2015-05-24
manuel vieira - esposende
Um calor matinal apontou-nos o norte e já não escutámos o roncar dos motores do Rally nem avistámos as poeiras cronometradas de Santa Luzia .
Acompanhámos as sombras do rio Âncora depois de deixarmos a A28 em direção a Orbacém e apontámos o caminho do Fradinho até à Cabana do nosso amigo Assis onde já lá estavam o Sacadura, o Ribeiro, o Diamantino, o Adolfo, o Freitas Escaleira, o Nabais, o Alexandre Pinto, o Barros e o Zé Marques, que veio de Aparecida no Brasil onde cumpre a Missão.
Comigo estava o Meira, meu colega habitual de percurso e acabamos por receber logo a seguir o Eugénio e a Esposa, o António Gomes e a esposa, o Serapicos e o José de Castro.
Alimentou-se um braseiro calmo, levaram-se à brasa os enchidos, o lombelo e as costelinhas gulosamente temperadas e deu-se gás a umas favinhas ricas com chouriço e presunto e fervilhou-se um bom caldo delicadamente aromatizado para um arrozinho de favas tenrinhas e sem pele, lembrando Tormes e as garfadas longas do D.Jacinto.
Como é habitual, refrescamo-nos com a casta Loureiro da produção do Meira e outros vinhos de boas colheitas e nas sobremesas regalámo-nos com as cerejas pretinhas e bojudas trazidas pelo Diamantino, alguns bolos de prato e os tradicionais "Charutos" dos Arcos que o nosso Martins Ribeiro nunca esquece.
Claro que lembrámos o Peinado, sentimos no suave bulício da folhagem do jardim do Assis que ele andava ali, como se a memória desse vida e alento a tanta saudade.
O Alexandre Pinto "botou" faladura e encantou e lembrou os cenários idílicos do rio Âncora ali perto, das águas límpidas e cristalinas recortadas de sombra da folhagem fresca dos salgueiros, dos murmúrios das correntes, das mesas e das toalhas arejadas para um piquenique a envolver tantos quantos queiram vir. E terá que ser em breve.
O padre José Marques também manisfestou em dose curta a sua alegria por estar conosco e com alguns colegas de curso, tantos anos volvidos.
Os telefones tocaram e disseram penas pela ausência e a tarde fez-se e deixamos um largo abraço ao Assis, pela sua grande disponibilidade e pelas favas do seu cultivo que serviram mais uma vez de mote a uma jornada de grande amizade, como eu bem gosto.