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2017-04-17

Luís Guerreiro Pinto Cacais - Brasília

Feliz Páscoa!

Já que não vimos hoje nada no nosso céu, nele inscrevemos o que outro nos teve de emprestar.

Irene e Luís

 “José Barbosa Junior

No Natal escrevi:

Gosto de pensar no Natal como um ato de subversão...
- Um menino pobre;
- Uma mãe "solteira";...
- Um pai "adotivo";
- Quem assiste seu nascimento é a ralé da sociedade (pastores);
- É presenteado por gente "de outras religiões" (magos, astrólogos)
- A "família" tem que fugir e viram refugiados políticos;
- Depois volta e vai viver na periferia;
O resto, a gente celebra na Páscoa... mas com a mesma subversão.

Chega a Páscoa, o menino cresceu...

- Trabalhou na carpintaria;
- Morava numa cidade que ninguém dava nada por ela;
- Arrumou uns seguidores tranqueiras;
- Andava com pobres, putas e doentes;
- Considerava mulheres e crianças importantes;
- Provocou os religiosos da sua época;
- Foi morto como um bandido, afinal, desde aquela época, os impérios opressores dizem que "bandido bom é bandido morto!"

Mas...

Ninguém consegue calar a subversão do amor. Ela renasce e renascerá sempre! Ela ressuscitará quantas vezes for preciso.

Sim! A revolução virá dos pobres! Só deles pode vir a salvação!

Feliz Páscoa! Feliz subversão! Feliz Ressurreição!”

2017-04-16

manuel vieira - esposende

Caro amigo,

 

O Minho mostra a excelência da Festa Pascal com uma gastronomia  rica e um cerimonial que se inicia na semana que antecede, com o Compasso a visitar as casas neste domingo, acompanhado das minhotas de cores faustosas com os cestos de flores , seguindo atrás os músicos com instrumental diversificado.

 

Dizem que a tradição vai acalmando mas no Minho ainda é fácil perceber o ar festivo destes dias.

 

Na minha casa ainda se cumpre a visita do Compasso e estou agora à sua espera, entre muitas outras casas que já perderam estes hábitos. Ainda não ouvi a sineta que anuncia a chegada.

 

É neste ambiente que desejo muito sol pascal,muita luz, muita saúde e também uma boa mesa .

 

 

 

Um abraço,

 

Manuel Vieira

2017-03-28

Delfim - Messines

Gostei muito amigo A.M.Rodrigues.

Um abraço.

Boa noite.

2017-03-25

antónio Manauel Rodrigues - Coimbra

Celebrámos o Natal, festejámos a chegada do Ano Novo, que desejamos bom para todos, e alguns de nós teremos recordado os nossos antigos Dias de Reis.

Os que mantêm a fé em que fomos educados já viveram a sua Quarta-Feira de Cinzas e todos nós de um modo ou de outro entrámos na Quaresma sofrida que, mais ou menos intensa, contínua ou intermitente, pontuará o nosso ciclo de vida.

Dito de outro modo: entrámos na ansiedade e expectativa próprias de um inevitável Advento que nos há-de levar ao Deus uno e universal.

Há frases simples e castiças que, lidas pela primeira vez, apenas despertam a nossa curiosidade. Mais tarde, num outro contexto, adquirem um valor ou significados inesperados e mais densos. Estou a referir-me ao “Ti José Pascoal”, personagem do livro Raiz Comovida, de Cristóvão de Aguiar, o qual, após cada refeição, na sua acção de graças incluía sempre: mais um e menos um.

Não olheis ao tom aparentemente mórbido ou pessimista desta citação. Prosaica, pura e simplesmente: é a vida.

Numa interpretação mais profunda e dedutiva, será o nosso contínuo desfiar, mesmo quando qualquer destes actos é o primeiro da nossa vida. Plagiando outros de uma maneira aproximada, deixemos que a vida calma e placidamente se cumpra.

O porquê desta litania? A entrar no clube dos setenta anos, um percurso já longo numa tão curta vida, nada como a escrita permite tão grata função catártica. No meio de tanto desengano e frustrações, ter estado algum tempo com todos e estar ainda com alguns de vós, assim como outras recordações, traz algum sossego e ponteada felicidade.

