Olá, meus amigos!
Quanta água passou por baixo da ponte e eu a dormir... Ainda bem que alguém me chamou à pedra e acordei para ler as vossas intervenções... 1 - Antes de mais, ainda que atrasados, os meus parabens ao nosso SITE pelo seu segundo aniversário. 2 - Agradeço o Email ao Peinado, embora tenha ficado com a dúvida da troca de um ponto (.) em vez da (,) que aparece entre o "peinado (,) torres". Eu pelo menos nunca vi. Mas não pretendo afirmar com isso que já vi tudo...Ok?...Vós já tinheis visto o Berlusconi como autor de baladas? Não, pois não?...Que ele era artista em outros campos, isso também eu já tinha visto... 3 - "Palra a pega e o papagaio. Cacareja a galinha....etc." aprendemos todos na primária. "...a fala foi dada ao homem, rei dos outros animais..." mas é verdade, Aventino, por vezes também "ladramos"... Ouvia eu por vezes`, quando criança, às mães que chamavam na minha terra pelos filhos e eles se demoravam a responder ou ir até junto delas...«chamo eu...ou ladra um cão?...»(interessante! nunca diziam cadela...elas lá sabiam porquê). Que o mundo nunca esteve tão bom...aceito se estás a ironizar, mas não só em Portugal, claro. Azedar, azedar...não pretendo, nem desejo, mas olha que os os nossos governantes - estes e os anteriores, já mesmo após o 25 de Abril e também do tempo da velha senhora - têm-nos dado a beber cá um raio dum VINAGRE... não há salada que o suporte...Talvez seja graças a este maldito vinagre que ainda não consegui aliar-me a um qualquer partido político. 4 - A minha alegria pelo regresso do nosso amigo J. Marques. Com azedumes ou sem azedumes, com teres entendido ou deixado de entender o quer que seja - eu também não entendi algumas coisas -, ou até com as porradas que possam cair sobre as tuas costas, não te escondas, aparece, pois és dos nossos e tens direitos iguais a todos nós. 5 - Ao Beltrano A 75 - Que bom amigo Arsénio! Eu, que pouco aprendi dos símbolos químicos, apesar de ter aprendido ou pelo menos admitido que no nosso corpo todos eles se encontravam - até ouro, vê lá tu... - Beltrano foi termo que nunca usei. Fulano, sim. Pois, como beltrano ou fulano, cada um de nós pode ser FELIZ, mas não morto, VIVINHO da silva. É mesmo nossa obrigação, já que para isso viemos a este mundo, não para sofrer...Só que, como o nosso amigo Henri Le Boursicau (suponho que o amigo J.Marques é a ele que se refere) diz, temos logo de nos interrogar: "como posso ser totalmente feliz, sabendo que que irmãos nossos morrem de fome num mundo onde se esbanja tanto?" - 6 - De Mikis Theodorakis, admiro a sua bela música e, agora, também a sua opinião sobre democracia. A este propósito, já enviei em tempos, a muitos de vós, uma mensagem do nosso associado Álvaro Gomes. Seria bom que fosse colocada no nosso site, bem como uma outra que ainda não enviei e que lhe pedi me fosse permitido também divulgar, como a anterior, entre os amigos. São mensagens que merecem, a meu ver,o maior respeito e admiração. Aguardo contudo a autorização para a segunda. 7 - Ao nosso amigo Castro. - "Sou pobre mas honrado..." Lá que tenhas sido e continues assim por muito tempo, pelo menos honrado, ainda vá que não vá. Agora FALIDO...não. Pelo menos não dês o tiro na tola. Faz como os nossos governates e outros que tais...(a)ROUBA...são só quinze Kgs... "PORRA"! A isto acrescentaria, o agora pe. Teixeira, quando jovem em Gaia: «asso...asso, sor António...» como é que tu conseguiste ter sido tantas coisas e estado em tantas situações com as que descreves?... Tu mesmo dizes e tens que aceitar levar porrada por tudo isto...Pelo que nos contas já deves ter mais 20 anos do que eu e olha que eu já estou às portas dos 70... A única dívida que te podemos perdoar -pelo menos da minha parte - é que continues a escrivinhar como tão bem sabes no nosso site, ok? 8 - Finalmente ao homem das Quadras, ao Aleixo Gaudêncio. Que belas elas são e sábias, vindas de quem apenas recebera ensinamentos na primária, mas bebera na VIVDA vivida...
