2014-11-19
ANTÓNIO GAUDÊNCIO - LISBOA
Julgo ser tempo de voltar às nossas conversas uma vez que as mazelas que me têm azucrinado começam a mostrar-se cansadas e, mais dia menos dia, vão atirar com a toalha ao chão. Vou vencê-las pelo cansaço!!!!!
Vou escrever motivado, essencialmente, por uma ou duas deixas do nosso muito querido e estimado Presidente ( da AAAR). Nada de confusões.
O Manél, tu conseguiste pôr-me a salivar com essa cabidela de galo. Valia a pena andar uns quilómetros mesmo que fosse, apenas e só, por duas garfadas ( colheradas). Mas ficou-me uma pequena dúvida: com todos esses temperos e carinhos esse pito, ao fim, ainda sabia a galo do campo?
Outra dica do nosso Presidente tem muita pertinência e refiro-me à sua observação sobre o Magusto de Palmela. Dois companheiros falaram aqui sobre o evento mas nenhum lá esteve. É tarde para justificar o silêncio dos que lá estiveram e agora eu só vou tentar disfarçar um pouco.
Escrever sobre o Magusto de Palmela não é aliciante porque, ao fazê-lo, corro o o risco de voltar às repetições, lugares comuns e de pintar o que já sabemos sobre convívios idênticos. Mas o risco ainda não é taxado.........
A Quinta " Oliveira do Paraíso " é agradável e o seu dono, nosso anfitrião, é um poço de amabilidade, de generosidade, de disponibilidade e de trabalho e juntos, a Quinta e o dono, são um binómio que propiciam condições ímpares para que estes convívios sejam sempre memoráveis. Desta vez o tempo não ajudou, houve que alterar rotinas mas, acreditem, ninguém se lastimou e as coisas correram tão bem como se a chuva não se lembrasse de nos visitar de quando em vez.
Presenças foram bastantes e algumas de bem longe vieram o que a todos nos sensilizou. E há a registar duas estreias: A Joana, esposa do Fernando Campos, e a Inês, filha do Morais. E já que estou a falar de elementos femininos quero realçar uma coisa que ninguém me contestará: estes convívios são dos antigos alunos etc mas quem dá vida, emoção, brilho e alegria aos mesmos são as nossas mulheres. Sem elas seríamos para ali uma dúzia de morcões que não desfrutaríamos nem metade. ( honni soit qui mal y pense ).
Sobre entradas, almoço, sobremesas e castanhas nada a apontar embora as castanhas se tivessem deixado chamuscar um pouquinho.
No decorrer da jornada fizemos o que sempre fazemos: comemos. beberricámos, evocámos, rimos, ajudámos as mulheres, fizemos algum trabalho pesado e também vimos outros a trabalhar. Resumindo: foi agradável.
Para encerrar esta pequena crónica quero transmitir-vos a opinião da estreante Inês, filha do Morais, que se mostrou muito agradada com a forma como tudo decorreu pois pensava que estes convívios eram de velhos e para velhos e, afinal, não foi isso o que viu. Inseriu-se no grupo com toda a naturalidade, sentiu-se bem e não poupou esforços quando tocou a levantar a mesa e a lavar a loiça.
Outra estreante que ficou entusiasmada com o que viu e viveu foi a esposa do Fernando Campos a quem tomo a liberdade de tratar por Joana ( sem Dona). Disse ter-se sentido, mal chegou, integrada e acarinhada, vibrou com a nossa alegria, trabalhou, viu a lhaneza com que o grupo acolhe e se relaciona com todos e pediu para a avisarem sempre que haja eventos destes. Não quer faltar a mais nenhum.
E volto, inevitavelmente, aos clássicos chavões : foi um dia bem passado, foi bom rever os amigos , foi bom termos a noção que o manancial da amizade ainda não se esgotou em nós e só foi pena que muitos outros não pudessem estar connosco.