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2015-10-14

António Manuel Rodrigues - Coimbra

Uma indolência inveterada, alguma abulia, e uns achaques de  saúde têm-me mantido em silêncio mas tenho andado por aqui a ler menos do que desejava. É muito bem feito e mereço-o.

Há dois temas que me andam cá provocando. Vou tentar dar-lhes forma e, depois, veremos se vale a pena publicá-los.

Tarde cheguei à nossa associação, o que muito lamento mas sem remédio. O que me falta em tempo e colaboração é o inverso do desejo e vontade de continuarmos amigos. Amigos de verdade sem necessidade de andarmos sempre em perfeita concórdia e aos abraços.

Embora não tenha filhos, já tenho pensado que a nossa associação, continuando, um dia poderia ser AAAR&Herdeiros ou:AAAR&Descendentes.

A originalidade é pouca mas esta ideia agrada-me e deixa-me com um sorriso nos lábios, levemente desenhado; um pouco mais gravado cá na alma.

Não prometo que seja em breve mas garanto-vos que já ando à procura  do meu amigo Hércules.

Um abraço e até já.

2015-10-12

alexandre gonçalves - palmela

BARROSAL XII-Que Fumo É Este que Sobe Assim pelo Céu?

 

Não posso deixar de me referir a uma decadência precoce e generalizada da Palmeira. O meu vizinho do lado fez há dias um fogo, o primero indício de um outono pontual, cujo negro fumo surpreendeu a população. Não havia qualquer rito neste lume. Nem o mais leve sopro de poesia, nesta queima quase trágica. Ele tinha uma palmeira soberba, no lado esquerdo da da quinta. Testemunhava ali a glória das suas mãos generosas. O Sr. Ernani colhe de tudo à fartura. Ele é pêssegos, laranjas, limões, tomates, cebolas, batatas. E tudo o que uma boa horta sabe dar a quem a trabalha com bondade, com idealismo, com indiscutível dedicação. O Sr. Ernani não soube salvar a "sua"palmeira. Em menos de meio ano, ela mudou de cor. Depois morreu sem ruído subitamente. Cortou-a zangado e praguejante, fez um monte enorme de ramos, que arderam sem resistência. Só um fumo alto e negro mostru o que restava da sua antiga vitalidade.

Pensei na outra PALMEIRA, aquela que nós erguemos por sobre a nossa memória em ruínas. Graças a ela, temos uma idade menos só, menos triste, e até um pouco mais jovem do que é frequente praticar-se. Já todos  admitimos que não são os muitos anos que nos tornam úteis às sociedades ditas modernas. Mais, não é nos muitos anos que aumentamos a vida. Mas é pela vida que nós aumentamos os anos. A espécie humana vingou pelo trabalho solidário, pela acção. A vida é o acto de fazer. O mundo está por fazer. Todos, em todas as idades, têm de fazer. Quem não faz, perde-se na poeira do tempo. Não é Deus nem a moral que nos mandam fazer. É a consciência de ocupar um planeta escasso, à mercê de aves de rapina, manhosas e perversas, que desviam em seu proveito o que é da humanidade.

O maior perigo da ASSOCIAÇÃO é esperar que os outros façam. É semear um ambiente geral de indolência, alegando dificuldades nas quais nem os próprios acreditam. Fazer é pagar as quotas. É falar com um amigo, nem que seja pelo telefone. É frequentar as novas capelas, em amenos encontros, fazendo das tascas lugares de cultura, de reflexão, de crítica social. Enquanto se vira um tinto, lento e mastigado, o tempo faz marcha atrás. A vida é mais leve e a amizade um pouco mais doce. FAZER é muita coisa. A imaginação está madura para quebrar amarras e libertar o espírito.

Mãos à obra, mãos ao site, mãos à revista, mãos aos amigos, feitos e por fazer. A PALMEIRA, A ASSOCIAÇÃO, a memória não podem, não devem transformar-se em fumo. Outubro espera pelo arado. É urgente revolver os campos. A sabedoria dos anciãos não pode aposentar-se. Nós estamos do lado da solução. Recusamos ser problema. Não nos chega termos trabalhado a vida inteira. Enquanto respirarmos o ar das manhãs, há sempre qualquer coisa por fazer, justamente à espera das nossas mãos. Só temos de estar atentos e ouvir a voz que bate no escuro dos dias.

2015-10-10

manuel vieira - Esposende

Desenfastiei-me com umas castanhinhas assadas no forno, deserdadas infelizmente  daqueles aromas e sabor de um testado magusto de tempos idos  no campo de cima da Quinta, agasalhadas na caruma e nos fetos, de onde deambulavam ainda os fumos requentados em final de dia.

Um vinhinho tinto ligeiro para lavar ...claro.

Antes temperara um pernil macio e cheiroso para levar amanhã ao forno em almoço domingueiro, com batatinha assada, que serão acompanhados de um Piteira Premium, um alentejano tinto de 2014 com 14º e em vantajosa promoção no Continente cá do sítio.

Isto tudo para dizer  que este ano não teremos Assembleia Geral como rogara o Aventino em invocação do Regimento e dos nossos hábitos, depois de uma reunião que tive com o Presidente da Assembleia Geral, José de Castro, que foi conclusiva. Este tem sido um ano atípico talvez, porventura a instigar a alguma reflexão geral, embora os pequenos Encontros se vão sucedendo e as formas de comunicação facilitadas pelos novos meios aligeirem qualquer ansiedade. Hoje só está longe quem quer...

Também o nosso site tem estado pouco participado, mas  tem fases e este espaço é o que nós quisermos que ele seja. Eu sei que tem faltado o nosso Peinado, vai faltar sempre, garanto-vos, e ainda hoje vou procurar aos arquivos alguma da sua força.

Mas já não "oiço" o Gaudêncio, o António Rodrigues, então o José Rodrigues, o Ismael com os seus poemas, até o Guerreiro, o Fernando Rosinha, o JMarques desaparecido, o Davide nos escritos, o Viterbo e outros, como se os ventos do cansaço os envolvessem e não os deixassem voltar. Até o Ribeiro, embaciado pelos nevoeiros do Mezio arrefeceu as artes libidinosas da escrita, toda ela em poesia do Vez.

Mas muitos se encontram à mesa, por aqui e por acolá, aquecendo o passado ... e isso vale bem pelas ausências do site ou de encontros maisa formais.

Este ano celebrámos na primavera e no Caminho do Fradinho o tradicional manjar das favas e juntamos 2 dezenas de comensais. Entretanto, na Quinta do Alex falhou o quorum por causa das maleitas que as idades vão juntando, mas espero bem que em breve as castanhas assegurem a tradição do Encontro.

Estamos com alguns constrangimentos logísticos para assegurar uma edição da Palmeira até ao Natal, o que reflete também  condicionamentos  financeiros que normalmente eram assegurados no nosso Encontro Anual.

É importante que os associados façam um esforço proporcional à sua disponibilidade e transfiram para a conta da Associação, cujo NIB podem encontrar na rubrica "Contactos," um contributo pecuniário, no mínimo equivalente ao que é já habitual.

Como diria o Peinado:VOLTAREI.

 

2015-10-02

Arsenio Pires - Porto

Aventino:


Parece-me que não há associados com direito a assistir e participar com voz e voto na tal dita cuja pré-anunciada assembleia geral.

Porquê?

 

Porque NINGUÉM pagou as quotas do ano corrente!

 

A não ser que...

 

2015-10-01

AVENTINO - Porto

 

Habemus dia para a Assembleia Geral da Associação.

Perguntem ao CASTRO.

 


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