Companheiros:
A Equipa Coordenadora da Palmeira vem, encarecida e penhoradamente, agradecer todos os comentários, uns de apreço e outros de saudável crítica, que neste nosso “Fale Connosco” temos recebido e que aqui se quedam à disposição de todos os que os queiram ler.
Só assim nos sentimos motivados a prosseguir com este árduo trabalho (que fazemos com muito gosto e dedicação em favor de todos nós!) o qual, se não fosse o vosso apreço e estímulo, de certo não conseguiríamos concretizar. Vede que já vamos no nº 29!
Por tais motivos, nunca será demais agradecer-vos pois a qualidade, por vós tanto apreciada, da nossa Palmeira, deve-se muito aos nossos colaboradores, claro, mas justo será dizer que se deve ainda mais ao tal estímulo que, de todos os que a recebem gratuitamente, recebemos.
A nossa eterna gratidão.
Olá, amigos!
A Internete por estas paragens tem-me deixado pelo caminho.Não consigo chegar até vós e por vezes nem vos leio.
Antes de mais, os meus votos de pronta recuperação para o amigo Pedrosa e o meu abraço fraterno muito especial para ele.
Gostava de dar-vos algumas notícias mais frescas, embora já tenha cá suportado os 41º em Teresina, capital do estado de Piaui, a 640 km de Fortaleza.Fui visitar uma pequena comunidade de Emaús que o Pe. Henri ajudou a fundar. O calor húmido fez-me lembrar os quase 3 anos que passei em Cabinda.Ainda que breve a experiência foi enriquecedora.O Pe. Henri não foi e ainda bem, pois não sei se aguentaria.Ele próprio já teve há anos a experiência de como é duro ali viver, pois ficou doente mais duma semana.
Agora estamos tentando regularizar a sua permanência nestas terras. Parece que as coisas estão seguindo o bom caminho.
Não poderei acompanhar-vos na viagem aos Arcos de Valdevez, terra por certo bela e acolhedora. Ficará para uma próxima vez e quem sabe se na companhia do amigo Aventino, mesmo que em 5ª feira...a literatura é assim...
Vou-me ficando por aqui mais um mesito e pouco, embora as saudades do meu quintal sejam muitas. Mas não quero despedir-me de vós sem antes agradecer a quantos quiseram contribuir para a pequena obra de Vila Velha. O "galpão" está em andamento e até já ali começou a fazer-se um pequeno trabalho com algumas crianças. É preciso dar-se-lhes o pão da boca, mas também o da cultura...É uma pequena gota de água é certo, mas o oceano é todo ele feito de pequenas gotas. Obrigado pois a todos.
Tenho tido outras experiências enriquecedoras, embora algumas bem tristes, como a da morte de crianças de 12 e 14 anos pela maldita droga, mortes ocasionadas por balas que outras crianças dispararam. Assunto sério para as crianças, mas que os adultos quase consideram de asunto banal.Coisas que acontecem aqui a dois passos de nós. A uma dessas crianças, de 12 anos, tinhamos dado cerca de uma hora antes um pequeno lanche. Quem poderia adivinhar uma tal desgraça?...e o pior é nós termos a certeza de que mais se lhe seguirão, pois "casa onde não há pão, todos berram e ninguém tem razão" - eles têm razão já que são vítimas de uma enorme injustiça da sociedade díspar em que vivemos...Temos de revoltar-nos contra esta sociedade e não podemos contentar-nos em dizer que foi sempre assim... Desculpai-me mas não posso deixar de vos inquietar. Sim, não fomos nós que criámos esta realidade, mas creio que podemos, todos unidos, fazer algo para que ela se altere ainda que seja pouco.
O meu abraço fraterno para todos vós
Gostei dos escritos do Aventino e no final aventei-me a hipótese de ter lido algures o título recente de cinema "adoro-te à distância" em que contracenam Justin Long e Drew Barrymore e que poderá ajustar-se a esta teimosia em não querer tosar cabrito à quinta-feira pelas bandas frescas e límpidas do Vez, mastigando em seco os deleites criativos da soberba arte minhota de bem confeccionar a tenra substância do caprino.