Agora digo eu: "PORRA, sor António...que já escrevi de mais..." já nem vou reler...emendai vós se vos aprouver...
PS - Só um agradecimento especial ao Alexandre e ao Pascoal. A ambos pela bela recepção no magusto e na quintina de cada um deles. Ao Pascoal e à D. Fátima, ainda pelas belas e saborosas clementinas do seu pomar e pelo leito quentinho em que me deitaram.
CINCO QUADRAS
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
desta falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar.......
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
ANTÓNIO ALEIXO
Meus caros:
Este post do Castro, bem certeiro e diagnóstico perfeito do muito que se passa nesta pobreza-riqueza do nosso país, levou-me, embora por outro caminho, a redigir este grito de revolta.
Porra! Até já os explorados por esta roubalheira planetária dizem:
- Pois! Andávamos a viver acima das nossas possibilidades… Agora temos que pagar!
Esta nossa propensão para a auto-culpabilização e flagelação é confrangedora!
Mas quem é que andava a viver acima das suas possibilidades? Se isso pode ser verdade para alguns, acaso é verdade para todos? Para a grande maioria?
Para os reformados que trabalharam toda a sua vida e a agora se vêem roubados de grande parte da reforma com que contavam para acabar os seus dias mais ou menos amparados?
Para os jovens sem emprego que se vêem forçados a carregar a mala às costas em direcção aos aeroportos de outros países?
Para os milhões que dum dia para o outro acordaram e acordam no desemprego ainda a meio da sua idade produtiva?
São estes os que consumiram e consomem acima das suas possibilidades?!
Será que aqueles que vivem do seu trabalho não têm direito a retirar o que puderem para o empregar naquilo que é fundamental: casa, meio de locomoção e comida?
Alguém me responde a esta pergunta:
- Por que razão muitos deixaram de poder pagar os seus empréstimos que os bancos tão generosamente ofereciam e lhes metiam pelos bolsos dentro?
Respondo eu:
- Não será que o fizeram porque os juros iniciais foram subindo exponencialmente, puxados pela usura daqueles mesmos que lhes emprestaram tão facilmente o dinheiro?
Não será que muitos empresários avarentos e desprovidos de qualquer valor ético foram deitando para a rua do desemprego milhares e milhares de trabalhadores para manterem os seus objectivos de lucro sempre em crescendo de ano para ano?
Acaso esta crise não rebentou quando os pobres deste planeta deixaram de poder pagar as prestações aos donos do dinheiro e estes se viram entulhados nos jardins das suas casas com o lixo que eles próprios quiseram e ajudaram a criar?
Mas quem é que viveu e vive acima das suas “legais” possibilidades? Foram os milhões de pobres deste planeta ou a meia dúzia de ricos que enchem as páginas da revista “Forbes” e são donos desta Casa que deveria ser de todos?!
Quantos pobres são necessários para fazer um rico? Alguém sabe?
Nada temos contra os ricos, contra os ricos que são honestos, que põem a sua riqueza ao serviço dos outros. Interrogamos, sim, os ricos desonestos! Desonestos porque figuram nas listas dos maiores possuidores de bens à custa da fome e morte daqueles que pouco ou nada têm.
E nós, em Portugal, temos alguns que figuram na Forbes!
E... mais!
Ouçam o grego Mikis Theodorakis:
"A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios gerarm sob a forma de dívidas".
E agora, não ladram?
Não marcam comezainas?
Venham! Malhem!
Quero lá saber!
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