2017-01-18
José Manuel Lamas - Navarra - Braga
A ladainha do . na mira de .. de vista
No dia 17 do mês 11 do ano que findou , fomos brindados com uma bem esgalhada " Ladainha do ponto " . O seu autor , homem que já vai nos oitenta , " muito bem conservados " , fala - nos não de todo mas em parte , como se ainda navegasse nos quarenta . Ora , porque em desacordo , vem um segundo autor , que estagiando nos sessenta , nos apresenta essa mesma ladainha , como se de octogenário se tratasse
Primeiro autor Segundo autor
Vou assinar hoje o ponto Não me atrevo a assinar o ponto
E alguma coisa fazer Pouco me resta p'ra fazer
Pedindo - vos um desconto Amigos dai - me um desconto
Se algo de errado disser Se algo de errado me ocorrer
Para não perder mais tempo Para por ponto no tempo
Deixai - me então que vos diga Deixai - me então que vos diga
Vou por - me neste momento Mulher p'ra mim é tormento
Já no ponto de partida É uma enorme fadiga
P'ra mulher estou sempre pronto P'ra mulher já não me apronto
Se ela quiser ser feliz Quando ela quer ser feliz
Marcamos ponto de encontro E não adianta marcar ponto de encontro
E pomos os pontos nos iis Na hora de por os pontos nos iis
Quando na hora do amor Quando chega a hora do amor
Se fica muito excitado Não consigo ficar excitado
Sente - se muito melhor E já nem sinto aquele sabor
O ponto de rebuçado A ponto de rebuçado
No autocarro da vida O autocarro da minha vida
Para mais se há desconforto Já me vai causando desconforto
Pode parar -se a corrida Só a descer acelera a corrida
Pondo o mesmo em ponto morto Só já anda em ponto morto
Se tudo aquilo que usamos Sei que tudo aquilo que uso
Não nos causa desconforto Não me causa desconforto
Logo bem exclamamos Como e bebo sem abuso
Que essas coisas estão no ponto P'ra tentar estar no ponto
Estando muito apressados Se tento andar apressado
Se alguém nos quer atrasar P'ra mulher acompanhar
Ficamos logo irritados Fico logo muito cansado
A ponto de o insultar A ponto de nem respirar
Não vale a pena teimar Nem me vale a pena teimar
Nem ser casmurro egoista Se penso fazer uma conquista
Verdade que se afirmar Não acho ponto para me afirmar
Tem muitos pontos de vista Falta - me força falta - me a vista
Quem está fora de abrigos Se me sinto fora de abrigos
E entregue à sua sorte E entregue à minha sorte
Procure nos bons amigos Procuro nos bons amigos
Um ponto de apoio forte Alguém que me conforte
E é aqui que vos peço o tal desconto
Por já não conseguir assinar o ponto
Porque p'ra mulher satisfazer
Só sendo jovem se aguenta
E em mim já é tudo a descer
Meus amigos ... eu já bati os oitenta !!!
Parabéns p'rò nosso ilustre amigo Martins Ribeiro
Um grande abraço .
Zé Lamas