Hoje vivemos à distância de um clic e conforta perceber que os avanços tecnológicos na informação facilitam o aproximar de quem se afastou há muitos anos e onde quer que estejam facilmente podem chegar até nós.
Que o diga o Gonçalves nos "States" e o Martins Ribeiro, nosso entrevistado recente, para quem a vida não seria a mesma coisa sem estes recursos actuais. (Ler em "entrevista")
Abordar os "ismos", quaisquer que sejam, são opções de debate e só entra quem quer. Esses conteúdos devem ser disponibilizados para leitura essencialmente e só por isso já são uma mais valia forte. Intervir exige apetência pelo assunto e também preparação, mas as motivações serão diversas e deve evitar-se carga emocional.
As abordagens devem ser feitas numa de "desportiva", como a jogar ténis com um amigo para descomprimir e manter a forma. As bolas serão jogadas em várias velocidades, com "puxanços","amortis" e movimentos com "souplesse", perdoem-me os galicismos, para que o jogo tenha mais encanto e gere satisfação. Quando aplicamos sempre toda a força normalmente a bola acaba por ultrapassar a rede alta que ladeia o "court".A experiência assim o diz.
O "Fale connosco" permite CONVERSAR neste espaço e o seu objecto é exactamente esse, para facilitar a comunicação entre os Associados e normalmente tem desempenhado bem esse papel, pese alguma "anomalia". Às vezes os temas estendem-se e até aquecem mas é uma questão de ler em graus fahrenheit ou celsius, usando o filtro da amizade.
Todos nós já entendemos que estas ferramentas têm pontos fortes importantes e são uma oportunidade para estar mais próximos. Fiquemos por aqui...
Meu caro e prezado amigo Delfim:
Agradeço o teu post apesar de já vir um pouco fora do tempo em que os nossos escritos sobre os “ismos” saíram à luz. E digo isto porque seria mais bem-vindo na altura para espicaçar o diálogo que surgiu.
Pressinto que também ontem, pelas sombras de Palmela, se falou dos “ismos” e das fugas e, como tal, a tua curiosidade trouxe-te até aqui. Ainda bem.
Vamos ao assunto.
Um dos meus maiores desejos continua a ser que nós, em parte educados mais para receber “na bancada” do que para jogar, procurar e partilhar, fôssemos capazes, neste espaço online e de plena liberdade, de propor, discutir e até combater ideias e/ou assuntos que preocupam a generalidade dos nosso contemporâneos.
Onde estará o mal em falar contra ideias, regimes, injustiças ou o que quer que seja?
Onde estará o mal no expressar uma opinião apoiada com argumentos?
Onde estará o mal em combater essa mesma ideia com outros argumentos ou novos dados?
Onde estará o mal em defender, aqui ou noutro qualquer fórum, os valores que nos constituem, sejam eles quais forem?
Que assuntos devemos então tratar na secção “Pontos de Vista”?
Não seremos capazes de falar abertamente de assuntos do nosso tempo?
É claro que, por mim falo, não me preocupa se o que escrevo não interessa a alguém. Interessa-me emitir a minha opinião para quem lhe interessar e desejo profundamente entrar em diálogo com quem quiser. Participo noutros fóruns a nível nacional e internacional e estou bastante à vontade para dizer que tem sido, para mim, muito enriquecedor.
Confesso, caro Delfim, que me entristece muito verificar que continuamos a confundir ideias com pessoas. As ideias devem ser discutidas. A pessoa de quem as emite, NUNCA!
Será que ainda estamos naquela de, entre amigos e família, nada de falar de religião, política e futebol?
Mas quem é que nos tempos que vivemos pode pensar assim?
Mas que confrontos PESSOAIS podem surgir duma discussão de ideias?
Ser pró ou anticomunista tem muito que se lhe diga! Claro que tem.
Ser pró ou antinazista, também.
Ser pró ou antiDeus, idem aspas.
Mas isso não pode querer dizer que não possamos discutir o comunismo, o nazismo, o socialismo, o marxismo, a americanismo, a crença, a Igreja, o divórcio, a homossexualidade, a pedofilia, etc, etc.
