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2018-12-12

José Manuel Lamas - Navarra - Braga

    Aqui deixo um sincero desejo de boas festas, a quantos que por acaso por aqui passem .

 

          Mas... Será que ainda anda alguém por aqui  ? 

 

2018-12-04

ANTONIO GAUDENCIO - LISBOA

Estes silêncios prolongados não me perturbam mas incomodam-me. Por isso, esta entrada mais não é que uma pequena tentativa para acabar com eles.

Assunto??? Pois há uma fila deles mas hoje, evocando uma efeméride pessoal, vou convocar os meus amigos, os que aderirem claro, para falarmos de um assunto que tem sido meio tabú neste espaço.

Amanhã, 5 de Dezembro, vou recordar que, no mesmo dia mas de 1 963 , tal como o Jonas bíblico, fui engolido para a barriga de um barco enorme e levado para Luanda, para a guerra.

As peripécias que por lá passei foram muitas e prometo contar algumas se tiver ouvintes que as queiram escutar.

Alguns companheiros poderão ter escapado a esta experiência mas um elevado número passou pela Guiné, por Angola ou por Moçambique. E outros, mais sortudos, passaram por Timor, São Tomé ou Cabo Verde.

Mas todos devem ter uma pequena história para nos contar. Vamos a isso?

Um abraço amigo para os que guerrearam e, também,  para os que o não fizeram.

 

2018-10-30

alexandre gonçalves - palmela

 

MAGUSTO 2018

Oliveira do paraíso, 10 de novembro

 

OS  PERIGOS  INSULARES  DA  DIÁSPORA

 

Em tempos que já parecem distantes havia um lugar de encontro. A PALMEIRA desdobrava-se em várias frentes. Havia a revista, de feliz memória. Havia autocarros que destruíam as distâncias. Havia o salão de vila nova, onde ninguém parecia velho. Depois, foi isto, este papel gelado, onde só raramente alguns mostravam o coração. Assim se escreve o título de um romance sem autor: "onde tudo foi morrendo". O tempo mordeu a nossa ausência e cada qual fugiu para onde pôde. Disparámos pelo oceano fora. Fizemos ilhas de sobrevivência. E aceitámos o passado como se tivesse morrido. Um tempo que nos foi comum é agora fragmentado em partículas de inutilidade. Será isto a galopante velhice? 

Tivemos a sorte de informalmente haver umas favas mobilizadoras. A norte de todos os rios, nas colinas verdes do verde vinho, desenvolveu-se um espaço sagrado, onde os encontros se repetem sem fadiga. Muito esperados, bem participados, docemente amados. Os conceitos de coma, de cama e de insanidade ficam todos fora do recinto. À despedida, garante-se a uma só voz que para o ano há mais. 

Também casualmente, a sul de todos os rios e perto do mar, se repetiu o mesmo fenómeno. Nas  colinas medievais de palmela, onde o vinho é mais abundante do que a água, as castanhas nordestinas foram o pretexto. Saudades de uma infância dilacerada, que o precioso fruto de novembro cobria de um prazer simples inesquecível. Um outono quase de mel, com um sol sempre cúmplice, os diversos sabores de época, os figos, as passas, os cajus. E o que as nossas mulheres, sempre entusiasmadas, trazem para a festa. Por fim, envolve-se tudo em vinho cor de fogo, rente às chamas, onduladas por um vento suave. E até se afina a voz por uma canção que interpreta o fim do dia, como se fora feliz. 

Dito isto, estão abertas as inscrições. As favas já foram e serão. As castanhas são agora. Tudo isto tem o seu encanto. É o que resta da antiga alegria, quando acreditávamos no esplendor do mundo. Não te percas, meu irmão, na tua ilha, onde o teu barco atracou. Ainda somos muitos. A memória está viva. Sabemos o nome. E os tiques. E as anedotas. Sai do teu conforto, porque não tem tamanho bastante para te consolar. Tudo a postos. Havemos de nos amar ainda mais uns tempos. Boa viagem! O portão está aberto. Solta-te! Olha que há perigos insondáveis no mar que banha as ilhas!


2018-10-28

José Manuel Lamas - navarra - Braga

   Quis a necessidade e quis o destino

   e porque estudar não era barato

   para poder educar o seu menino

   que o pai o deixasse levar p´ro internato

 

   E assim o pai feliz e em paz

   ia vivendo os dias despreocupado

   sem saber que o seu bom rapaz

   indefeso estava sendo molestado

 

   Molestado por tipos de mente torta

   que lhe impingiam uma moral oca

   tipos que com hálito a produtos da horta

   o apalpavam e lhe davam beijos na boca

 

   Sendo muito velha esta história

   o desejo de vingança no tempo já se perde

   mas o menino ainda guarda na memória

   um bafiento cheiro a caldo verde

 

   No entanto é bom ter em atenção

   estes actos a muitos sítios são comuns

   não devemos condenar uma instituição

   pelos desmandos apenas e só de alguns

   

   

   

2018-10-26

GAUDÊNCIO - LISBOA

Certamente  que o Aventino vai continuar com a sua "peregrinação interior", procurando-se e buscando resposta para as suas inquietações. Mas, entretanto, enquanto ele prossegue nessa vilegiatura pelas suas vivências, permitiu-nos espreitar algumas das facetas da sua vida, expostas num texto, em estilo «anarco-literário», que é uma delícia. Gostei , Aventino.

Entretanto chegou também um  texto do Alexandre que, para não variar, mantém o seu registo sempre elevado quer no fundo quer na forma. Claro que gostei e apreciei as considerações feitas mas, sobre este tema, permitam-me uma pequena divagação

É recorrente  aparecerem aqui textos focando aspectos relacionados com pedofilia, afectos anti-natura, sofrimentos causados por assédio, animosidade contra os malfeitores que, usaram da sua posição dominante contra a tenra inocência das vítimas, a solidão e desamparo desses jovenzitos indefesos, arrancados muito cedo do calor familiar, e outras maldades que marcaram muitos dos nossos que passaram pela Quinta. 

Tudo isso eu sei, tudo isso é verdade e tudo isso eu respeito. Mas, às vezes, tenho que fazer algum esforço para me colocar na pele dos nossos colegas  que suportaram essas malfeitorias pois eu passei incólume por esse território.  

Depois de alguma análise ao porquê de isto ter acontecido a uns e não a mim cheguei a um entendimento que me parece responder à minha dúvida : Amigos meus, eu quando iniciei o meu 1º Ano, na Barrosa, no longínquo Ano da Graça de 1955, já havia completado 14 anos ( catorze ) e tinha, por isso, a carne já demasiado rija para certos abutres e também não devia ser muito bem apessoado para o gosto deles. 

Como se comprova nem tudo é mau na vida e a antiguidade é um posto!!!!!!!!!!

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