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2015-06-04

Arsénio Pires - Porto

EPIGRAMA para NÓS


De favas e castanhas se alimenta

a nossa envelhecida Associação.

E nada mais produz ou mesmo inventa

pra endireitar a curva dos setenta

que a muitos dobra e mata a criação.

 

A maioria joga na bancada

confiando que a bola venha a entrar.

Mas, se alguém a convida pra jogada,

dá a morte da tia, já enterrada,

por desculpa pra não se levantar.

 

Quase todos, derreados, estremecem

sem saberem por onde hão-de seguir.

Alguns espetam farpas e emudecem,

outros surgem mas não mais aparecem

e há quem diga: A Palmeira vai cair!

 

Mas se houver quem forneça o alimento,

a mesa, o prato, o copo e o tintol,

não vai faltar vigor ao regimento,

que a CULTURA não é o seu sustento

nem tal arma se encontra em seu paiol.

 

E assim vai o mundo dos AAR

em que impera esta vã ociosidade.

Sem história pra termos que contar,

só nos resta um milagre e esperar

que da Palmeira brote a eterna idade!

2015-06-02

José Manuel Lamas - Navarra - Braga

 

 

                                      Um suspiro de alívio

 

 

                  Como o tempo de si mesmo chora

                  também nós de nós podemos chorar

                  chorando pela Palmeira que se vai embora

                  se dela não soubermos bem cuidar.

                  Mas porque a sul do Mondego

                  tal como no norte há companheiros

                  que pela nobre causa nutrem apego

                  e dela querem ser obreiros

                  ainda que lhes chamem mouros pagãos

                  por vezes comunistas também

                  mesmo assim são eles que se dão as mãos

                  e juntos com os de Orbacém

                  numa luta qual canseira

                  como se defendessem a própria mãe

                  tentam salvar a velha PALMEIRA .

 

 

 

       E aquele abraço 

 

                              Zé Lamas

2015-06-01

alexandre gonçalves - palmela

 

BARROSAL VII - Uma Ponte sobre o Verão

 

O tempo acaba o ano, o mês e a hora,

a força, a arte, a manha, a fortaleza;

o tempo acaba a fama e a riqueza,

o tempo o mesmo tempo de si chora.

 

Camões

 

Quantos anos durará ainda o mês de junho? Quanto tempo durarão as cerejas de maio? E os morangos, que trouxeram à boca sugestões e sabores já perdidos para sempre? Tudo flui velozmente, subtilmente, vorazmente. Até a palmeira de Vila Nova, cujos ramos anunciam uma inclinação de vertigem, está a perder o sagrado carácter de eternidade. Que nenhum presságio transfira dessa morte anunciada qualquer relação com a Palmeira vigorosa, que aos deuses de Orbacém se associou, para beber esse vinho velho da amizade. Dezoito presenças estuantes de alegria, de juventude e resistência atestam um outro ritmo de estar, de ser e até de sonhar. Não estamos decadentes. Temos uma intensa memória, que apenas precisa de sinais, de um navio, de um aceno, para mostrar vitalidade e movimento. Estamos todos em viagem. Que razões nos podem assistir para nos sentarmos a consumir hábitos e rotinas letais? Que outro sentido podemos dar ao tempo?

Eis os motivos que fundamentam um novo encontro, aqui nas margens épicas do tejo, rente à cidade branca, à lusa capital ibérica, onde a luz apaga a sombra dos pardos poderes que nos têm espoliado de toda a esperança. Venham apesar disso! Venham até por isso! Venham pelo azul ofuscante deste céu, pela doçura destes mares, pela diferença destas práticas! Chamam-nos de mouros e pagãos. E às vezes até de comunistas. Notem que nem sequer nos defendemos. Mas também não confirmamos. Uma coisa porém se esclarece: não abdicamos do amor. Onde se juntarem duas ou mais pessoas, em nome dos abraços e das palavras e dos rituais, aí estará a verdade possível. O acesso não será o verde caminho do fradinho. Mas o convento é igual. Erva não faltará para apascentar desejos remotos. Montanha também haverá que sobre. O mar render-se-á ao nosso olhar, só por nos saber admiradores das líquidas paisagens, de onde aliás fomos extraídos. O vinho, se for branco, elevar-nos-á acima do arvoredo, para contemplarmos com olhos claros a brancura do verão, que já abriu as portas destes campos. Se for tinto, convocará o espírito para luminosas meditações. Este território é feito de sumo de uva, que nas suas vertentes várias clama pela bondade e pela beleza do mundo.

