fale connosco


2010-04-23

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Vindo dos lados de Arouca, parei em Raiva para fotografar o seu pelourinho, atravessei a ponte de fatídica sina, ora reconstruída, de Entre Rios, parei um tudo nada nas termas para tomar um café, passei pela Honra dos Barbosas para observar outro lindo pelourinho e entrei na cidade de Penafiel.  Aqui começaram a assaltar-me diversas recordações. Para quem não sabe, devo dizer que cumpri parte da minha tropa no quartel do então GACA 3,  que hoje alberga um batalhão da GNR. Resolvi matar saudades e, a partir dali, subi a avenida principal, passei pelo cineteatro S. Martinho onde vi tantos filmes, subi ao templo do dito Sameiro de Penafiel  e recordei diversos outros recantos da cidade. Voltei ao jardim por cima do antigo quartel, sentei-me num dos seus bancos ao lado dum belo coreto até que, passados poucos minutos, me deu uma fome de cão, pois eram horas de comer. Atravessei a avenida  e, logo em frente, meti por uma quelha estreita até dar a um pequeno restaurante que não passava de uma tasqueta com pouco menos de uma dúzia de mesas apertadas e muito aconchegado. Consultada a ementa, reparei num prato de arroz de frango caseiro. Vendo-me hesitante e pouco decidido, surgiu á porta uma senhora, dos seus sessenta e tal anos, tentando esclarecer-me com toda a amabilidade. Perante o meu cepticismo na proveniência do galináceo, disparei-lhe;

—Este frango é mesmo caseiro ou é proveniente de aviário? 

Contestou-me ela, com certo azedume:

—O senhor ofende-me.

E quase agarrando-me pelo cachaço, fez-me entrar  numa cozinha espaçosa e rústica, apontou-me dois rijos e suculentos galos a marinhar numa travessa:

—Veja aqui, meu senhor; aves como estas não encontra em mais lado nenhum.  

Pedi-lhe as maiores desculpas pelo meu receio. mandou-me ela então dar uma voltinha e que regressasse dali a alguns minutos para o arroz poder sair no ponto certo. E não há dúvidas, saboreei então um magnífico arroz de frango doméstico, negro e bem soltinho, acompanhado de uma densa pinga do Douro, como nunca comera até ali. Ao sair do “tasquiómetro” surgiu, de repente, uma intensa claridade nos céus, uma luz tão radiosa e penetrante que me ia deixando cego. Virando-me para um cidadão com quem cruzei, perguntei-lhe: 

—Sabe dizer-me que resplendor é este?

—Ah! Meu amigo, este clarão provém de uma luminária que vive nesta terra, um tal J.Marques, que tem uma forma de ver muito liberta e é um perdulário de bons ensinamentos a ponto de tudo ofuscar.

—Mas, como pode um ateu, um iconoclasta, um janízaro, um verdadeiro mata-padres, gerar uma luz assim tão intensa e brilhante?

—Embora ninguém acredite, é verdade!

Então compreendi e, para não cegar de vez, fechei-me dentro dum cofre e mandei deitar fora a chave para  mais ninguém  poder abri-lo.

Pedofilia no seminário de Cristo-Rei? Além de um perfeito disparate, são

bojardas de escárnio e maldizer, fruto de congeminações de mentes distorcidas e delirantes.

 

 

 

2010-04-23

manuel vieira - esposende

Caros colegas,

a rubrica "pontos de vista" passou a permitir a colocação de comentários aos textos que ali podem ser lidos. O formato é igual ao do fale connosco e visa reforçar o direito de opinião do leitor e ao mesmo tempo partilhar com a nossa comunidade o leque de pontos de vista.

Espero bem que o esforço técnico  tenha correspondência no contributo opinativo dos nossos "fiéis" leitores.Um abraço!

