2010-04-25
JMarques - Penafiel
Caro Arsénio,
dei uma alegria enorme ao nosso colega Martins Ribeiro ao referenciar o nome da terra que tem a igreja românica de S.Salvador, Cabeça Santa e só por esse facto (nome) é defensável que o lugar à direita do Pai esteja assegurado, Ele que criou o mundo mas deixou para o homem a sua exclusiva manutenção e interferência no seu percurso. Em sua honra os homens construiram uma Igreja, que até hoje não souberam gerir e ela passou a ser mero instrumento de deambulação representativa do ser imperfeito que Deus criou.Criaram a figura do Espírito Santo para salvaguardar as costas e com isso sentiram-se deuses quase perfeitos, sabendo que Deus não mandaria outro filho à terra para os endireitar pois da última vez tinham-no crucificado entre 2 ladrões e não correria de novo esse risco.
Escolhi a direita do Pai por ter a certeza que o Martins Ribeiro nunca se sentaria à esquerda do que quer que fosse, tão abstémio que anda dessa esquerdalha que lhe consome a alma e por isso tive o cuidado de activar o sistema de reservas sem prazo .
Nem Camões o salva dessa peleja pois não basta dizer "meu Deus,meu Deus" e bater com a mão no peito.
Na mensagem discursiva do nosso colega Aventino, neste dia que lembra tanta coisa boa e tanta coisa má,chamou-me à sensibilidade as omoplatas da Soraya Chaves , um ser comestível e delicado que Deus criou em dia de inspiração divina e expiração humana, com tudo no sítio com excepção das ditas tatuagens.
Fico impaciente pela leitura do dito "Decálogo" desse ser truculento e desconchavado formatado nas quintas da Barrosa, onde nunca teriam sítio as videiras de Alvarinho por insano clima humanístico unidimensional, onde a seiva circulante transportava genes precisos de um pré destino irreversível mas engarrafável.
Raio de quinta demoníaca onde as cubas de carvalho ainda têm o lastro de outrora e as colheitas tiveram nome e jazem por aí espalhadas em "botelhas" com rolha de sobreiro, onde os aromas resistem sem liberdade de mudanças do sabor dos néctares.
Essa persistência é estrada com sentido único sem inversão de marcha mas onde se volta sempre ao princípio?
Ficarei curioso por esse destino traçado onde as linhas da vida levam marca gravada a fogo.