Arsenio, aproveitando o espaço, se for permitido, quero informar que sou descendente de sacerdote e tabelião da igreja matriz de Viseu e meus antepassados eram da cidade de São Felix lá pelos anos 1850 e anteriores, o nome familiar era PAIVA, mais precisamente SIMÕES DE PAIVA, e PAIVA CORREA. Tenho as cópias dos documentos de óbito, nascimento, batizado e casamento copiados de fitas fornecidas por entidades de Portugal. O que eu gostaria de ter era uma foto da Matriz onde meu tio-avô foi pároco. Chamava-se Vicente Simões de Paiva. Mas eu sei que para isso é preciso que tenhas as informações exatas. Por enquanto contento-me se me responderes esta mensagem. Só para saberes o quanto é importante para mim e para a história do nosso país o que estou procurando, informo-te que Augusto Simões de PAIVA CASTRO FOI O ÚLTIMO CONFEITEIRO-MOR DE SUA MAJESTADE DOM PEDRO II E ANTES DE INSTALAR-SE A REPÚBLICA NO BRASIL, MEU AVÔ RECEBEU ALGUNS OBJETOS COMO RECORDAÇÃO E FOI MORAR NUM CASARÃO HOJE ANTIGO E QUE CONSEGUI VÊ-LO E COMPROVAR A AUTENTICIDADE EM CARTÓRIO, POIS MEU PAI VIRIATO SIMÕES DE PAIVA CASTRO ALI NASCEU. BEM, PARA NÃO ALONGAR-ME PARO AQUI. AGUARDO SUAS NOTÍCIAS QUANDO ACHAR CONVENIENTE E POSSÍVEL DE DÁ-LAS. UM ABRAÇO DO EX-SEMINARISTA REDENTORISTA. ANTONIO.
Um tema que talvez seja uma revelação de Fátima e que está ocorrendo exatamente neste momento é a pedofilia na Igreja e que acho que SS o Papa está dando muita colher de chá, como se diz no Brasil, às seitas rrmistas. Na minha opinião esse problema se resolveria com a permissão de casarem-se os sacerdotes, pois o que macula ao homem exercer a sua sexualidade? A não ser que o motivo seja outro, como a condução dos religiosos como de um exército, em que ele possa ficar livre e mais ágil para penetrar em qualquer sociedade. Mas não estão fazendo assim os soldados e marinheiros, que ficam largo tempo longe de suas famílias? Bem, o assunto, confesso é mais profundo, mas é preciso começar a discutir esse problema livremente para se chegar a um resultado, não acham? De um ex-seminarista brasileiro de primeira linha intelectual quando no seminário e que deixou o seminário por razões relacionadas. Hoje tenho uma bela família, só para afirmar que o motivo foi mesmo uma peneira excessivamente rígida à época (anos 43-48). Foi bom? Foi ruim. Da nossa turma de 60 alunos ficaram 8 padres. Tenho dito, perdoem-me se fui muito franco..
Aos meus amigos, tudo de bom!
Não gostaria de ser eu a meter-me em conversas teológicas. Desejava que outros com maior formação teológica - e há muitos entre os nossos associados - o fizessem. Contudo, a propósito do escritor do Expresso, cujo artigo se encontra nos Pontos de Vista, pouco mais poderei dizer que me parece se preocupa demasiado com Deus, e muito pouco com os Homens. Do que dele tenho lido - não muito é certo - parece esquecer-se de que "não podemos amar a Deus sem amar o próximo, aquele a quem vemos". Já o Pe. Américo aconselhava os doutores teólogos a irem ao Barredo aprender "teologia, e da melhor", com uma determinada prostituta...
