Da minha larga experiência da vida (sou sénior...), já há muito tirei esta conclusão:
Há muito boa gente que convive mal com a fé dos outros.
Eu, porém, convivo muito bem com a falta de fé de muitos.
Não tenho qualquer dificuldade em dialogar, em aceitar a diferença.
Penso que talvez seja este um dos meus maiores defeitos!
Vem esta introdução a propósito das dúvidas que, pelos vistos, ainda permanecem em relação ao ponto que o Vieira levantou na nossa Assembleia:
Aderir ou não à Associação Nacional dos Ex-seminaristas.
Se bem me lembro, o assunto ficou solucionado logo ali:
Não vamos aderir enquanto não se conhecer melhor quais os objectivos concretos da dita Associação. Não fechamos a porta mas, a manter-se a Associação ligada intimamente à Igreja portuguesa, como até aqui, somos contra!
A nossa AAAR tem outra perspectiva do que deve ser uma associação deste teor.
E estamos muito bem! Obrigado!
Pelos vistos, focaram dúvidas. Mas… todos falámos (ou pudemos falar). Todos ouvimos. Todos concluímos: NÃO!
Para quê, agora, esses gritos à Afonso Costa?
Quem tem ouvidos para ouvir… que ouça!
O nosso colega Manuel Fernandes convida-nos para a apresentação do seu livro "Memórias de Infância...Raízes do Coração" que vai ocorrer no próximo dia 23 de Julho pelas 15.30 no Salão do Seminário de Cristo Rei em Gaia.
O autor escreve sobre costumes, tradições, rituais, histórias (com alguma ficção à mistura), passadas nos anos quarenta, cinquenta e sessenta na sua terra natal, Vale de Espinho, concelho do Sabugal e também no Seminário de Cristo Rei , onde estudou.
Será servido um Porto de Honra e haverá também um momento para autógrafos a quem o desejar.
Agora vejo que, na verdade, sou um "miúdo" muito distraído! De facto, apercebi-me de que na assembleia realizada no Hotel de Gouveia, se falava sobre um tema que, nessa altura, não percebi bem e a que nem sequer dei qualquer atenção. No entanto, tendo lido agora o tópico do Gaudêncio, direi como o criado do bar do Alexandrino, (rima com Albertino) exibido no filme "A canção de Lisboa", que ao meter no ouvido um pequeno funil, exclamava triunfante para o freguês que o interpelava: ..."ah, meu salvador, entendi perfeitamente!".
E então aproveito para corroborar a posição exarada nesse texto: eu também não estou de acordo com a entrada da nossa AAAR para essa tal Federação religiosa. Não é que tenha nada contra os sacristães, padres, diáconos ou bispos, mas é, do mesmo modo, uma posição minha. Se, porventura, tal fosse decidido em assembleia específica para o efeito, haveria apenas de respeitar a decisão tomada, sem prejuízo do meu próprio juízo, desculpai o trocadilho. Não digo que desertaria, mas teria de engolir alguns sapos. Pronto, como não o manifestei na assembleia, pois não tenho dotes oratórios, marco aqui a minha postura. Caro Gaudêncio; não entremeio o "acordo", apenas o ignoro e para mim não conta.
Já que puxei da pena aproveito para vos dizer que terminei o DVD com o conteúdo total dos filmes efectuados por mim e pelo Samorinha, estes sim misturados por não haver divergências entre eles. Só precisava era dum título artístico e bombástico quanto baste para o nomear como convém; se houver sugestões aqui estou para as apreciar e elas virão ainda a tempo, pois as gravações ainda não foram encetadas.
A propósito deste assunto recebi há dias um telefonema do Davide dando-me conta das amargas queixas da Senhora que ofereceu o Porto de Honra no Sabugal por a figura dela não constar do resumo que se encontra no YouTube. Explicada a razão da "falha" ao nosso colega, tranquilizei-o com a garantia de que nas imagens completas agora editadas, nelas consta a imagem da dita senhora e lhe enviarei posteriormente um exemplar gravado.
Quanto ao passeio, apesar de certos passos notoriamente feridos pelo improviso, suponho já ter expressado a minha opinião que, de um modo quase total, considero particularmente inesquecível em todas as vertentes. Oxalá para mim as possa usufruir muitas mais vezes!
Água mole em pedra dura... daria para relembrar depois das palavras iniciais do Gaudêncio, que em boa hora abordou o nosso Encontro em vários ângulos.
Aquele aperitivo junto ao berço do Côa foi magnífico e as cantatas aos ventos da Serra das Mesas abanaram as giestas de flores amarelas. Imagens que durarão até aos fins da memória pela liberdade que brotou de todos os recantos.
Os Fóios, o Soito, os Castelos e todo o Sabugal espalhado em imagens soberbas. Os sabores também marcam.
Da Assembleia a Direcção sentiu o importante e é óbvio que apenas lhe competiu estender a mesa. No tema que o Gaudêncio aborda o Plenário é soberano e competente.
Compreendo que a Igreja faça as suas leituras e estabeleça o seu plano de acção e a tal" Federação" siga o seu caminho. Percebo essa sua preocupação. Mas não vai haver deserções.
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