. Se alguma vida tinha, ela não estava lá. Navegava pelo espaço da noite. Nunca ninguém notou que eu abandonava o jogo e os divertimentos. Mas não o fazia como quem vai e volta. Muito cedo descobri um reduto. Era no recanto superior esquerdo da capela. Não o fazia por qualquer excessivo apelo de ordem religiosa. Nunca me senti bem por esse lado. Era antes um lugar para a tristeza, como quem alimenta um cão de companhia. Neste lugar, à minha maneira, também voava. Ia à missa do galo da minha aldeia, consolava as mulheres da minha vida, que na altura já eram quase meia dúzia. Mais que tudo, talvez provocasse um enconto casual com a carminha. Ela andaria agora já nos dezasseis anos. Isso era avassalador. Desde longe, eu conseguia tirar-lhe alguma roupa, tocávamos sem querer um no outro e eu pedia desculpa. Mas ela é que não ia por aí. Tomava a iniciativa para eu me livrar de culpas e de confessores, uma praga a abater por ambos. E então sim, fazíamos o primeiro beijo da vida, mas só isso, por causa dos retiros. O beijo, sendo lento e puro, deixava-nos em serenidade de consciência. Adormeci muitas vezes e sem culpas nestes voos domésticos. Nunca ninguém deu pela minha falta. Pela madrugada, à luz sonâmbula das escadas e do dormitório, eu procurava a minha cama, deitava-me mas já não dormia mais. Ouvia a respiração geral, os sonhos sonoros e dramáticos de cem jovens à procura do futuro. E o futuro era apenas neve.
2011-12-15

alexandre Gonçalves - palmela

CONTO DA LEBRE PRIMEIRA PARTE Era uma vez uma lebre. E tão subtil era e fugidia, que nem o mais gabarola dos caçadores lhe dava o tiro certeiro. Na maioria das vezes eram só os cães especializados que a viam. Mas ver é uma coisa, caçar é outra. Ela movimentava-se agilmente nos campos de mato rasteiro, entre giestas e carqueijas. Era um animal nédio, de pelagem sumptuosa, bem constituída de formas e movimento, sem que no entanto se notasse qualquer desequilíbrio de volumetria. Quando os furtivos perseguidores passavam por perto, consolavam-se com um inebriante aroma de estevas e frutos de bosque. De noite sonhavam com ela. Despiam-na lentamente como se fosse um ritual. Temperavam-na com ervas aromáticas e deixavam-na de molho algum tempo para apurarem o sabor. Quando finalmente estava pronta para o banquete, acordavam furiosamente e praguejavam de insónia. Mas um dia a lebre foi apanhada em descuido, naquele enlevo de alma que a fortuna não deixa durar muito. Tomava ela o seu banho matinal numa ribeira de água límpida, dessas que havia antigamente. Um bando de predadores que por ali pernoitavam, sem pudor e sem escrúpulos, moveram um cerco cerrado. A pobre da lebre nem sequer tentou a fuga. Fez um sinal sonoro a uma prima, que estaria num outro açude mais abaixo, como vinha sendo habitual. O ruído da corrente impediu a audição do aviso. Vai daí, os caçadores deitaram-lhe as garras, e ambas as lebres, nédias e sucolentas, tiveram o mesmo destino, aliás glorioso. Vieram parar, por artes do demónio, a um lugar ao sul, por muitos considerado um paraíso. Estão prontas para serem imoladas em honra do menino que elas próprias deram à luz. Vem daí a palvra "natal", que é a grande narrativa da infância. Quando nasce um menino, todos nascemos de novo. Porque é próprio do homem morrer durante todo o ano, para voltar a nascer em dezembro. Para que assim se cumpram as escrituras, que são profecias anteriores à própria humanidade. E assim garantir uma duração sem fim e sem as insuportáveis agressões do tempo.
2011-12-12

manuel vieira - esposende

O nosso colega Delfim tem andado entusiasmado com este Natal ao convidar por mensagem electrónica muitos dos  nossos colegas a contribuir com 10 euros a troco de um DVD gravado pelo Martins Ribeiro, para ofertar ao padre Henri le Boursicaud que vive num bairro de lata nos arrabaldes de Fortaleza.

O assunto não foge às pinhas mansas pois hoje fartou-se de "descascar" ao saber que apenas 9 dos colegas responderam positivamente ao seu convite, transferindo aquele valor ou mais para uma conta do Assis.

Já lhe respondi dizendo que é normal esta atitude acomodada perante o desafio para ser solidário com um homem que bem conhecemos e admiramos. !0 euros não será problema para nenhum dos colegas que recebeu a mensagem do Delfim e eu já tive o cuidado de dar o meu contributo, já recebi o DVD mas ainda não o vi porque esta última parte será cumprida num dos meus dias de ócio.

É como a pinha mansa com as gulosas sementes; se cada um oferecer um pinhão ao Padre Henri ele vai sorrir e perceber que os seus amigos de além mar se esforçaram e juntaram para lhe proporcionar um melhor Natal. Já sabemos como ele vai partilhar, mas aquele homem é assim!

  

2011-12-12

A.Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

    Andam por aqui os meus caros companheiros e amigos a alardear com as célebres pinhas mansas, trazidas á baila pelo Arsénio e eu, claro, também as tive e por isso não quero ficar atrás no meu depoimento. Assim sendo e em jeito de balada, aqui vos vou falar agora do que foram os meus Natais.

