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2019-09-03

Aventino - Porto


HÁ UMA VOZ AZUL

QUE NOS ACENA.

VEM DE ALI ?!

VEM DO ALÉM?!

DE QUEM?!


HÁ OUTRA VOZ AZUL

QUE NOS CONDENA.

SERÃO PÁSSAROS TRISTES,

QUE VOAM TRISTES, 

CUMPRINDO PENAS?!

2019-08-04

Aventino - Porto

ALEXANDRE GONÇALVES

Magnífico soneto; magnífico.

Morreremos todos, morreremos, certamente; mas embalados pelo belo da poesia, morreremos melhor.

2019-08-04

alexandre gonçalves - palmela

AINDA O ANO NOVENTA

Saudações marítimas a todos os AAARs que ou já navegam pelo infinito oceano ou estão de partida! Aproveito para reconhecer a excelente qualidade dos textos, em homenagem ao L.Guerreiro. Não sendo pertinente referir nomes, sempre direi que alguns revelam uma escrita madura irrepreensível, quer pela reflexão produzida quer pelo exercício da escrita alcançada.

Não me tendo sido possível, em tempo útil, entregar a minha colaboração, sirvo-me deste meio para divulgar o "Soneto de Navegação", já enviado na data respectiva ao seu legítimo destinatário.  

 

 

 

SONETO DE NAVEGAÇÃO




Aqui nesta praia onde

Não há nenhum vestígio de impureza,

Aqui onde há somente

Ondas tombando ininterruptamente,

Puro espaço e lúcida unidade,

Aqui o tempo apaixonadamente

Encontra a própria liberdade.

 

Sophia M.B. Andresen (Mar Novo)

Na minha aldeia passa um rio antigo,

que tem exactamente a minha idade:

foi ele que me deu identidade,

fui eu que o escolhi p’ra ser comigo.

 

Na solidão opaca do perigo,

nas ciladas obscuras da cidade,

procurei com angústia a liberdade,

que em guarda estava num abraço amigo.

 

O meu rio nem quis parar na foz.

Foi nele que aprendi a navegar.

E à voz do mar juntei a minha voz.

 

E tu, Milene, se alguém me chamar,

explica aos que mais perto estão de nós

que o som das ondas canta o verbo amar.

 

 

(Ao Luís Guerreiro, ao mestre que à palavra sempre associou uma prática de assinatura; ao homem serenamente inquieto, que trocou todos os confortos e ambiguidades por uma coerência à prova de fogo; ao cidadão do mundo, a cujas causas deu a vida, o pensamento e o coração; ao escritor, ao penoso exercício da escrita, a quem atribui a belíssima longevidade e onde perpassa uma autobiografia cheia de coragem e pudor, por tantos e tão grandes desafios que teve de enfrentar; com profundo afecto e admiração, A.G.)

2019-08-02

AVENTINO - PORTO

A FESTA FOI BONITA, PÁ.

A festa foi bonita, pá; a festa foi bonita, pá; a festa foi bonita, pá; a festa foi bonita, pá.

Pá, a festa foi bonita; pá, a festa foi bonita; pá, a festa foi bonita; pá,  a festa foi bonita; pá, a festa foi bonita.

Bonita, pá, foi a festa; bonita, pá, foi a festa; bonita, pá, foi a festa; bonita, pá, foi a festa.

A foi festa bonita, pá; a foi festa bonita, pá; a foi festa bonita, pá;

a foi festa bonita, pá;  a foi festa bonita, pá.

Festa bonita foi a, pá; festa bonita foi a, pá; festa bonita foi a, pá; festa bonita foi a, pá.

ENTENDERAM?! Entenderam TODOS?! SIM?!

Então vamos repetir: A FESTA FOI BONITA, PÁ!

Outra vez: A FESTA FOI BONITA, PÁ.

Muito bem...

Agora, os do NORTE: A FESTA FOI BONITA, PÁ.

Agora, os do SUL: A FESTA FOI BONITA, PÁ.

Bravo!. Bravo!. Muito bem, muito bem! BOAS FÉRIAS PARA TODOS. Podem sair.

 


2019-07-25

José Maria Pedrosa Cardoso - Oeiras

O REI GUERREIRO

E Jopeca, depois de ter observado serenamente o mundo dos mortais, falou e disse:

“No reinado do Guerreiro sol e chuva fizeram gente feliz. Alguns foram morar para longe, outros ficaram por perto, todos gente feliz. Do meio da prole sobressaíram dois filhos muito queridos: um aninhado no Norte, outro no Sul. Um activo, sonhador, interventivo; outro activo, sonhador, mentalizador. Qualquer um porfiava na veneração ao Pai Guerreiro, promovendo feitos e festas vistosas, mas devocionalmente simples, à medida dos méritos do grande Papai. Mas chegou o ano 90 do ancião querido. Como fazer a grande festa? Falaram, falaram e... não se entenderam. E quando tudo indicava que não haveria festa,  eis que o Norte chama a si a iniciativa de organizar a festa dos 90: uma dia mais, seria 91 e outro sol brilharia, mas antes, era preciso fechar os 90, nem mais um dia. Vai daí, arregimentam-se mais devotos, propõe-se um programa, que se arredonda e se estampa para todos saberem ao certo: tudo se cumpriria bem perto do palácio do Rei Guerreiro - que ele já precisa de muita cautela para andar - com hino à natureza num santuário das alturas, como convém, e numa sala próxima do local, de confiança, onde se poderia comer, fazer a festa com a maior liberdade e a mais estrita privacidade, como convém. Mas ao Sul é que o programa não chegou a tempo. Chegou a destempo: que não podia ser, que a festa tinha de ter mais alcance, que tinha que vir para o Centro, pelo menos, que tinha que convir a muito devotos do Sul, que tinha que ser num dia outro, mais conveniente, que não valia a convocatória. E vai daí, os dos filhos queridos do Rei Guerreiro, zamgam-se, rasgam as roupas e... quebram a unidade da grande família: não aparecem, não colaboram na grande Festa.”

Esta acaba por acontecer, com muita gente, apesar de tudo, a manifestar a muita devotação, super merecida, ao seu Rei. E houve discursos, projecções de filmes, cânticos: que o venerado ancião perviva, vivat in aeternum.

E Jopeca, que viu tudo de longe, acrescentou para dentro de si: “Afinal a fraternidade não passará da utopia? Que milagre falta ao renovado Rei Guerreiro para garantir definitivamente a paz na sua terra?”

 

J. M. Pedrosa

 

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