2010-04-21

manuel vieira - esposende

É bom ver mais gente por cá pois o espaço está reservado para todos. Gostei de ver o David a aproximar-se pois o Alexandre já andara por cá, embora manco nas suas ferramentas. E cá vamos dando uns trocos uns aos outros.
Entretanto estamos a dias do nosso Encontro e já teremos a oportunidade de formular um abraço e dar duas de treta, na esperança de fomentarmos a troca de versões por esta via.
O nosso site tem apresentado na última semana uma média diária de visitas de cerca de 39 pessoas, o que é razoável e esta rubrica já teve a publicação de cerca de 250 mensagens.
A rubrica "pontos de vista" tem cerca de 45 textos para leitura, o que é bom pois tem diversidade de conteúdos e diversos pontos de vista.

2010-04-21

Arsénio Pires - Porto

Saúdo a entrada em campo dos nossos queridos “mouros do sul” secundum Alex, muito embora comece por esclarecer que, aqui no norte, não habita nem sequer um desde os tempos da Reconquista.


Por cá, nem mouraria nem fado! Sempre aqui a guitarra foi substituída pela espada. Sempre aqui a infidelidade cedeu o lugar à lealdade. E sempre daqui, quando a alma da nação definhou, saíram as medicinas que a retemperaram e ergueram.


Vós, habitantes do “pagus”, continuais agarrados à charrua e à forquilha sem vos aperceberdes de que o tempo da sementeira passou e a vossa calvície tudo fica a dever ao vento que passa. Como autênticos aradores de terras ressequidas, na ausência de água e verdura que vos tempere o incontrolado ímpeto primário, continuamente vos virais para o passado lamentando a fraca colheita que os lares gratuitamente vos concederam.


Do norte vos quereríamos fustigar por daqui terdes emigrado e aí terdes pegado de estaca como qualquer arbusto sombrio que os vossos dignos pais arrancavam com podoa e gadanho em terras nortenhas. Mas não vale a pena nem o esforço. Pareceis múmias de sal olhando a cidade antiga já ardida e abandonada.


Olhai! Mandai parar os bois! Encostai-vos à aguilhada e vede o sol-pôr sobre os vossos campos. Mirai o passado e escutai a voz do norte:
- Quem vive do passado é Museu!

2010-04-21

JMarques - Penafiel

Meus amigos, essa de abusos e cadernetas pretas não são do meu tempo e nunca chegou aos meus ouvidos tal coisa, sinal de que as coisas tinham mudado. As cadenertas mostram que a máquina estava montada num sistema repartido e parece que funcionava.Parece que vivi num sistema não estalinista, consciente hoje de que não era perfeito embora de low coast, como agora se usa dizer comercialmente e em sistema educacional com pontos fortes e também com pontos fracos. Foi uma oportunidade que eu não perdi e de que não estou arrependido por o ter recebido. Não sei o que seria hoje de mim se isso não tivesse acontecido.Tenho de confessar esta gratidão.Nesse tempo, alguns colegas meus de escola tinham um sistema de educação em casa de uma rigidez impressionante, levavam de chicote ou cinto, quando entravam em casa por se terem atrasado nas nossas brincadeiras. Eu às vezes entrava em casa já quando o meu pai dormia, cansado, pois sabia que no dia seguinte a sua zanga já teria passado. Mas é verdade que cada um tem as suas verdades. Noutros pontos tenho a minha forma de ver liberta, que não agrada de forma alguma ao meu amigo Martins Ribeiro, que me entende como um perdulário de bons ensinamentos, mas também entendo que ele já não tem remédio. Perdeu a chave do seu cofre mental e não vou ser eu eu que lhe arrombo a fechadura. O colega Davide com "é" deverá ser de uma geração mais distante atendendo aos métodos que descarna e analisados hoje à vista desarmada mostram que o sistema da altura era pidesco ou estalinista, não sei qual o melhor,e não seria moda mas sim forma de estar à época. A Igreja teve muitas épocas e quando pensava renovar-se já o fazia com séculos de atraso e os tempos de hoje mostram isso. Talvez o Nazareno ande distraído, mas para um homem de fé muitas dúvidas se levantam, a não ser que use véu.

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