 

 

Assim sendo, anuncio que no próximo sábado, 6 de junho de 2015, se abrirão os castos portões de Oliveira do Paraíso, às 9h em ponto. Os interessados devem inscrever-se vagamente nos múltiplos percursos de acesso, já conhecidos do grande público. Do programa, destaca-se uma viagem de aperitivo, subindo os montes sagrados da Arrábida, onde Deus já se mostrou a grandes poetas e a não poucos frades, sedentos de santidade. Algures, com o mar banhando olhos e paixões, provaremos um branco puro, um moscatel celestial, acompanhado pelos frutos que a terra dá, o melhor pão e o melhor queijo do planeta. Subimos e descemos a mais bela baía do mundo, enquanto vamos merecendo o almoço, que a prata da casa porá na mesa, com tudo o que a imaginação extrair das ofertas em vigor. O ar leve, a relva refrescante, o perfume bíblico dos cedros, a brisa das casuarinas, tudo isso fará a moldura do encontro, cujo final terá de coincidir com o VIVAT/BIBAT, a que se seguem os abraços da despedida. Com isto, fica aberta mais uma ponte por cima do tempo, por cima do verão, enquanto no silêncio dos dias vai medrando uma palmeira resistente, que não se perturba com a soma dos anos.

2015-05-28

manuel vieira - esposende

 

O Assis falou no mosteiro de S.João de Arga e é bom saber que está a ser requalificado:

Obras no Mosteiro de S. João de Arga “desenvolvem-se em várias frentes”

Decorrem “a bom ritmo” as obras de requalificação do Mosteiro de S. João d’Arga, no município de Caminha, num investimento na ordem dos 600 mil euros para valorização da Serra d’ Arga. A empreitada “Santuário de S. João d’Arga – Conservação e Valorização do Conjunto Construído” é financiada em 85% pelo ON2 – O Novo Norte e engloba trabalhos de conservação e de beneficiação na capela, nos albergues, nos espaços exteriores, nos sanitários públicos, no edifício de apoio ao Santuário e, ainda, o melhoramento e execução de algumas infraestruturas.

 

De acordo com o caderno de encargos da empreitada, já foram executados os trabalhos de demolição de alguns acrescentos, que ao longo dos tempos foram vindo a ser levados a efeito e que “destoavam completamente a traça original do edificado inicial”, nomeadamente o topo nascente do bloco norte e adaptação da cobertura deste mesmo bloco junto da entrada, como refere o executivo caminhense.

 

Neste momento, “os trabalhos desenvolvem-se em várias frentes”: está a proceder-se à requalificação dos Albergues nos conjuntos do lado norte e no lado sul; as coberturas existentes também estão a ser intervencionadas; nos sanitários estão a ser desenvolvidos trabalhos de implementação de wc’s quer no bloco norte, quer no bloco sul, bem como estão a ser requalificados todos os paramentos interiores e exteriores em alvenaria de pedra.

 

Recorde-se que a requalificação do Mosteiro de S. João d’Arga é um investimento elegível de 575 mil euros e vai ser financiado em quase 490 mil euros pelo ON2, O Novo Norte, sendo a restante quantia suportada pelo Município de Caminha.

2015-05-28

Assis - Folgosa

Apenas mais duas palavras para dizer ao amigo Martins Ribeiro que acabei agora mesmo de ver e apreciar o bom trabalho cinéfulo das produções RIVUS. Quanto aos artistas, estou em crer que nenhum deles fez caso do guia entregue pelo realizador do filme, ou então já estavam "borrachos" com os vapores das favas e dos aperitivos...

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