Há dias o nosso colega Martins Ribeiro dos Arcos passou-se e escreveu "Elisa,meu amor... e se tu voltasses?" e publicou neste espaço esse devaneio louco próprio desta estação fria de arrepios escaldantes e que pretendeu no meu entender, afrontar as mentes repousadas dos nossos ilustres criadores do manso tédio dos neurónios. E persistiu "Que faria eu?"... convictamente convencido daquilo que provavelmente não teríamos dúvidas e que a mordaz fiscalização do matrimónio serviria também de travão, se propósitos houvessem!
E esta conversa vem à liça porquê?
A actividade neuronal do ser humano precisa de ser estimulada tanto quanto a prática saudável dos movimentos do corpo que tanto contribuem para a saúde e para o rejuvenescimento que gera o bem estar.
A prática de alguma retórica é um exercício estimulante para a produção de nutrientes no nosso cérebro, contrariando muitas vezes a rotina, desintoxicando-o. Não sou estudado em análise comportamental e cognição mas o fale connosco é um espaço que pode muito bem ser utilizado como exercício de neuróbica e o nosso colega Martins Ribeiro é um exemplo claro de persistência prática que deve ser seguido. O nosso colega e psicólogo Celso Oliveira disse-o claramente numa palestra num dos nossos Grandes Encontros, que a longevidade pode ter correlação com a actividade cerebral.
E ainda voltando ao Martins Ribeiro e à sua persistência, podemos ler no seu texto "Havia de me lançar nos teus braços, nesses teus braços sedutores, morenos, delicados e deixar-me-ia descansar um pouco das minhas lutas íntimas, nem que fosse por um escasso instante, abandonar-me-ia neles, perdido e alucinado."
Não posso dizer aqui que o crime compensa mas estimular a mente é por vezes um devaneio que sabe bem.