fale connosco


2010-12-16

manuel vieira - esposende

Natal é só nestes dias e é verdade que quase só as crianças o sentem.É outra dimensão, a da ansiedade, dos sonhos, também muitas vezes da frustração das diferenças. Outras vezes da indiferença.

Para os adultos Natal é um arquétipo na definição iunguiana, como constante repetição de uma mesma experiência durante muitas gerações.

Para muitos ele satisfaz ou não conforme os orçamentos confirmados, para outros é um mero cenário profilático onde se desenvolve a crença na figura pomposa mas amiga do Pai Natal, o tal que destronou presépios.

Por falar em presépios, a estrela desafiadora que foi brilhando aqui já fez chegar alguns reis magos vindos do oriente e ocidente  com os presentes da agradável presença e mais virão porque a este presépio iconoclasta todos devem voltar. Claro que falta o Peinado, o Zé Manel Rodrigues, o Duarte de Almeida, o Celso, o Castro, o Diamantino, o Marques,o Samorinha, o David, o Neves, o Nunes, o Eugénio, o Sacadura... bem, é melhor ficar por aqui, pois é aqui que podemos compor o nosso presépio, um presépio vivo e com graça.

Mas Natal é também uma forma de estar, de rever o presépio da família, de onde as figuras primas já não voltam. É por vezes a nostalgia dessa ausência. Pode ser tudo o que nós queiramos, menos o que já foi. Natal dá para sorrir, para chorar, para contestar, para filosofar ... e para estar agora aqui a divagar, também a partilhar. Bem, vou repetir : Natal dá para sorrir... sempre sabe melhor!

2010-12-16

Antonio Gaudêncio - Lisboa

 Não tenho dúvidas de que a minha intervenção não vai ser muito oportuna mas, mesmo correndo o risco, vou fazê-la.

Creio que já o escrevi e o disse em conversas : mas não gosto da época do Natal. Não se deve essa minha posição ao que a quadra se associa mas ao que se passa neste mês em que se finge haver  ( muuuuuita )solidariedade, em que alguns, para aparecerem nas tvs, se armam em benfeitores e de, avental ao peito, vão servir umas batatas com bacalhau aos deserdados e escorraçados da sorte, da sociedade e da vida. ( Nota: muitas vezes esses ditos cujos que vão servir as batatas nem um tostão deram para as adquirir mas adiante ).

Vem isto a propósito da última entrada do nosso mais que estimado presidente ( da AAAR ) quando aplica a palavra " TRESANDA " no seu escrito . No meu ponto de vista, o verbo está correctíssimo e bem aplicado porque o que vemos nestas duas ou três semanas que antecedem o Natal, " tresanda" mesmo, ou seja, cheira mal, deita mau odor etc, etc, etc .

Neste momento, por falta de tempo, não vou fazer considerandos à intervenção do Arsénio que merece faladura. Vou fazê-lo mas daqui a um bocado. Pessoalmente também acho que é preciso mandar, de quando em vez, algum " pitrol" para manter acesa a chama da Palmeira. O interesse é nosso por isso não vale a pena assobiar para o lado. Vamos contribuir!!    

2010-12-16

Ismael Vigário - Braga

Olá,amigos da Palmeira,

Já li parte da Palmeira e nela encontrei textos bem burilados. Alguns que brotam mais da razão, outros caldeados com a emoção/coração. Gostei de ler o texto do Pe. Bernardo, uma boa visitação que podemos ter através de um texto. Um texto é um enunciado que interpela o leitor. Nem todo o leitor. Os textos podem interpelar um leitor e não dizerem nada a outro. Mas os textos da Palmeira vêm ter connosco e  são palavras que nos "beijam" como diz o poeta Eugénio de Andrade.

Gostei das recordações dos natais dos nosos associados. Mas o meu não devia constar na lista. Apenas referi que não tinha memória de nenhum Natal no Seminário e é verdade. Uma palavra honesta. Quando proferi aquele juízo nunca imaginei que o Arsénio o aspergisse na Palmeira - documento ilustrado de todos os escrevinhadores.No meu tempo, a maioria dos meus colegas iam passar o fim de semana a casa, porque moravam nas redodezas. Hoje ,penso que também já havia uma intenção economicista. E penso que os colegas mais antigos, por um lado tinham sorte em poderem ficar pelo Seminário, onde passavam o Natal a fazer teatros, a musicar e a jogar.

