2011-12-27
manuel vieira - esposende
Hoje, meus amigos, foi "Roupa Velha" e atentos à quadra podemos naturalmente descodificar a receita, sem confusões com o uso desmesurado de indumentária.
É uso da consoada o reforço das panelas com esse fim, numa tradição que tem atravessado gerações.
Limpinho de espinhas e da pele, lasca-se o bacalhau e reserva-se. Noutro recipiente cortam-se e reservam-se os "coivões" e as batatas também sobrantes.
Num tacho alargado aloira-se em bom azeite a cebola e o alho limpo do grelo, com folha de louro e toque ligeiro de pimenta preta moída na hora.
Adicionam-se os ingredientes reservados da ceia e vai-se mexendo, dando-lhe a frescura e intensidade de umas gotas muito ligeiras de vinagre Moura Alves, o tal com 10 graus de acidez estagiado em barricas de carvalho durante 10 anos . Também um toque de cominhos pode reforçar os aromas.
Emprata-se a Roupa velha, remoçando com ovo cozido em rodelas generosas e azeitonas pretas e um toque subtil de salsa cortada finamente.
É uma velha tradição portuguesa com arraiais fortes no Minho e pode ser cozinhado em versões ligeiramente diferentes.
Nas sobremesas as aletrias, os mexidos, os frutos secos, as rabanadas, os bolinhos de abóbora, o bolo rei e outros sustentos bem doces enxameiam as mesas.
Por cá fica o meu contributo...