fale connosco


2020-06-12

José Manuel Lamas - Navarra - Braga

 

 

    Visto casaca de gola dourada

     E camisa com punhos de renda 

     Para responder à chamada 

     E despachar a encomenda 

 

     P'ró São João eu até corro 

     P'ra consumir sardinhas e vinho 

     Cheirar manjerico e alho porro 

     E pela madrugada brincar com o martelinho...  

 

2020-06-10

Aventino - Porto

QUADRAS DE SÃO JOÃO:

Para que acalmeis a Vossa profusão de tanta escrita, pronho-vos um concurso de QUADRAS DE SÃO JOÃO.

O concurso está aberto desde este momento e encerra às 24 horas do dia 24 de junho de 2020.

Sairá vencedora a quadra mais foleira, pirosa e primária que aqui for publicada. Para abrir as hostes, aqui vão duas deste magano que já há muito não puxava esta carroça:

São João tocou-me à porta,

pediu sardinhas e pão.

Fui ao cofre dos sentidos

Dei-lhe um baú de solidão.

 

xxxx

Prometi à minha mãe

que haveria de ser feliz.

Que contas lhe hei de dar

desta promessa que fiz?!

2020-06-06

José Manuel Lamas - Navarra - Braga

 

 

   Dizem - me alguns amigos que ansiosos 

  aqui vieram procurar novidades

  apenas encontraram uns versos manhosos

  e algumas obliquidades

 

  Disse - lhes esperai com calma

  que se vá embora o corona

  e sossegai a vossa alma

  que eles vão voltar à tona

 

  E eis que aparece o Aventino

  qual adepto da perfeição

  por sua vontade não por destino

  dar um valente pontapé na solidão ...

  

2020-06-05

Aventino - Porto

 

AO ALEXANDRE AO ALEXANDRE AO ALEXANDRE AO ALEXANDRE

 

O que eu queria era escrever-te um soneto assim:

intenso, profundo, de encher a mão.

Um poema perfeito, etéreo e sem fim

que abarcasse toda a nossa solidão.

2020-05-26

lexandre gonçalves - palmela

 

OBLIQUIDADES

Ao Aventino, à perturbação que semeou por estes lugares. Ao silêncio com que agora nos adormece colectivamente e sem remorso. À grandeza das suas razões e à intensidade comovida que paira nos seus textos. A isso tudo, e o mais que não importa agora referir, dedido este soneto oblíquo como reconhecimento preferencial do seu paciente perfil para este género de leituras. Com amizade e admiração. AG

 

Já nem redondas são as mãos que temos.

Oblíquos são os gestos e cortantes.

Amámo-nos sem termos sido amantes,

vazios nos tornámos e pequenos.

 

Não rimos, não lembramos, não dizemos.

O  silêncio disfarça por instantes.

Fazemos ironias elegantes

para esquecer os beijos que nos demos.

 

Que amor obscuro nos aconteceu?

Qual de nós na cidade se perdeu,

para ficarmos ambos tão sozinhos?

 

Das mãos nos distraímos sem remorso.

O tempo original já não é nosso.

Cedo o vento o levou por vãos caminhos.

                              

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