Parece que, e assim devia ser, com as eleições do passado domingo houve uma mudança verdadeira no rumo deste desgraçado País. Pura ilusão, enganadora miragem; se as circunstâncias fossem outras não resultaria daí qualquer mal, pois tudo não passaria de mero folclore. Mas o que mudou, e por força dum povo acarneirado e crédulo, foi apenas a substituição de uns ladrões por outros. Ouviram, até hoje, alguns desses sinistros personagens - sempre os mesmos - falar em corrupção? Ouviram alguma referência em acabar com privilégios? Ouviram sequer algum deles falar em cortes nos seus imorais proventos? Ouviram-os dizer que eles também iriam ser abrangidos pelos sacrifícios que já estão a ser feitos? Enquanto esse discurso não mudar não haverá nem credibilidade, nem mudança, nem esperança.
E, na verdade, era tão fácil resolver isto; senão, vejam:
Tecto de remuneração fixado nos 5 000.00€, fosse quem fosse, nunca poderia auferir mais que esse montante. A quem fosse pago aquilo que excedesse tal quantia, seria taxado a cem por cento no IRS;
Deputados, nunca mais de 50 e já seriam demais;
Autarquias, reduzidas apenas a um Presidente eleito que, se já tivesse emprego, poderia optar entre o da profissão e o que, porventura, lhe oferecesse a política, mantendo uma Repartição administrativa, estruturada nos moldes normais das Instituições públicas;
Redução drástica de tribunais e juízes, um tribunal apenas em cada Distrito. Quem tivesse de ser julgado podia muito bem deslocar-se aí para tal;
Extinção de mordomias e de regalias de todos aqueles que exercessem cargos políticos, pagando todos eles do seu bolso, como qualquer outro trabalhador, comida, gasolina, carros próprios e tudo o mais;
Reduzir o Estado ao rigorosamente necessário para o seu funcionamento;
Extinguir todas as reformas exclusivamente atribuídas por desempenhos políticos:
Confiscar os bens adquiridos por todos aqueles que os obtiveram através do seu exercício político;
Julgar todos os parasitas e ladrões que até hoje nos dizem ter governado;
Pôr toda essa imensa corja de mandriões a trabalhar e a produzir, ganhando assim com o suor do seu rosto e de maneira digna o direito á sua sobrevivência.
Dir-me-ão que, dessa forma, não haveria ninguém que quisesse apresentar-se em cargos de serviço público e que muitos iriam embora do País. Deixá-los ir que não fariam cá falta nenhuma, estando eu convencido de que tal não iria acontecer, antes pelo contrário.
Garanto-vos que o tal déficit desapareceria como por artes mágicas, haveria dinheiro até para melhorar a grande maioria das pequenas pensões e também nem se tornaria necessário mexer em muitas outras de nível médio.
Experimentem esta receita! Não custa nada!
Jovens:
O Encontro Nacional está aí!
A lista de Participantes está completa.
Os compromissos com o hotel e restaurantes vão ser assumidos DEFENITIVAMENTE pela Direcção, no dia 7 de Junho (terça-feira), até às 24 horas.
Após as 24 horas do dia 7 de Junho, cada inscrito deverá assumir a responsabilidade pelo pagamento integral das suas despesas correspondentes à sua presença (e à dos seus acompanhantes) neste nosso Encontro Nacional.
Pedimos compreensão pois os nossos compromissos com aquelas instituições assim o exigem!
Palavra... é palavra!
Obrigado
Regressado de fora do país, dou com este nosso "Fale Connoco" recheado de belas intervenções.
O nosso líder sempre conciliador e espevitador!
O nosso Aventino sempre provocador mas indo ao fundo das coisas.
Desta vez, maravilhosamente desafiador.
Aqui vai o que se me oferece dizer glosando os quatro primeiros mandamentos do Decálogo do AAAR.
A azul, e em itálico, vai a minha glosa.
1. Antes dele está sempre o seu próximo.
Porque o primeiro dever do Homem, e o mais esquecido, é amar-se a si próprio!
2. Onde houver paz, ele está lá.
Porque a paz se esconde no inacessível: dentro de si próprio.
3. Vive de pé diante dos homens; de joelhos perante Deus.
Porque quem não ama o Homem não pode amar Deus.
4. Todos os dias tem um encontro: consigo próprio. E conversam.
Porque o Homem é uma legião.
Num tempo longínquo, aqui escrevi sobre a hipótese, interesse ou oprtunidade de um DECÁLOGO DO AAAR.
Depois fiz-me em silêncio sobre isso, porque talvez fosse ousadia, aventura ou incapacidade de resumir a identidade de um AAAR. Ou talvez, ainda, porque criou-se-me a dúvida se um AAAR tem uma identidade própria, singela, que lhe advém desse facto de o ser ou desse facto, porventura melhor, de não o querer ser.
Mais tarde ou mais cedo os silêncios serão interrompidos por um outro silêncio mais silencioso e profundo, ou, por uma voz que, querida ou renegada, irrompe pelo pensamento adentro e nos faz ver e caminhar para além do nosso recolhimento. Foi assim, o Arsénio, o nosso querido Arsénio provocou-me, desafiou-me à tarefa, amainando-me o medo, a culpa, a timidez e o desencanto que herdei, jovem, de uma herança que nunca pude repudiar.
Agora, essa hipótese de DECÁLOGO DO AAAR aqui vai para que vós possais desancar-me, discutir, rejeitar e atirar-me as pedras que não queirais no vosso trilho. O meu pensamento é pôr à discussão este conjunto de "logos" na esperança que outros "logos" venham, e outros também e muitos outros e ao fim do fim que quiserdes, possamos ao menos dizer que "houve um tempo em que se falou nisso".
Como todos os decálogos, também este que, envergonhadamente, aqui vos trago, encerra apenas sínteses, discutíveis, claro, mas que, por isso, cada um dos "logo" tem um suporte, longo e explicativo, que redigi, acerca do seu sentido e da sua profundidade. Se acaso isto for por diante, oportunamente, trarei essa "explicação" acerca de cada um dos "logo"que aqui deixo: (para já revelo apenas quatro, para não vos empanturrar, porque vem aí o Albertino de Folgozinho com que vos vindes "folgando"-pelo nome da terra, aquilo deve ter sido sempre uma grande rambóia, não?)
1. Antes dele está sempre o seu próximo.
2. Onde houver paz, ele está lá.
3. Vive de pé diante dos homens; de joelhos perante Deus.
4. Todos os dias tem um encontro: consigo próprio. E conversam.
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