2010-05-12
manuel vieira - esposende
Meu caro Marques,
A visita de Bento XVI ao nosso país trouxe novas mensagens e discussões interessantes em que desato um estudo feito pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa no Porto, que revela que o Papa actual exibe uma expressão facial "congruente, consistente e verdadeira". Segundo eles, "os movimentos e linguagem faciais do Papa Bento XVI são simétricos e articulados com o discurso verbal e contexto nos quais são produzidos e exibidos".
Este estudo iniciou-se em 2005 após a sua eleição e faz parte do projecto científico "A neuropsicofisiologia da face.Os movimentos e linguagens em figuras públicas".
Os resultados sobre o estudo da expressividade da face do papa vão ser apresentados durante a conferência "Os vestígios emocionais do cérebro na face humana: o efeito da idade" a decorrer no próximo dia 20 na Universidade Católica em Braga.
Hoje Bento XVI disse em Lisboa coisas importantes que o ciberjornalismo relatou:
O papa Bento XVI reconheceu hoje que 'há toda uma aprendizagem a fazer quanto à forma de a Igreja estar no mundo' actual, defendendo um 'respeito dialogante' que permita uma comunicação e 'respeito por outras verdades'.
“Há toda uma aprendizagem a fazer quanto à forma de a Igreja estar no mundo, levando a sociedade a perceber que, proclamando a verdade, é um serviço que a Igreja presta à sociedade, abrindo horizontes novos de futuro, de grandeza e dignidade”, afirmou Bento XVI no seu discurso a personalidades da sociedade portuguesa.
A convivência da Igreja com “o respeito por outras ‘verdades’ ou com a verdade dos outros é uma aprendizagem que a própria Igreja está a fazer. Nesse respeito dialogante, podem abrir-se novas portas para a comunicação da verdade”, afirmou Bento XVI.
Perante uma plateia onde se destacavam personalidades do universo cultural, Bento XVI defendeu que esse diálogo deverá ter lugar 'sem ambiguidades', respeitando em todas as circunstâncias as partes nele envolvidas'. Aos olhos do Papa, essa deverá ser 'uma prioridade para o mundo de hoje', da qual a Igreja não se poderá alhear.
Apelando a que sejam feitas pontes entre o passado e o presente, Bento XVI defendeu que 'a dinâmica da sociedade absolutiza o presente, isolando-o do património cultural do passado e sem a intenção de delinear um futuro'.
Esta clareza de palavras enobreceu a sua mensagem.Mas Isto foi o papa a dizer porque se fosses tu ia haver de novo mal estar.