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2011-04-20

António Gaudêncio - Lisboa

Carago, bem me parecia que me tinha faltado qualquer coisa.

É que, para além das " bolas " e das " bulas ", eu  devia falar, também, das " BÔLAS " Por isso, agradeço ao nosso Presidente essa boa recordação que é a bôla transmontana.

 Quando era feita segundo os cânones ancestrais, a bôla era um monumento a que nenhum cristão resistia.

 Duante muitos anos tive o grato privilégio de a comer confeccionada pela minha sogra, uma transmontana de gema e aquilo era de se lhe tirar a boina. ( Mas ela, que cozia as bôlas para toda a família na Sexta Feira Santa, naquele dia, com bula ou sem bula, nunca me deixava pôr o dente nas ditas cujas por ser dia de abstinência  e elas quentinhas sabiam tão bem !) 

Agora ainda se vai encontrando, pela região, o produto genuíno mas o que prolifera mais são imitações baratas que nem sempre convencem. 

Concordo com o amigo Arsénio que, por vezes, aparecem temas com real interesse nos " Pontos de Vista " mas que  passam sem qualquer comentário por motivos pouco explicáveis. É pena!!!

Gostei da franqueza e clareza do nosso Decano que se vai mantendo bem atento lá pelas terras dos Arcos.  E já fiquei com a pulga atrás da orelha sobre essa " extravagância " que irá acontecer qualquer dia. Força amigo Martins Ribeiro, e que  nunca as mãos lhe doam para fazer coisas boas !

2011-04-20

manuel vieira - esposende

A compra de favores sempre ocorreu dentro ou fora da Igreja e tem sempre como propósito a benesse pecuniária para reforço dos cofres. A corrupção na vida pública só peca em comparação por ser ilícita, pois a bula pretendia vender o favorecimento a troco de dinheiro ou bens, de forma protocolada.´A descredibilização da Igreja foi a consequência no crente mais bem formado.

Curiosamente nesta fase que precede a Páscoa em que os obrigacionistas se cingiam aos sacrifícios no consumo restringido da carne, a lampreia foi sempre ditada como peixe pelos zelosos frades pois dessa forma podiam compensar e desbundar no prato, iludindo assim  as rigorosas exigências clericais.

Mas falou-se em bôla ou em bola e fez-me lembrar o folar transmontano onde o pão abafa os enchidos em preciosa miscigenação de sabores com expressiva tradição.

Páscoa é isto também: reviver estes costumes transumantes que são partilha de culturas, onde o Vieira do litoral se engoda nas preciosidades de sabores do interior transmontano, que correm montes e serras até à beira mar, lá onde os enchidos ganharam raça, o azeite simula o oiro escurecido e o pão grande e redondo já foi cozido em forno aquecido com giesta enxuta.

Fui crescendo com estas imagens sensitivas de fim de férias de Páscoa que ia mastigando em seco à espera da vinda dos colegas do interior,  "carregados" de malas de cartão com estes encantos comestíveis, que bem cheiravam e melhor sabiam .

Folar no Minho sabia a doce amarelado dos ovos e o de lá dos montes cheirava a pão que esmigalhava a mostrar o presunto e os enchidos únicos de sabor.

Páscoa era também isto, que revelo em saudades...

2011-04-20

Arsénio Pires - Porto

Caro Gaudêncio:

Contra as tais ditas Bulas pregou e pregou (esta última... de pregos) 95 teses na porta da catedral de não sei onde, o Santo Lutero!

Admirei-me de que o post por mim colocado há dias com o título 

"A Igreja católica necessita hoje de uma reforma protestante"

não merecesse nenhum comentário.

Nota: Pelos "Pontos de Vista" passa muita coisa importante.

E tu sabes mas muitos ignoram!

Um abraço com carne mas sem bula!

2011-04-19

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Dou razão ao nosso companheiro Gaudêncio quando alerta para que, neste nosso site, anda tudo caladinho como um peto, conforme dizia uma das minhas santas avós. E isso não é bom. Também lhe dou razão no que toca ás bulas, mas não com a ênfase que ele pretende, pois a isso de bulas foi espécie com que nunca me preocupei ao longo da vida, apenas pela razão de que não via razão nenhuma para tal. Comi a carne que quis, quando pude e me apeteceu, de todo o animal comestível e até de outros que muito raramente alguém come ou comeu. Foi mesmo no noviciado de Nava del Rey que eu, como português valente e só para não morrer burro, me abarbatei com um suculento bife de gato, sabendo que o era, mas a "valentia" só me durou até metade do repasto. Ainda hoje, embora sem a  satisfação de outrora, continuo a comer certos petiscos onde entram "determinadas" carnes; também porque os dentes já não estraçalham como dantes. Mas vou pelo Gaudêncio; o peixe é outra coisa e esse molda-se muito melhor a todo o género de dentição. E aproveito para o ir avisando e a todos aqueles que apreciem um esquisito prato gastronómico - de carne, é certo - que se vão preparando para comparecer em mais uma daquelas nossas extravagâncias que vai ser programada lá para o fim das férias. Já as tivemos de peixe, enguias, bacalhau, lampreia e ... sei lá! Garanto que se não vão arrepender nem vai ser nenhum pecado!


 

 

 


2011-04-19

António Gaudêncio - Lisboa

Meus caros companheiros

Só vos proponho duas palavras : Bolas e Bulas

Bolas: porque este site está mais quedo e parado que as águas do Lago Vitória! Ninguém diz nada, ninguém refila, enfim, parece tudo morto ou morrido!!!!!

E falo em Bulas porque ainda hoje acho piada e farto-me de rir devido ao facto de, em tempos remotos,  a Santa Madre Igreja nos obrigar a comprar as ditas cujas, no tempo da quaresma, para nos permitir ( salvo erro ou confusão minha ) comer carne  (sem pecar ). 

Eu hoje não compro tais Bulas porque se a Igreja me quisesse penalizar teria que me proibir de comer era o peixe porque a carne evito-a eu muito bem.

Desconheço como e quando se terá iniciado tal obrigação mas suponho que tal herança se deve ao facto de  algum daqueles Papas  imaginativos ( que os houve em abundância ao longo dos tempos ) devia ser dono de uma boa frota pesqueira que era preciso rentabilizar e daí a proibição dos "índios" se aproximarem da carne pecaminosa. 

A propósito, os meus amigos compraram este ano as tais bulas? Qual é o preço actual dos tais papelinhos?

Boa Páscoa para todos e depois esqueçam as tais bulas porque elas caducam quando termina a quaresma. 

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