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2011-07-03

António Gaudêncio - Lisboa

É de louvar o esforço tremendo que o nosso estimado Presidente fez para por os participantes do Encontro Anual a falar do mesmo. Mas, como se constata,os resultados foram escassos ou, praticamente, nulos. Para além de outras causas, admito que o calor pode ter tido as suas influências.... Mas, no fundo, bem no fundo, eu  julgo que o calor pouco ou nada tem a ver com este silêncio quase total. As causas são outras e conhecidas!!!!!

E eu também não vou falar sobre o Encontro, nem sobre o passeio. Sobre isso direi, apenas, que o passeio foi bonito, o Albertino não decepcionou, a homenagem a Vergílio Ferreira foi, para mim, uma frustração ( podíamos ter feito mais e melhor e o escritor merecia-o )e as visitas a alguns lugares históricos,foram proveitosas ( obrigado, David, pelas tuas explicações ). A noite no Hotel do Sabugal, para alguns, foi para esquecer mas foi importante a visita ao Castelo das Cinco Quinas, foi simpático o Porto de Honra oferecido pelo amabilíssimo casal no âmbito da visita ao castelo, o cafezinho nos Fóios, no estabelecimento do filho do Pacheco, também foi agradável, mas, para mim, o ponto alto  foi o aperitivo, o convívio, a paisagem e os nossos cânticos na nascente do Rio Coa ( Bem hajas, Alexandre, e oxalá mantenhas, por muitos anos, a tendência para te lembrares de coisas boas e bonitas ). Diferente, mas muito agradável, foi, também, o almoço no Soito que eu não me importaria de repetir já para a semana. Sobre o regresso nada a apontar a não ser a " fúria " do Morais, quando, ao chegar a Lisboa, verificou que o seu saco, com a roupa, documentos pessoais e da viatura e os seus medicamentos tinham viajado para o Porto. Mas quem conhece o Morais sabe que a sua bondade natural e o seu bom feitio não lhe permitem alimentar aquelas raivinhas miudas que só nos infernizam a vida. Passados minutos já tinha acalmado e desculpado a maldade que lhe tinha batido à porta.

Sobre isto já falei bem mais do que esperava. Por isso, vou entrar no assunto que me levou a intervir neste nosso sítio.

Na Assembleia Geral, realizada no Hotel de Gouveia,falou-se sobre uma reunião exploratória, a que a AAAR assistiu, sobre a hipótese de as Associações de Antigos Seminaristas se agregarem numa Federação Nacional. A descrição dessa reunião(desculpem a cacofonia) deixou-me com os poucos cabelos que tenho em pé quando ouvi que, na mesma, estavam presentes três Bispos, quatro Cónegos, sete presbíteros e umas dezenas de papalvos(!!!!). Então as Associações de Seminaristas precisam do apoio dessa cangalhada toda para constituir uma Federação??? Não têm cabeças pensantes que cheguem e precisam dessa trupe para lhes fazer os desenhos?? Haja pachorra!!!!

Claro que a presença daqueles " distintos" abutres é facilmente explicável porque sendo a Igreja uma instituição sinuosa, tortuosa, mafiosa e grande pescadora de águas turvas, já vislumbrou, com certeza, arte e maneira de sacar benefícios para ela desde que fique com a possibilidade de manobrar uma Federação que ela facilmente vai engolir.

Gostei da atitude prudente do M. Vieira mas também pressenti que a ideia de nos coligarmos já habita na cabecinha de alguns colegas nossos. Julgo que a melhor intervenção, feita sobre esta questão, foi a  do L. Guerreiro quando  disse que, atendendo ao espírito que ele pressente na nossa Associação, o melhor era não aderirmos a essa Federação mas participarmos numa outra qualquer em que prevaleça o espírito humanista e não o religioso. Nada tenho contra os colegas que tenham sonhos de voltar a ser diáconos, padres ou bispos mas, por favor,não metam a nossa Associação nessa bendita Federação que irá ser um instrumento nas mãos da  Igreja!!!!!!!!.Basta atentar no cuidado, interesse e apetência que está a por na sua formação!!

Creio que o assunto ainda está numa fase incipiente mas convém não o perder de vista e espero que qualquer decisão tomada pela Direcção venha a ser ponderada por todos os associados.

Para terminar esta conversa quero deixar bem clara a minha posição sobre este assunto; e, claro está,  não é uma ameaça é, apenas e só,  uma constatação: No dia em que a AAAR aderir a tal FEDERAÇÃO, repito o que o David disse nessa mesma Assembleia Geral : EU DESERTO. ( Também não tenho ilusões sobre o facto de não fazer falta nenhuma à Associação, descansem !!! ).

* Este escrito foi escrito conforme o Velho Acordo Ortográfico com misturas também do Novo. É um sinal dos tempos ( e da idade).   

2011-07-02

manuel vieira - esposende

"Há poucos desejos tão fortes como o de ser tratado com respeito e evitar a humilhação. Sentir admiração e amor no olhar dos outros ou simplesmente ter a sua atenção. A indiferença pode ser um terrível e solitário castigo..."

Em "Pontos de Vista" podes ler uma interessante abordagem a um livro de Alain Botton intitulado "Status Ansiedade", que mais deveria chamar-se a Ansiedade do Estatuto pois seria uma tradução mais certa do seu de título.