Sossegai! Não estou dando notícias inesperadas e trágicas, subitamente descobertas, não! Senti e manifesto apenas algumas saudades e, também, a necessidade de alguma fraternidade.

Se este texto for publicado e o leste, desculpa o incómodo ou aceita o meu agradecimento.

Saúde e vida longa para todos.

António Manuel Rodrigues - Coimbra

2017-03-10

alexandre gonçalves - palmela

A VERDE LITURGIA SAZONAL

 

Inevitáveis Companheiros de Navegação!

 

Chegaram finalmente as primeiras notícias certificadas de que a primavera já vem a caminho. O irascível inverno já está de partida. A primavera demitiu-o das funções que exercia. E mandou a lua a precedê-la, para anunciar os belos dias que estão para vir. O céu do sul, quando a tarde se inclina, exibe o corpo da lua, num halo de transparência e máximo esplendor. Aqui, neste "paradisíaco" Édem, já se multiplicam os sinais de mudança. Como se alguém preparasse a vinda de uma princesa lunar, herdeira de um trono de oiro e marfim. Os melros, as rolas e os grilos ensaiam os fins de tarde, com empenho e alegria. Os campos batem palmas e põem verdes laços nos rebentos recém-nascidos. Anda no ar um aroma descontrolado, onde o jasmim e o folhado da Arrábida espalham uma brancura súbita imaculada. Só pode ser ela, a princesa do tempo, non seu surpreendente retorno. Tudo envolvido num rumor de água e ondulação.

Entretanto, aqui ao lado, rente ao rio, uma tribo doutorada na indolência, com o cérebro recuado a tempos sem nome, usa a doce língua materna para nos ofender colectivamente. Temos uma janela que dá lá para dentro. Nós vemos, nós ouvimos e se quisermos até lemos. Num país que se reconciliou, que abrandou o ódio institucional, que tem este sol e este mar e este clima, esses doutores de leis perversas teimam em nos subtrair a alegria e a fala e a beleza da vida. A primavera é uma subversão das obscuras práticas políticas, que dão cobertura aos abutres, que voam baixo e às escuras sobre a frágil cidade.

Companheiros, a melhor resistência é erguer o nosso desprezo numa taça de cristal, libertando o coração dos discursos em vigor. Já não temos tempo para os ouvir. Nem sequer para os tolerar. Encarreguemo-nos da nossa idade. A tarefa não é pequena e é muito nobre. Para a geral, nós somos irrelevantes. Não merecemos qualquer notícia. Não preenchemos qualquer necessidade oficial. Já fomos substituídos, provavelmente antes de provarmos o esplendor do mundo. Mas vejamos! Temos uma primavera abundante. Temos lugares sagrados e discretos a norte, a sul, a leste e a oeste. Temos rios, montanhas, mesas envolventes e a doce amizade de origem greco-romana. Mais que tudo, ironicamente, sobra-nos tempo, nós a quem o tempo já está contado.

Tudo o que escrito foi foi-o para demonstrar que é urgente multiplicar as liturgias que a sucessão do tempo sugere. Há a sensação de que tem havido hiatos relacionais. As sensações são o que são, só isso, a nossa vontade retraída, as falsas ocupações, a descrença e o inútil pessimismo. E uma aposentação precoce dos órgãos internos e externos. Para não parecer que prego a salvação eterna, proponho que recomecemos. Assim, anuncio um convite geral para uma liturgia em Oliveira do Paraíso. Data estudada e negociada: 25 de Março. Nem longe nem demasiado perto, mas a uma distância sensata para mobilizar as almas disponíveis. Peço a todos para acreditarem na bondade deste encontro. Se o país é um jardim, quem é que já não tem forças para o atravessar?O programa será explicitado brevemente. Mas já há indicação de que ele inclui uma pequena caminhada ecológica (em regime de voluntariado), a preceder o almoço.

Acordai, companheiros! Repudiai as distracções e navegai para sul. Um dia não é grande cousa para a humanidade. Mas é um grande acontecimento para nós.

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