Quanto aos livros propostos, tanto pelo Arsénio, como pelo Gaudêncio, nada posso dizer, já que ainda os não li. Deixo aqui, todavia, embora repetindo-me, a velha frase do nosso Cícero: "A História é a mestra da Vida". E esta é paciente, esperando que o tempo a faça luz clara. Infelizmente a história do comunismo, bem como a do capitalismo, ainda estão longe de serem luz que nos esclareçam suficientemente para que possamos tomar qualquer posição a favor de qualquer um delas. O que podemos, e devemos fazer hoje é, sim, estarmos contra toda e qualquer barbaridade que estes dois sistemas fizeram e continuam fazendo ainda hoje. E não pôr-nos a contabilizar quem fez mais ou menos...- Não quero, antes de acabar estas breves linhas, deixar de vos aconselhar a ler dois textos que considero belos e cultos que vêm no último FRATERNIZAR. São eles dos teólogos brasileiros Frei Betto e L. Boff. Seus títulos, respectivamente: "O Mercado é o novo Fetiche" e "Por que persiste a Igreja-Poder?". Digo-vos que não perdereis o vosso tempo.
Um abraço fraterno
Meu caro Gaudêncio:
Como seria bom que, serenamente, todos nós soubéssemos discutir e aprofundar alguns dos temas que o nosso tempo nos põe diante dos olhos. Infelizmente, já nem de pensar somos capazes. Parece! Aqui!
A nós coube (e cabe…) ser testemunhas duma das maiores crises da história humana. O Homem total está em crise. O polvo neoliberal estendeu os seus braços pela Terra inteira espalhando a confusão e o desequilíbrio em que nos encontramos: económico, social, cultural, climático, religioso, ético e espiritual. E, como consequência, essa confusão e desequilíbrio atingiu o essencial: o sentido da vida deste ser a que chamamos Homem!
E desistimos. Parece que baixámos os braços dizendo:
- Não podemos fazer nada. Deixa andar! A ver em que tudo isto vai parar...
Tu dizes, e muito bem: “O que julgo é que, em épocas de crise, na ausência de valores firmes e no desaparecimento das utopias, a sociedade tende a virar-se e a agarrar-se a qualquer coisa que possa substituir o vazio que nos desnorteia presentemente.”
Fizeste-me reflectir e dei comigo a perguntar-me:
- Será que o Homem só é capaz de pensar em si e no seu destino quando está em crise?
Será que o Homem tem andando tão distraído com o seu umbigo que nem sequer encontrou tempo para se olhar "olhos nos olhos"?
Será que só agora se deu conta que o ser humano é um ser “vazio” a exigir plenitude?
Será que só no silêncio deste deserto de crise o homem consegue encontrar um sentido para a sua existência?
Será que a crise tem, ao menos, esse lado positivo?
Será?
(Alguém aqui virá dizer que “isto” é muita filosofia para tão pequena camioneta. Será?).
Meu caro Arsénio
Eu também já tinha espreitado a nota sobre o livro de que falavas e, creio, que as nossas fontes me parecem ser comuns.
Ainda não li o livro mas espero lê-lo porque não pretendo ficar "especado" sobre o que eu penso sobre o assunto sem cotejar as minhas crenças com os argumentos, igualmente sérios, que outros poderão ter acerca desta matéria.
Custa-me, porém, aceitar como " um regresso de Deus ou a Deus " da actual sociedade quando vejo essas manifestações dos Evangélicos americanos, as encenações cómicas dessas igrejas ( ou seitas? ) brasileiras e o actual fundamentalismo islãmico. ( No meio dessa gente Deus não parece ficar lá muito confortável ).
O que julgo é que, em épocas de crise, na ausência de valores firmes e no desaparecimento das utopias, a sociedade tende a virar-se e a agarrar-se a qualquer coisa que possa substituir o vazio que nos desnorteia presentemente.
Mas isto, meu caro Arsénio, é apenas um apontamento meu porque reafirmo que, nesta ocasião, não pretendo entrar a fundo no tema.
Sobre o " Vaticano SA " acertas em cheio na "mouche" porque, na realidade, a mensagem de Cristo anda muito ausente por aqueles palácios de gente rica ( que veste e calça Prada tal como o Diabo. Este personagem, afinal, existirá ou será mais uma ficção da nossa Santa Madre Igreja ? ) Se souberes, conta-me.
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