Claro que o tema nada terá a ver com os silêncios de Verão que tanto pacificam esta nossa rubrica.

São as férias, a acomodação aos prazeres da boa vida e alguma preguicite mental que afecta os nossos cérebros em jeito de força da inércia da pouca actividade, a tal que contraria os fluxos de energia de quem não consegue parar.

Como o dinheiro faz dinheiro, suponho que a "melancolia de verão" gera melancolia e o afastamento da escrita pode ser uma consequência disso.

Daí a curiosidade do tema do Pontos de Vista para estimular, no mínimo, as pestanas.

2011-06-21

manuel vieira - esposende

 Não sei se os silêncios terão a ver com as voltas que o Côa deu mas o que é certo é que ainda se digerem sabores e imagens da região, que são lembrados pelo vídeo e pelo blogue que foram disponibilizados.

Gostei de ver a casa onde o David nasceu e a escola onde fez o exame da 4ª classe. E o cafezinho que tão bem me soube nos Fóios servido no "Nosso Bar" do filho do Ismael Henriques, ali no largo da Praça? Estes pequenos cenários particularizam vidas e reforçam a amizade pois começam por  ser registos gravados em nós.

 Fiquei a conhecer Folgosinho com todos os sinais de interioridade preservada que relevaram belezas únicas e que transcendem a gastronomia do Albertino.

Do Vergílio em Melo senti a homenagem por terra que a localidade conseguiu com a praceta e o Cantinho da Leitura, mas já se sentiam os fumos cheirosos do feijão com javali e do arroz de coelho.

 As aldeias do Portugal das Beiras foram vistas de raspão com Castelo Mendo a dar nas vistas. São cartaz estratégico da região e percebe-se na requalificação da cidadela do Sabugal que os xistos são matéria prima de grande beleza e ruralidade.

Galgamos a Serra das Mesas à procura do parto do Côa e encontramos a "bica" que dessedentava e escorria pela encosta em fios de água e por ali floriam giestas , a carqueija, a torga e o sargaço em planta.

Muitas mais coisas havia para referenciar no pressuposto de que apenas eu as senti. Mas não, o grupo era bem grande e erudito.

2011-06-18

Arsénio Pires - Porto

Pois eu também quero.

Falar.

Sobre este Re-Encontro em que todos nos abraçamos ano sim ano sim.

O condutor do autocarro, sr. Silveira, dixit:

-Este é o Grupo mais maluco que me calhou na rifa em toda a vida! – e continuava a tentar recuar o autocarro sem ferir nenhuma esquina ou berma.

E como é verdade! Somos os mais malucos desde sempre. Olhamo-nos quando em grupo e… como somos feridos daquela infantil-loucura que faz de nós as pessoas mais adoráveis e veneráveis da terra!

Crianças com cabelos brancos!

Como é possível juntar 50 pessoas ligadas por tal corrente afectiva que de todos faz um TODO tão harmónico, tão feliz, tão solidário, tão criança, tão maluco?

Gostei! Cada vez gosto mais. Nunca deixarei de gostar. Quem não gostou ainda, não sabe o que é gostar assim!

 

Notas:

Martins Ribeiro:

O filme. És um artista. Bem-aventurado és tu porque, amando as pequenas coisas, construiste, mais uma vez, uma grande e bela obra de arte. Sobretudo de amor. De amor a este grande Grupo de Malucos!

Alex: Precisamos SEMPRE dos teus saudáveis devaneios que nos fazem ainda mais malucos. Foste feito para os grandes feitos! A ti devemos esta indiscutível "marcha-à-frente" da nossa Associação.

Vieira: Precisamos SEMPRE do "grande-chefe", conciliador, motivador e sempre em cima dos grandes pormenores que constróem a Unidade do Grupo. Grupo saudávelmente maluco!

Como dizia o outro: "Amo-vos a todos!"

2011-06-16

manuel vieira - esposende

"Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena", esventrava o poeta sem conhecer a Serra das Mesas, os fios frescos de água cristalina e ternurenta entrelaçados até ao Côa, as guritas esculpidas nas torres do Sabugal, do Castelo Mendo e do Castelo Bom.

Tudo vale a pena porque é pena que a vida se esconda também nas sombras das cidades, onde a urze não tem cheiro nem tem cor nem os fenos cegados há instantes, onde o bulício só tem fumo e frenesim e as aves de rapina esvoacem esticadas nos museus já sem vida e movimento.

Tudo vale a pena, sempre vale a pena se o poeta soubesse e sentisse no âmago que  o Encontro na Casa do Castelo se cruzou em Porto de Honra generoso trincado com os biscoitos de figo e amendoas doces em ceiras de sorrisos e Judiarias  escavadas.

Bem, viveu-se entre a gula do Albertino e os grelhados do Zé Nabeiro, com caldo de cornos no Soito.

Junto ao Côa de parto, amesendamos com queijos e vinhos, com pão rústico e enchidos de fumeiro genuínos e nos Fóios da Capeia Raiana afugentamos os sonos com cafezinho à maneira.

Para que o poeta não pense que por ali andamos ao Deus dará, que em Melos calcamos a calçada do seu percurso, que em Folgosinho subimos às ameias e sublimamos sabores e avistamos cerejais, no Sabugal descansamos e em Coimbra nos cruzamos.

Foi bom, foi muito bom e para o ano há mais!

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