2009-12-05
AMOR ETERNO
O meu amor por ti será eterno,
Mais duradoiro ainda que a Morte,
Embora seja frio como o inverno,
Malgrado negra seja a minha sorte.
Amor triste, desconsolado e só?
Porquê, se cartas tuas eu recebo?
Sim, respondes mas é porque tens dó
Da minha dor, dos sonhos que concebo.
Não me queres e ris, talvez, ainda
Do naufrágio fatal, turbilhonante,
Nesta paixão que, crês, um dia finda.
Acabar? Nunca! Embora indiferente
Seja p'ra ti, protesto, delirante:
Sempre, oh! Sempre hei-de amar-te … eternamente!
António Rivus