2010-11-20
António Gaudêncio - Terra de Mouros ( na margem norte do Tejo )
Depois de ler todas as coisas bonitas, bem ditas e acertadas que os companheiros, que me antecederam, deixaram aqui no site, creio que a minha intervenção já é supérflua mas o bichinho aconselha-me a escrever e a meter também o bedelho nesta onda farta de intervenções.
Começo por me coligar com todos os que já deram os parabéns ao M Vieira por ter sido o pai e o parteiro do nosso site. Não sei se todos me acompanham na forma de dividir a nossa vida associativa mas eu julgo que há, claramente, um tempo antes e um tempo após site. Antes da criação do site a nossa comunicação limitava-se a uma Palmeira de quando em vez; e quando surgia algum tema que gerava " frisson " quem queria replicar só o poderia fazer na Palmeira seguinte, circunstância que retirava, desde logo, algum impacto ao assunto.
Com o site as coisas passaram a processar-se de forma diferente. Mesmo na hora, podemos dizer, replicar, esclarecer ou contraditar o escriva que teve a "ousadia" de propor alguma tese com a qual não concordamos. O site criou uma dinâmica muito interessante e nele apareceram intervenções muito bem escritas e geradas e alimentadas algumas " polémicas " que nunca teriam acontecido se o nosso único meio de comunicação fosse a Palmeira.
Parabéns, por isso, para o M Vieira mas também o nosso muito obrigado!!
Mas parece não haver bela sem senão: com o espectacular sucesso do site quase nos esquecemos da Palmeira e isso não é justo porque ela tem o seu lugar na nossa vida associativa e, certamente, não a queremos deixar fenecer.
O último número, julgo eu, reflecte uma certa perda para o site uma vez que, para mim, não é bom sinal quando o Alexandre e o Arsénio têm que "" cavar "" sòzinhos mais de metade da revista. Talvez valha a pena fazer uma reflexão para curar de saber porque é que tantos colegas se prestam a escrever no site mas não o fazem, ao mesmo ritmo, na Palmeira.
Para terminar, umas breves considerações sobre o ENCONTRO de Palmela. Correu bem. O Alexandre, como é seu apanágio, recebeu-nos na forma habitual: com amizade, com alegria, pôs tudo à nossa disposição, deu-nos bons acepipes, matou-nos a sede com bons vinhos ( numa próxima ocasião, se a houver, não precisas Alexandre de proporcionar tantas marcas e tantas diversidades; basta uma linha de bom tinto e outra de branco porque as muitas misturas dão cabo das papilas gustativas a mouros e a cristãos. Mas isto não passa de uma sugestão minha, meu caro Alexandre ).
Mas sobre o Encontro o que mais mexeu comigo e mais gratificante me pareceu foi a vinda dos nossos corajosos amigos do Norte. Trouxeram a fala do norte, uma alegria sincera e contagiante e tiveram que fazer um esforço digno duma grande consideração para virem passar umas horas muito breves conosco. Reperem que o nosso amigo e decano, Martins Ribeiro, saíu dos Arcos às quatro da matina; apreciei este esforço e mais aprecio ainda quando reparo na sua idade. Se fosse um jovem de 60 anos ainda vamos e venhamos!!!!! É de homem, é de companhiro, é de amigo!!! Obrigado, M Ribeiro.
Como digo, aquele grupinho fez um bom sacrifício para conseguir tão curtas horas de fruição conjunta. E, ao fim do dia, para ganharmos mais uma horinha de convívio, lá convencemos aquele simpaticíssimo grupo a ir embarcar na Gare do Oriente em vez de o fazer na estação de Pinhal Novo onde tinha desembarcado pela manhã. O Delfim, sem boné e sem farda, trouxe alguns elementos até à Gare do Oriente e eu transportei o resto do pessoal. Chegámos quase em cima da hora mas a tempo uma vez que toda a gente apanhou o combóio.
E assim se consumou mais um convívio na Oliveira do Paraíso onde o reencontro, a alegria de estarmos juntos e a possibilidade de rememorarmos coisas antigas foi muito gratificante.
Bem hajas, Alexandre, por nos ires cedendo esse cantinho acolhedor!!!!!
O texto,atrás citado, parece-me ter sido escrito ou pelo António Barreto ou Pulido Valente.