Caros amigos,
Antigamente, na minha aldeia, durante a Festa de Natal íamos todos juntos, debaixo de um céu cheio de estrelas, velhos e crianças, ricos e pobres, cantando até à nossa igreja. Recordo-me bem que depois de tantas curvas ela aparecia toda iluminada e no meio de tanta gente as crianças gritavam de alegria no calor de um outro mundo onde cada um se sentia irmão do seu vizinho. Era a comunhão geral onde os corações se sentiam intimamente unidos. Já nada é como dantes!
Hoje a festa do Natal parece enterrada debaixo de um materialismo consumista que vive indiferente à solidão e angústias dos que sofrem num mundo evidente de ilusões e individualismos.
Mas…apesar de tudo ainda tenho esperança na festa de natal que existe em alguns corações, mais profunda e consciente da necessidade de reduzir injustiças através do Amor.
Tenho fé num Deus interior presente no íntimo do nosso coração, de tal maneira que quando agimos, sendo uma acção de cada um, é também d’Ele e neste Natal poderemos de alguma forma confirmar a Sua presença, provavelmente ali, perto da casa de cada um .
Esta fantástica emoção só é possível numa vivência em união com o Amor infinito e Convosco sei que não estou mais só.
A tranquilidade, a paz infinita invade agora o meu ser inteiro e com esta minha mensagem quero espalhar a paz do Natal, uma Paz desconhecida de um mundo completamente diferente, a paz da presença real, íntima, do Amor e Justiça do Deus infinito.
Essa, meus caros amigos é a paz do Natal, que exige nas nossas relações a partilha mais justa dos bens materiais e espirituais com amor e justiça, olhando sempre os que mais precisam.
Henri Le Boursicaud
