Diamantino da Silva Alves tem 64 anos de idade, nasceu em Moreira da Maia, do concelho da Maia e distrito do Porto onde reside e rumou à Quinta da Barrosa no dia 25 de Agosto de 1958.
Com ele rumaram nesse ano mais 38, constando nesse grupo o Simões Santos, o Pedro Barreira, o José Mendes Baptista, o Álvaro Gomes, o Laurindo, o Carlos Barata, o Augusto Lontro e o Germano Monteiro entre outros.
É presença assídua nos nossos Encontros e quisemos ouvi-lo:
1-Tantos anos depois o que recordas de mais marcante na tua passagem pelo seminário?
A persistência do sol nos vitrais da Capela ,onde formatei os meus valores. Nesse dias elevava-se o meu conhecimento. A Biblioteca onde devorei livros .
Dois Saudosos Mestres: Pe Pereira e Augusto. E alguns companheiros. Os que ainda hoje posso abraçar, e a solidariedade no rigor das utopias do meu saudoso companheiro Carlos Barata.
2-Como encaraste a saída?
Muito mal. Senti-me traído pelas pessoas em quem confiava cegamente. Ofendido por uma retrógrada e desacreditada metodologia que não soube respeitar nem pais, nem alunos e nada teve de educação evangelizadora.
Eis, porque ainda hoje, não reconheço nem valido , altruísmos míticos.
3-Como foi a adaptação ao exterior? Os primeiros tempos após a saída:
Muito difícil, os três primeiros meses. Não saía de casa. Sentia-me confuso, tímido. Um amigo e o pároco ajudaram a minha inserção no meio.
Estou grato a alguns movimentos da Acção Católica que me absorveram.
4-Em poucas linhas traça o teu percurso de vida pós seminário:
Após nove meses entrei no mundo do trabalho. Incentivam-me a retomar os estudos. Optei por Química no ISEP. Nos quarenta e três anos de colaboração, a um dos grupos económicos deste país, passei vinte, percorrendo o mundo, na sua expansão. Tudo isto só possível, em partilha com uma disponível esposa, que me presenteou com dois filhos.
5-Sei que estás envolvido num trabalho social:
Como é o dia a dia de hoje de um ex-seminarista sempre redentorista?
Missionário da família e da comunidade. No meu dia a dia, tenho que ver e possuir algo de novo, numa das palmas da mão. Ser solidário, é a minha identificação de ex- seminarista redentorista.