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2011-07-08

Arsénio Pires - Porto

Da minha larga experiência da vida (sou sénior...), já há muito tirei esta conclusão:

Há muito boa gente que convive mal com a fé dos outros.

Eu, porém, convivo muito bem com a falta de fé de muitos.

Não tenho qualquer dificuldade em dialogar, em aceitar a diferença.

Penso que talvez seja este um dos meus maiores defeitos!


Vem esta introdução a propósito das dúvidas que, pelos vistos, ainda permanecem em relação ao ponto que o Vieira levantou na nossa Assembleia:

Aderir ou não à Associação Nacional dos Ex-seminaristas.

Se bem me lembro, o assunto ficou solucionado logo ali:

Não vamos aderir enquanto não se conhecer melhor quais os objectivos concretos da dita Associação. Não fechamos a porta mas, a manter-se a Associação ligada intimamente à Igreja portuguesa, como até aqui, somos contra!

A nossa AAAR tem outra perspectiva do que deve ser uma associação deste teor.

E estamos muito bem! Obrigado!

 

Pelos vistos, focaram dúvidas. Mas… todos falámos (ou pudemos falar). Todos ouvimos. Todos concluímos: NÃO!

 Para quê, agora, esses gritos à Afonso Costa?

Quem tem ouvidos para ouvir… que ouça!

2011-07-08

Alexandre Gonçaves - Palmela

Não venho justificar o meu silêncio. Calar-se de vez em quando é apenas ceder o microfone. Ou retirar-se um pouco porque as muitas palavras às vezes sugerem objectos obesos, ocupando em vão o escasso território da comunicação. Como o Gaudêncio entrou a ferrar o dente, senti-me na urgência duma solidariedade meridional, corroborando a clareza e a audácia manifestadas. Aquela piedosa incursão em Gouveia pelos domínios do óbvio e do zelo apostólico em sermos incluídos numa brigada de salvação da boa Fé nacional, e provavelmente dos cristãos costumes lusitanos, teve o sagrado efeito de nos distrair da festa recém-começada. Gouveia já é montanha. Montanha já é V.Ferreira. O sexo angélico deve ser dos mais atraentes da nossa massa encefálica. Ferreira nem uma palavra. Não porque a não houvesse. Mas porque ela deixou de caber naquele alarido de repetições, como quem aclara a voz para uma intervenção determinante para o destino do mundo. O assunto em causa não carecia mais do que uma simples informação. A sua irrelevância extingui-lo-ia tão naturalmente como aquilo que só existe porque é dito. Falando da viagem em si mesma, e tendo auscultado diversas sensibilidades, acredito convictamente que ela correspondeu às melhores expectativas. Os pormenores de circunstância, que porventura tenham suscitado algum desagrado, não anulam a excelência das intenções e dos respectivos esforços para as levar ao terreno. Houve momentos de elevação por sobre as rotinas das nossas existências, naturalmente já cansadas de tantas fraudes a que a vida já nos sujeitou. A duração começa a ser longa e muitas promessas vão ficando por cumprir. Mesmo assim, teremos de assumir que a nascente do Côa, onde ressoou uma surpreendente memória milenar, valeu o risco e a utopia. Que na mesa, duma expressividade inédita de presenças, houve encontro, houve alegria, houve fala, e uma silenciosa permuta de afectos. Que no porto de honra se lavrou em pedra uma reconciliação universal de judeus, cristãos, muçulmanos e outros pagãos afins ou ateus de variadas extracções. Que no autocarro quem se apoderou do comando foi o alentejano Silveira, homem incontornável nas decisões do mundo. Que no largo da cidade, a piroseira está casada com o poder local. E de nada servirá uma boa intenção, se lhe for negada a previsibilidade dos bens elementares. O hotel do Sabugal, emoldurado sobre as serenas águas do mais belo rio do mundo, protegido a poente pela tutelar sombra do castelo, tem uma arquitectura de paz e uma discreta sugestão de amores tranquilos e regeneradores. Cerejas? Em rigor, ninguém pode afirmar que as não houve. E o Silveira, que nos vastos campos alentejanos nunca viu nem sequer a sua cor, só admitia que uma recta era o caminho mais curto entre Folgosinho e uma boa cama de hotel. Arrecuas? Quem as não faz, mesmo sem a perícia modelar do Silveira? Vá lá, ó nordestinos, repitam a dose e levem-nos pela mão aos abismos trasmontanos. Acabando, um profundo agradecimento público a todos os participantes, especialmente àqueles que ousaram confiar, pela 1ª vez, na proposta que lhes foi feita. E dum modo mais particular, quero referir aqueles suspeitos do costume, sem os quais nenhuma ideia se põe a caminho. Uma viagem como esta tem sempre, na obscuridade de muitos gestos, a força que a põe em movimento. Em jeito de "P.S.", e em resposta à justa crítica do Gaudêncio, V. F. foi antes e depois. Não podia ser durante por razões que só os deuses conhecem. E amemo-nos uns aos outros, porque os dias estão mesmo a fugir...
2011-07-07