Nem a todos nos interessam estes temas ou alguns deles? Claro que sim. Só temos é que o dizer, o provar ou… passar adiante.
Não tenho nem nunca terei confrontos PESSOAIS com os meus amigos de peito e de tristezas passadas, Alexandre e Ricardo Morais. Seria TOTALMENTE incapaz de diminuir a amizade que lhes tenho por não concordarmos numa ou noutra ideia ou ideologia. A amizade fundamenta-se noutro plano. A nossa amizade já existia muito antes de sermos adultos e construirmos os nossos valores.
Meu caro Delfim, não fiques triste por verificares que há confronto de ideias.
Este nosso espaço tem muitas vertentes. Tem o “Fale Connosco” que, a meu ver não deverá ser para fórum. Só aconteceu porque o tema surgiu aí nele. Mas o lugar adequado seria o Fórum. Compreendo que esta seja uma ferramenta mais complicada de manejar por todos. Então, desviemos a discussão de ideias para o espaço “Pontos de Vista”. É fácil entrar em diálogo. Participemos. Digamos que sim ou que não. Mas fundamentemos aquilo que dizemos. Quem quiser, claro!
Deixemos de ser amorfos. Pensemos!
Hoje quase tudo é relativo. Vivemos numa época em que todos têm opinião sobre tudo mas não passa duma opinião. Nada inibe a opinião mais desastrada e infundamentada. Tudo é avaliado em função dos estados de espírito, das vontades do momento, da moda. Rigor, verticalidade e humildade intelectual são coisas do passado. As pessoas emitem juízos de valor muito levianamente. Sem qualquer base ou substância. Opinam “porque sim” e daí o termos chegado a uma sociedade de gente desinteressada e desinteressante.
Sem forma porque desinformada.
Desinformada porque apática e descerebrada.
Assistem ao nosso tempo como quem em casa assiste a um jogo de futebol de pantufas enfiadas e uma mini enterrada no gargalo!
É contra este “estado da nação” que me movo.
SEMPRE.
O abraço amigo de sempre.
Fiquei imensamente satisfeito pelo aparecimento, na Palmeira, do nosso amigo Domingos Gonçalves Dias. Depois de uma pesquisa ( demorada ), feita por amigos meus, na zona de Montalegre, consegui o número de telefone dele nos States e , no passado sábado, conversámos um bom bocado. Foi bom, amigo Gonçalves mas eu espero que o teu aparecimento seja apenas o princípio de uma participação activa e frequente neste espaço que, por direito, também é teu obviamente. Escreve, conta-nos as tuas vivências dos últimos 30 anos e, em Setembro, quando vieres de férias, diz-nos porque será uma boa oportunidade de revivermos a "nossa juventude" apesar de estarmos todos ( os do nosso curso, pelo menos ) a entrar ou a ultrapassar os 70. Podes crer, meu caro Gonçalves, que não fui só eu a ficar contente com a tua aparição; acredita que todos os que te conheceram sentiram o mesmo.
Para ti, Gonçalves, um abraço que não é só meu, é de todos os teus amigos, agrupados agora à sombra da Palmeira, onde passas a ter um lugar também.
Reproduzo:
"Cada bago de uva sabe de cor o nome dos dias todos do verão." "
Isto para dizer que fiquei triste quando agora li o que dois meus grandes amigos escreveram quanto aos "ismos"...
-Arsénio e Alex evitem os confrontos em questões que não (me) nos interessam ver tratadas neste pequeno forum.
Ser pró, ou anti/comunista tem muito que se lhe diga, pelo que é perigoso resumir-se em pequenos textos...podendo levar a recados indelicados...e a esquecer o que de mais importante existe: a nossa amizade e irmandade. Sinto que poderei contar com a amizade de bastantes; sinto-me bem nos convívios de muitos; e gosto de ouvir e ler alguns.
Alex e Arsénio escrevei, pois poucos o fazem tão bem como vós.
Muito do que pensais, a mim pouco me interessa, pelo que evitai irem por aí.
Ontem gostei de ter passado o dia na companhia de alguns grandes amigos (guerreiro e outros...)em casa do Alex.
Um abraço do Delfim.
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