Eu morava na raia com Espanha, lá nos quintos, mas era o meu lar, lá também tinha os meus Lares e Penates e era , nessas ocasioões que me refazia e me completava emocionalmente. Também era humano o reencontro com a família e os nossos educadores tudo isso percebiam.

2010-12-15

Arsénio Pires - Porto

Meu querido Pai Natal:

Olá! Como estás? Muito frio na Lapónia? Aqui, nem te digo nem te conto!
E as renas? Oxalá que estejam todos bem e com força para a viagem.
Antes de te meteres a caminho, quero pedir-te a minha prenda.

Olha, vais ficar admirado mas, desta vez, não quero que me tragas nada. Estamos em crise e eu compreendo que tu te vejas um pouco à rasca para socorrer tanto pobre por esse mundo fora incluindo os USA e a Alemanha.
Em Portugal, mesmo assim, penso que não há grande crise! A avaliar pela “moldura humana” que enche os estádios de futebol e pelos pequenos-almoços que a malta do Rendimento de Inserção Social (?) todos os dias mete para a blusa aqui nas pastelarias da zona, ainda faltam largas milhas para chegarmos à Irlanda e à Grécia!
De modos que, não me tragas prenda nenhuma.

Só te peço um favor: A ver se chicoteias os meus amigos e ex-colegas da Quinta da Barrosa para que escrevam qualquer coisa aqui no “Fale Connosco”. Ainda que seja a dizer que “não tenho nada para dizer”!
Nunca vi pessoal assim, sabes? Amorfo, mudo e quedo, fracote, muito foleirote!
Que ao menos falem contra ou a favor, ou que digam mal de tudo e de todos. Que digam que receberam a Palmeira (grátis, à borliú, à gola, sem sequer darem um tusto, etc.) e que nem sequer a leram, “como querem que fale sobre ela?”

Olha, Pai Natal, se vires que não consegues nada, deixa-me o e-mail das tuas renas! Ao menos, essas berram quando as chicoteias!

Inté pró ano.
Xau.

 

2010-12-14

manuel vieira - esposende

Tresanda a Natal e nunca o senti de tantos constrastes. Nas conversas mais aconchegadas apercebo-me dos cortes drásticos nos orçamentos das famílias, na ausência das prendas entre adultos, nos exercícios de poupança nos embrulhos das crianças.

 Nas montras  das cidades e das grandes superfícies contrastam os cenários perfeitos e os cartões de crédito movimentam milhões. Fumegam compras em turbilhão e as senhoras distintas de traço maquilhado bem notado carregam sacos de marca de sorriso ao léu.

Ali, nos corredores circundantes dos NorteShopings correm em passo curto as crianças espavorindo os sonhos agarradas à Mãe Natal de carne e osso, com pressas espelhadas no  passo largo e a mente na compra que ainda falta para o Pai Natal de osso e carne.

 

Lá longe o meu Pai Natal de adulto com idade antiga, de faces magras encobertas pelas barbas brancas, estatura estreita e de pequenez genética, de voz notada a exalar bem o oh,oh,oh, não desce chaminés mas calcorreia ruelas de lama e recantos de pobreza extrema, de saco de plástico com a prenda desesperada que mitiga a fome.

Já conhecemos os seus passos, de roupas singelas e escurecidas, o seu boné a sombrear o seu olhar humilde e o cinto curto que lhe estreita a figura de pai de sempre,  dos mais bafejados pela pobreza.

Falo do Padre Henri, a figura franzina que contrasta com o porte bonacheirão do encarnado Pai Natal do consumismo moderno.

Claro que eu ainda vou enviar a mensagem natalícia para todos os AAARianos, mas é importante aparecer por aqui pois este espaço também me pertence, já que espero que outros colegas afujentados por alguma discussão de subconscientes púlpitos talvez apareçam.

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