manuel vieira - esposende

O nosso colega Manuel Fernandes convida-nos para a apresentação do seu livro  "Memórias de Infância...Raízes do Coração" que vai  ocorrer  no próximo dia 23 de Julho pelas 15.30 no Salão do Seminário de Cristo Rei em Gaia.

O autor escreve  sobre costumes, tradições, rituais, histórias (com alguma ficção à mistura), passadas nos anos quarenta, cinquenta e sessenta na sua terra natal, Vale de Espinho, concelho do Sabugal  e também no Seminário de Cristo Rei , onde estudou.

Será servido um Porto de Honra e haverá também um momento  para autógrafos a quem o desejar.

2011-07-04

A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez

Agora vejo que, na verdade, sou um "miúdo" muito distraído! De facto, apercebi-me de que na assembleia realizada no Hotel de Gouveia, se falava sobre um tema que, nessa altura, não percebi bem e a que nem sequer dei qualquer atenção. No entanto, tendo lido agora o tópico do Gaudêncio, direi como o criado do bar do Alexandrino, (rima com Albertino) exibido no filme "A canção de Lisboa", que ao meter no ouvido um pequeno funil, exclamava triunfante para o freguês que o interpelava: ..."ah, meu salvador, entendi perfeitamente!". 

E então aproveito para corroborar a posição exarada nesse texto: eu também não estou de acordo com a entrada da nossa AAAR para essa tal Federação religiosa. Não é que tenha nada contra os sacristães, padres, diáconos ou bispos, mas é, do mesmo modo, uma posição minha. Se, porventura, tal fosse decidido em assembleia específica para o efeito, haveria apenas de respeitar a decisão tomada, sem prejuízo do meu próprio juízo, desculpai o trocadilho. Não digo que desertaria, mas teria de engolir alguns sapos. Pronto, como não o manifestei na assembleia, pois não tenho dotes oratórios, marco aqui a minha postura. Caro Gaudêncio; não entremeio o "acordo", apenas o ignoro e para mim não conta.

Já que puxei da pena aproveito para vos dizer que terminei o DVD com o conteúdo total dos filmes efectuados por mim e pelo Samorinha, estes sim misturados por não haver divergências entre eles. Só precisava era dum título artístico e bombástico quanto baste para o nomear como convém; se houver sugestões aqui estou para as apreciar e elas virão ainda a tempo, pois as gravações ainda não foram encetadas. 

A propósito deste assunto recebi há dias um telefonema do Davide dando-me conta das amargas queixas da Senhora que ofereceu o Porto de Honra no Sabugal por a figura dela não constar do resumo que se encontra no YouTube. Explicada a razão da "falha" ao nosso colega, tranquilizei-o com a garantia de que nas imagens completas agora editadas, nelas consta a imagem da dita senhora e lhe enviarei posteriormente um exemplar gravado.

Quanto ao passeio, apesar de certos passos notoriamente feridos pelo improviso, suponho já ter expressado a minha opinião que, de um modo quase total, considero particularmente inesquecível em todas as vertentes. Oxalá para mim as possa usufruir muitas mais vezes! 

 

2011-07-04

manuel vieira - esposende

Água mole em pedra dura... daria para relembrar depois das palavras iniciais do Gaudêncio, que em boa hora abordou o nosso Encontro em vários ângulos.

Aquele aperitivo junto ao berço do Côa foi magnífico e as cantatas aos ventos da Serra das Mesas abanaram as giestas de flores amarelas. Imagens que durarão até aos fins da memória pela liberdade que brotou de todos os recantos.

Os Fóios, o Soito, os Castelos e todo o Sabugal espalhado em imagens soberbas. Os sabores também marcam.

Da Assembleia a Direcção sentiu o importante e é óbvio que apenas lhe competiu estender a mesa. No tema que o Gaudêncio aborda o Plenário é soberano e competente.

Compreendo que a Igreja faça as suas leituras e estabeleça o seu plano de acção e a tal" Federação" siga o seu caminho. Percebo essa sua preocupação. Mas não vai haver deserções.

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