Apontei alguma solidariedade com ele por causa da repetida quinta-feira, talvez por ser véspera de sexta. Claro que também se segue à quarta e esta liberdade de desbunda em qualquer dia da semana desdiz os famosos muros de outrora que continuam a enclausurar mentes mas não os repastos inter reformados dos compromissos.
Como em "adoro-te à distância" teima-se em forçar a amizade à distância e a parametrizar as datas dos reencontros. Cheira-me a censura à liberdade das quintas, neste caso até poderia ser das sextas não fosse o obstáculo do Peinado.
Se eu fosse o Aventino a escrever ia repetir censura, censura, censura e censura por aí fora em jeito de bloqueio.
Mas estes encontros e reencontros à luz de canecos cheinhos de diuréticos do Alto Minho merecem esta prosa pensadora que nunca dispensará os temperos das ervas aromáticas e da cozedura certa das lenhas do forno brando dos lados do Vez.
Numa quinta-feira de 14 venham ao Minho, onde as quintas e as casas apalaçadas reforçam a paisagem e o cheiro dos néctares embebem as artes ancestrais de saberes e sabores incomparáveis.
Venham Aventinos, Diamantinos, Alexandres, Ricardos Morais e outros tais e amesendem-se nas fraldas da serrania verdejante onde os espigueiros proliferam e as vindimas dos verdes espalham já o mosto cheiroso.
É no Minho que as quintas têm mais sabores, sejam de casas senhoriais ou quintas feiras e a quinta que foi escolhida foi a de 14 e os portões estarão bem abertos para os comensais, reformados ou não, mas venham desenfastiados...que deste cabrito não há mais!
Um Susto para o José Maria Pedrosa
A notícia está na rubrica "Notícias" mas temo que nem todos tenham dado por ela. Por isso peço desculpa mas repito-a aqui.
O nosso colega e associado, Pedrosa, apanhou um valente susto: teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) mas, felizmente, já se encontra em casa depois de ter passado 8 dias internado no hospital S. Francisco Xavier.
Tudo aconteceu próximo deste hospital o que facilitou o seu rápido atendimento e ataque ao AVC facilitando, assim, a rápida recuperação.
O Pedrosa está, pois, totalmente recuperado sem qualquer sequela. Terá, sim, que passar ainda mais algum tempo em total repouso e “abstinência” de quaisquer actividades (inclusive o acesso ao computador).
Ao Pedrosa desejamos a consolidação da sua total recuperação e um rápido regresso, (mas com calma!) às suas múltiplas actividades.
Espantosamente pessimista este tópico do colega Aventino. Quiçá eu, por já estar fossilizado ou, como alguém um dia me classificou, ser do tempo do Afonso Henriques, não entenda bem o simbolismo da quinta feira do nosso companheiro. Porque, reconheço, nesse meu tampo, eram, possivelmente outros tempos: melhores, piores, não sei. Mas eu, desde muito novo, amei sempre, nunca deixei de amar e só parei já no fim do tempo, no desgaste e no esfrangalhar da máquina. Mas amei sempre: tapado pelas dunas, escondido atrás das moitas de tojo dos montados, ao calor da lareira, até em noites de invernia; e não me arrependo. Agora, não preciso de ir aos Arcos porque já estou nos Arcos, terra impregnada de fragrância e lindeza, que não sendo a minha terra a fiz minha pois nela vivi o melhor do derriço e da aventura. Tudo consumado, presentemente só me resta o cabrito. Cabe-me aqui dizer que ninguém convidou ninguém e tudo o que vai acontecer nasceu dum impulso expontâneo da imaginação e da amizade: os convites estão todos feitos e se o caro Aventino quiser e estiver disposto só nos trará alegria com a sua presença. É numa quinta feira, é certo, mas este dia foi acordado entre todos os que decidiram aparecer. E qual o óbice ou a animosidade contra a quinta feira? É um dia da semana como qualquer outro, tão bom para nascer como tão mau para morrer. Caro Aventino, pelos vistos parece não gostar, mas deixe-me que fale de amizade, de encontros, de almoços de cabrito, de Arcos de Valdevez, da serra, do mar, de noites oníricas porque, para mim, é o que me resta e que ainda me proporciona uma grande felicidade. Acho que o amigo não deveria virar-lhe assim as costas.
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