fale connosco


2010-07-11

Assis - Folgosa - Maia

à NORA... É assim que eu me encontro, meus amigos. Como o burro que puxa a barra da nora, na esperança de ver o fundo ao poço, tento, em vão, ler com um mínimo de atenção todas  as mensagens que me são enviadas diariamente, bem como todas as intervenções no site da nossa associação. E como não sentir-me amarrado ao ronceiro sarilho, se passo como a incansável alimária metade do meu tempo agarrado ao arado?...se não é o arado, é algo bem parecido...

Portanto hoje, 11 de Julho, tento pôr minha leitura em dia. E que leitura? Filosofia, fina literatura e até alguma história...campos que prefiro em contraste com o tal debate (?) de ideias a que vínhamos assistindo. Não que eu odeie o debate, pelo contrário: adoro um bom debate de ideias. Mas, como já pensei que a verdade era coisa exclusiva de quem estivesse do meu lado e que todos os restantes estavam errados - opinião que o tempo me ajudou a mudar - procuro dar um pouco mais de atenção a quem pense de maneira diversa da minha. É que todos nós, por ainda não termos a capacidade de pensar livremente, quer pela nossa pouca idade, quer ainda pelas circunstâncias em que nos vimos envoltos - "O homem é o homem e as suas circunstâncias", dizia o filósofo castelhano - chegámos a defender o indefensável. O bom jornalista é aquele que é capaz de não tomar partido sendo, porém, fiel à verdade. Para tal, terá de ler os acontecimentos à luz que a própria verdade irradia. Terá de ler o que as partes contrárias escrevem ou defendem e terá de ser capaz de filtrar todas as palavras, doces ou amargas elas se apresentem...o que não é fácil. Daqui a minha preferência pelos temas agora tomados em mão por quantos entraram em campo nestes últimos dias, temas que só hoje pude ler. A todos eles o meu louvor e o meu abraço.


2010-07-10

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Vieira,  como soe dizer-se, não te metas! Porque tudo isso não passa de desabafos e divagações de um inveterado e lamecha animal romântico, saudoso de tempos que não voltam mais. Poiso o caso é que, ao ler o belo texto do Alexandre a filosofar fininho, pensei comigo mesmo; " …Ai ele é isso? Pega lá  então e apanha com as dunas que, ao menos nelas, sempre aconteceu alguma coisa de palpável e não foi só poesia abstracta e vaga". 

Por outro lado, ocorreu-me que também se deveriam diversificar os temas e os conteúdos pois a poesia, mesmo a que, supostamente, possa esconder algum escândalo, é uma linda maneira de falarmos uns com os outros. A grande maioria dos companheiros da Associação ainda sãobastante jovens e, quiçá, ainda não apreciem muito estes fantasiosos devaneios, mas lá virá o tempo  em que os hão-de valorizar.

Apreciei muito a animação sugerida pelo Arsénio, mesmo descontando as citações a Saramago, personagem que eu não suporto; mas esse, claro, é um problema meu!  

Se o alimento e os legítimos prazeres do corpo nos sabem bem, igualmente estes levezinhos condimentos do espírito nos deverão alegrar. E olhai que eu, destes, tenho muitos!

2010-07-10

Arsénio Pires - Porto

Estou a gostar.
O outro dizia “andam faunos na floresta” mas as musas, decentemente despidas e submissas, não se esconderam e em boa hora inundaram o “Fale Connosco”.

Parabéns aos excelentes textos aqui trazidos pelo Alex e pelo Martins Ribeiro.

Como estamos em maré de poesia, quero homenagear um grande ESCRITOR português enviando-vos  este sítio.

Não percam. Vale a pena!


http://flocos.tv/curta/a-flor-mais-grande-do-mundo/


2010-07-10

manuel vieira - esposende

Pois é. O Verão tem destas coisas e espevitam as elucubrações concupiscentes onde até a pele ebúrnea da mulher amada se deleita sobre as areias macias de qualquer praia lusitana e os desejos espúrios envolvem-nos como o vento torpe vindo do norte.

E o nosso amigo António de Terras de Valdevez amansa-nos o espírito sedento de voluptuosas formas e entorna sobre nós os descritivos sensoriais que nos levam aos ais, embora isto não devesse ser para rimar como em deleite poético.

E inexoravelmente a temática cai bem neste espaço porque sabe bem e os contornos debroados do objecto imaginário aceleram lentamente o compasso cardíaco.

O "fale connosco" até sabe bem com estes temperos destemperados...

2010-07-09

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Aquele foi um dia sereno, cheio da luminosidade dum céu esplendoroso, calmo e tranquilo na paz do sossego e do isolamento.

E ali me encontrei, nas dunas daquela praia, ao lado da mulher que eu amava; naquelas dunas de areias quentes e macias, naquelas dunas do meu sonho, naquelas dunas do meu encanto, naquelas dunas do meu amor!  E naquelas areias macias e quentes daquela praia imensa e calma fizemos, eu e a mulher que amava, o maior amor do mundo; um amor arrebatado e louco, um amor sem peias e sem fim!

E os nossos corpos nus e belos pareciam gozar as delícias de um estranho paraíso!

O corpo da mulher que eu amava, corpo lindo e terso, ali estava, delicioso como a felicidade, tentador como o desejo, escaldante como a fervura, ardente como o braseiro do nosso apetite.

Era um amor calmo como as pequenas e murmulhantes vagas daquele mar e ao mesmo tempo grandioso como aquele céu aberto e azul que nos cobria, infinito como a extensão daquela imensa praia!

De vez em quando a brisa fresca e suave perpassava ternamente pelos seios da mulher que eu amava, afagando e agitando com lascivo toque as madeixas do seu cabelo. E os raios daquele sol resplendente beijavam e enchiam de luz duma intensa transparência a pele suave e ebúrnea do maravilhoso corpo da minha mulher amada.

E os nossos beijos eram sôfregos e vorazes, os nossos suspiros desconexos e arfantes, o nosso  desejo feito fúria e paixão, o nosso êxtase inebriante e etéreo, a nossa volúpia sem medida, incomensurável, eterna!

E então foi ali, naquelas dunas extensas e sem fim, que eu e a mulher que adorei, nos amamos com delírio, com louco frenesi, sem lei, sem entraves, sem peias, sem fronteiras!

Por isso, aquelas foram as dunas do meu sonho, as dunas do meu amor, as dunas do meu encanto e da minha felicidade!

E aquelas dunas macias e quentes daquela praia imensa e calma foram as dunas que nunca esquecerei, que nunca poderei olvidar; porque nelas amei a mulher do meu deslumbramento, da minha loucura e da minha perdição!

 

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