2016-11-13
Antonio Manuel Rodrigues - Coimbra
Esforçada… heroicamente, no dia 12/11/2016, integrei-me na investida à moirama lá do sul.
(No “heroicamente” leiam e entendam assim mesmo. Imaginem um aposentado, gasto, cansado e “acamado” até por essas nove horas e trinta minutos da manhã. Imaginem-no, agora, às sete horas e trinta minutos da madrugada, escarolado, mata-bichado, suplementos alimentares (comprimidos) tomados e, alegre que nem um passarinho, esperando que a besta metálica entre pela estação adentro. Expliquei-me? Obrigado!).
Chegados lá, eu e a Silvina…, desilusão minha!
Nem alazões fogosos ou fujões, nem espadas quebradas, nem rotas as armaduras. Nada do que convém e é costumeiro em situações destas.
De um lado e do outro, todos muito tolerantes, compreensíveis e colaborantes. Todos jocosamente logrados.
O alarme e a convocação, ardilosamente, tinham partido da mesma fonte e… maravilha de se ver!
Um anfitrião de peito inchado por nos ver lá; uma lauta mesa cujas iguarias me dispenso de nomear, excepto as castanhitas para nos situarmos e… tudo compreendi quando, presidindo à mesa e ao convívio, descobri, envolta numa nuvem para que só a mim fosse visível, a deusa da Frugalidade!
Que bem guarnecida a despensa Dela. As iguarias, não me atrevo a compará-las à ambrósia dos deuses mas dos néctares, se no Olimpo forem tão variados e preciosos, ele não está nada mal guarnecido.
O que é bom dura sempre menos do que os cronómetros indicam. Cantámos o Vivat, celebrámos a amizade, evocámos alguns ausentes e despedimo-nos.
Para o próximo ano oxalá apareçam mais contendores. Mesmo que o espaço venha a se exíguo, juntar-nos-emos, celebraremos novamente a amizade, repartiremos um pedacito de pão e de vinho e despedirmo-nos-emos.
Não sei se foi bom termos abandonado o Seminário de Cristo Rei, em Vila Nova de Gaia. Continua sendo muito bom termos passado por lá.
A despedida latina minha predilecta: Vualete, fratres. (Saúde/passai bem,irmãos)
António M. Rodrigues