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2011-04-07

Arsénio Pires - Porto

Jovens!

Venho aqui de novo, após uns dias de ausência desta janela.

E venho para não deixar no esquecimento o nosso próximo Encontro Nacional.

Vai ser uma oportunidade ÚNICA que nenhum de nós pode perder. Porquê?

1. Porque vão ser dois dias de profundo convívio. Só o irmos em autocarro, facilita imenso o contacto.

2. Porque vai ter uma grande componente cultural: Uma visita à obra e terra de um dos nossos maiores escritores do séc. XX e de todos os tempos, Vergílio Ferreira.

3. Porque vamos ter uma esmerada componente gastronómica: a excelente comida beirã será servida com abundância de pratos e diversidade de sabores!

Para que tudo corra MUITO bem, precisamos da tua presença!

Se ficares em casa, ficaremos todos mais pobres!

Como aperitivo, deixo-te este pequeno poema do Vergílio Ferreira (ele não brilhou pela poesia que produziu…) que revela bem toda a sua vida perante o mistério da existência. Só os grandes se interrogam!

“Na parte obscura donde às vezes fala

a voz que escuto para lá do que ouço,

morava Deus. Mas se hoje o escutá-la

na verdade do que era já não posso,

não sei porque se não cala.”

(Conta-Corrente 2, p. 61)

2011-04-07

manuel vieira - esposende

Todos nós percebemos que o mundo é maioritariamente dos leitores, num universo desproporcionado em relação aos escritores e o nosso site não foge à regra.

É verdade que alguns não aproveitam esta oportunidade de interagir e talvez não sintam o estímulo, o ímpeto de participar recorrendo por vezes ao argumento mais cómodo de que não se sentem competentes para a escrita nestes cenários.

Outros colegas sentem grande à vontade nestes ambientes e vão proporcionando bons momentos de leitura e conjectura, por vezes com a complexidade de algumas abordagens que tendem a ferir conceitos e preconceitos e a deixar marca, como referencia o Ismael no seu último post.

Mas até é bom quando o silêncio incomoda...

Curiosamente a nossa rubrica "Pontos de Vista" é forte em temas de boa diversidade e são vários os colegas a pesquisar e a remeter para "afixação" online.

Posso assegurar que as suas temáticas são lidas por algumas pessoas que nada têm a ver com a nossa Associação, dada a notoriedade dos conteúdos divulgados.

2011-04-06

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Não vou “acordar-vos”  á moda dum célebre locutor de rádio no filme BOM DIA VIETNAM, mas com grito parecido;

 “ … Bom dia AARs, estais todos numa boa?  Que tendes para dizer?” 

Verifico que anda tudo muito atarefado e metido nas tocas; será da crise?

Cá pelos Arcos o rio vai correndo com muita suavidade, com um sussurro abafado de calma e paz. O arvoredo vai rebentando por força da seiva na pujança da primavera que chega. Os grilos, daqui a pouco começam a serrilhar nos tufos das ervas o seu irritante estardalhaço. O género feminino, oh maravilha, vai-se descascando no calor do tempo, para a tentação dos nossos pecados. Estamos quase na Páscoa e pressente-se a força e a alegria  dum tempo novo que chega.

O contraste é evidente: enquanto a Natureza começa a fervilhar no início de mais uma primavera, os AARs vão-se fechando na mudez da indiferença. Então ninguém conspira neste site, coitadinho, tão triste por ninguém falar! Dizei disparates, falai de coisas sensatas, contai piadas … mas aparecei.

Bom dia, AARs. Acordai! Lavai as ramelas dos olhos e ganhai fôlego! Não penseis em seminários, nem em rezas, nem em padres, nem em Cristos-Reis. Mas falai! Há que arrebitar!

2011-04-04

Ismael Malhadas Vigário - Braga

Tu, amigo Aventino, és inconfundível! Deixas a tua marca onde tocas, onde passas. ... É bom ter colegas assim, que não têm pejo de se afirmar e dizer aos quatro ventos: eu existo. É Sartre, é Vergílio Ferreira, é ALexandre, é Arsénio, é Né Vieira é.... tantos és que se prolongam e que fazem questão de não se apagarem, apesar de todos os ruídos de racionalismos, moralismos, super egos que teimam em submergir a força de tantos eus, egos... É fabuloso continuramos a querer ouvir a voz do outro na nossa voz, a nossa voz em tantas vozes que se multiplicam, porque o pior de tudo é o silêncio que pesa nos que se recusam a falar, a aparecer, porque o medo ainda impera como o maior pecado que é  recusar-se a ser. Ser. Ser isto, aquilo e mais além (Florbela Espanca). E depois de nós, de outros nós que em torno de nós se tecem, virá aquilo que hoje prometemos, em palavra, em gesto e que nos recusamos a morrer, a deixar de ser. A querermos matar o silêncio e a instaurar a palavra, a crença na força da palavra, vivat, pneuma, rema, animus, aletheia...

 

2011-04-03

aventino aventino - Porto

Meus queridos AAR´S:

Na tarde breve do nosso entardecer, há um canto triste de uma ave indefinida.

Eu e tu, tu e eu somos Freud e Freud, o mesmo divã e a mesma voz: eu (Freud) lanço uma palavra e tu(Freud) ficas...ficas...e desenvolves.

Exercício UM:

Palavra: "SEMINÁRIO:

Silêncio; meia hora, trinta e cinco minutos, quarenta minutos.

FREUD diz: quarenta minutos!

Tu falas: ...seminário..., padres..., a minha mãe..., o meu pai..., os meus irmãos...

FREUD: Acabou o tempo!

Afinal, sou eu, Aventino, quem:

1.   Largo ao vento e às vozes o sentir, perdido, que sinto do beijo doce dos meus pais.

2.   Ainda ouço, a todas as horas destas manhãs que ouço, os olhos verdes dos meus irmãos, tristes e pedintes: vem-te embora, vem!

E, afinal, sois vós, meus queridos AAR´S, quem, a horas proibidas para o tempo da nossa idade, sois vós, pois, quem determina o encontro em Coimbra, à hora certa de um dia certo, num sentimento certo, de um destino certo, em busca de terras de Vergilio Ferreira.

Um encontro?!

Já não encontraremos nada. Estamos todos feitos, perfeitos, à espera, apenas, que a nossa maternidade se cumpra.

Tu e eu. Já não somos tu e eu, mas apenas dois putos com a má sorte de um dia alguém ter julgado que éramos inteligentes.

Deixo-vos, pois, estes versos chunga, para que possais "desancar" em quem vos tira do leito sereno e quente de uma felicidade merecida:

De que somos feitos

se não de dúvidas e de defeitos?

Do verso fácil, de lágrimas e de sonhos?!

De cristos-rei, seminário e padres?!,

Ou, porventura, de outros genes, ainda, mais medonhos?!

 

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