2011-09-12
A. Martins Ribeiro - TERRAS DE VALDEVEZ
AQUELES QUE FICARAM
foi porque quiseram. A data que se aventou foi lançada com tempo á consideração de todos os possíveis interessados, não tendo nenhum deles apresentado qualquer reclamação ou sequer sugestão, como se esperava.
Bem se diz, e com razão, que não há fome que não dê em fartura: um dos meus receios que, conforme se ia aproximando a horinha, se transformava em medo e angústia, era o de que o meu grito de chamada se perdesse no deserto da indiferença e da deserção. Podia lá ser! Expliquei sempre e muitas vezes que esta era uma “guerra” especial que só podia ter êxito com uma planificação á risca. Tinha que ser travada com um número certo de guerreiros e então que sucedeu? Quando o batalhão estava pronto e já dada a ordem de marcha, num repente, começaram a apresentar-se muitos mais recrutas e já não havia armas para eles todos nem se poderiam adquirir já a tempo. Como está bom de perceber, nunca se excluiu quem quer que fosse; precisamente o contrário.
Ninguém mais que eu teria uma alegria imensa em ver presente o Aventino e muitos outros mais. E então agora, triste de mim, que farei? Sinceramente, não sei! O que vos digo é que também não queria ficar com o papel de vilão nem com o ónus ilícito de decisões despropositadas.
Creio bem que falei, e até demais, aos meninos da minha carteira; o que me parece é que esses meninos, estouvados e traquinas, é que não quiseram ouvir e, quando se aperceberam, só não digo que já era tarde, porque para mim e para todos nós, tarde nunca é, nem tal podemos aceitamos.