2011-03-13
manuel vieira - esposende
Amigo Ribeiro, vou tocar mais uns acordes:
Afonso Lopes Vieira escreveu:
“Ó lampreia divina, ó divino arroz,
Comidos noite velha, em casa do Julião!
Sem ter ceias assim o que há-de ser de nós?
Sofre meu paladar! Chora meu coração!”
Dona Maria, Infanta de Portugal, filha do rei Dom Manuel (séc.XVI), quando foi para Itália levou consigo um caderno onde tinha uma receita de lampreia que dizia:
“ Limpem a lampreia em água quente, tirando-lhe as vísceras e dando-lhe golpes na carne. Coloquem-na enrolada, numa tigela, e temperem-ma com azeite, coentro, salsa, cebolaralada e sal.
Deixem-ma em repouso por algum tempo, levando-a em seguida ao fogo. Depois de bem refogada, deitem-lhe um pouco d'água com vinagre, cravo, pimenta, açafrão e gengibre. Cozinhem em fogo lento.”
Claro que estas referências têm como pretensão sápida estimular ensejos de prova.