2010-12-31
A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez
Mais um ano finda hoje. O que lhe vem a seguir, por tradição, deveria incutir sempre dentro de nós grandes expectativas de vida melhor, de muita esperança em tempos de redobrada felicidade. Porém, este ano que logo vai entrar, desditosamente e por força da actuação de uma sinistra quadrilha de Ladrões e vigaristas, já todos sabemos como irá decorrer. Aqueles fogachos de mudança para melhores anseios, que iam chispando em tempos mais sombrios, presentemente, parece terem-se apagado de vez. No entanto, nós estamos aqui para não os deixar morrer e, apesar de vislumbrarmos nuvens negras no horizonte, não podemos nem devemos seguir um triste fado.
De maneira que, logo á noite, esqueçamos as subtis filosofias do Alexandre, as frustradas contendas do nosso Arsénio com fantasmas fugidiços, os devaneios e utopias do caro Assis, entremos na "bacalhauzada" do douto e experiente Peinado, nas "mexilhoadas" do Vieira e recebamos, mesmo assim, o sacana do 2011, pois ainda cá estamos. Abri-me esse espumante ou, ao menos, uma zurrapa do Morais, comei lá essas passas e terminai com umas ásperas "borrachonas"; mas nada de exageros. Eu não acredito no simbolismo das doze uvas passas, mas a minha mulher diz que dá tudo certo e então não me custa nada fazer-lhe a vontade.
Caros companheiros e amigos; muita alegria e fé são os meus votos para logo á noite, desejando poder dizer-vos o mesmo - ou melhor - daqui a um ano.
Ide aparecendo sempre!