Já por mim foram passando muitos Natais, em épocas mais felizes uns, outros nas mais atribuladas, mas todos eles com o seu espírito de amor e paz, rudes, genuínos e humildes. Poderia estar para aqui a recordar muitos deles mas hoje só vou lembrar o Natal de quando eu era pequenino, da minha infância, da minha mocidade, de quando ia descalço para a escola, em dias de geada e frio, porque achávamos giro tirar os tamancos com solas de pau de amieiro cardadas com tacholas. Foram Natais emblemáticos pela magia que irradiavam, Natais onde faltava tudo num tempo de guerra mundial e de extrema penúria em todos os povos. Ninguém tinha nada e todos tinham tudo porque se repartia pelos vizinhos, com alegria e bondade, o pouco que havia. 

No canto da  sala da casa de meus pais era armado um singelo presépio, uma cabana tosca feita de gravatos e palha metida no meio de pedras cobertas de musgo e onde estava deitado um Menino Jesus de barro, sorridente e de braços abertos, rodeado por S.José e pela Virgem Nossa Senhora, sua mãe, também do tradicional jumento e da mansa vaquinha. Nessa noite santa, vinham outros irmãos que estavam longe, vinham tios e primos, vinham outras crianças e amigos e, á hora da ceia nunca faltou o peculiar bacalhau com batatas e couves galegas, o polvo colorido e fumegante, tudo regado com generoso vinho carrascão do meu adorado Minho. No fim eram servidos os doces: rabanadas tostadas polvilhadas com canela e açúcar amarelo, as borrachonas ásperas e de acre sabor, os bolinhos de jerimu e as filhoses de massa doce de farinha, fritas em azeite puro do lavrador. No fim de tudo e até altas horas da noite era-nos permitido jogar ao rapa com pinhões descascados de pinhas mansas abertas numa fogueira que nos deixava as mãos e as caras ensarranhadas.

Nesse tempo não havia brinquedos nem prendas: os que existiam eram feitos por nós á navalha com pedaços de tabuínhas de madeira, diversos paus e arames. E que lindos que eles ficavam! Eram carrinhos singelos, barcos e aviões, bicicletas e carros de bois, até um combóio com muitas carruagens. Na manhã de Natal fazíamos uma bola de trapos com meias velhas e logo de seguida espantávamos o frio num jogo renhido entre toda a rapaziada. 

A vida era difícil, com muitas carências, em certos casos com alguma fome. Havia o Salazar e o Carmona, mas tudo era pobre, possivelmente alguns remediados. Nessa altura começava a aparecer a luz eléctrica em certos lugares. Lembro-me de a minha aldeia ter sido uma das primeiras onde ela foi ligada e o meu pai comprou então um rádio muito pequeno, com uma potência mais fraca que a de um telemóvel de hoje e que nós colocávamos numa janela quando aos domingos  dava os relatos de futebol e o púnhamos no máximo para que os golos do Benfica se pudessem ouvir no outro lado da Galiza que só tinha o rio Minho de permeio. Grande ilusão das nossas mentes infantis que julgavam ser o mundo um pequeno quintal pois, na verdade, esses gritos de triunfo mal se conseguiam ouvir na própria sala onde nos encontrávamos.

Porque se tornaram então tão inesquecíveis esses Natais da minha juventude? Porque irradiava deles uma essência de paz e fraternidade, uma força divina capaz de parar uma batalha tão mortífera e feroz como a de Estalinegrado, na frente russa, numa trégua tão ingente e avassaladora que invadia as mentes retorcidas pelo ódio. Fui desse tempo e embora lá não tenha estado sei do acontecimento porque dele reza a História. Mesmo nessa noite infernal da refrega a força do Natal  fez  deter a horrorosa chacina, chamando ao respeito e á piedade a razão humana, podendo então ouvir-se o som dum piano tocando a irreal melodia do "Stille Nacht" que irrompia solitária do fundo dos escombros e do morticínio 

Mais tarde, enquanto fui crescendo, outros sóis e outras luas de Natal aconteceram. Vieram os Natais do seminário, diferentes mas belos, vieram os da tropa, os da minha fase de solteiro, os passados depois com meus filhos e netos, todos eles deixando sempre e de uma forma geral a sua intrínseca magia, os eflúvios da sua força infinita e divina, espalhando a caridade e a paz. E durante toda a minha existência, ingénuo de mim, nunca concebi nem imaginei sequer que algum dia pudesse acontecer um Natal como o deste fatídico ano de 2011. Um Natal abominável e atrabiliário, esvoaçado por avejões tenebrosos que zunem á nossa volta em cimérios pesadelos de trevas e fatalidade, onde sobressaem demónios, um Natal povoado de cínicos e rapaces ladrões que numa desvergonha sem nome escolheram precisamente esta santa Quadra para roubar, de forma ignominiosa e agressiva, os parcos recursos que milhões de pobres e miseráveis tinham angariado durante anos a fio com árduo trabalho e com o esforçado suor do seu rosto, extorquidos em nome dum suposto e maldito privilégio, só para  enriquecer os seus covis,

Por isso aqui estou nesta santa hora a desejar sinceramente a todos vós um Natal, se não melhor, ao menos como aqueles que citei do meu passado, todos eles imbuídos de apreço e consideração. Felizmente que ainda me restam na memória esses Natais passados para os poder sentir e oferecer, pois Natais como o presente não os posso nem quero desejar a ninguém. Seria um desaforo e um insulto porque esse não é o meu Natal!


 

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