Caros amigos e companheiros:
Estou a preparar a tralha para ir uns dias por esse País fora, que é como quem diz e de forma pomposa, para ir de férias. Como “trabalho” muito, entendo que me assiste esse direito.
No entanto, o que me traz aqui é o seguinte: como ficou previsto e que ainda nenhum dos possíveis interessados contestou, vai ser no dia 13 de Setembro o ataque á “dita cuja” da minha terra e preciso de saber, impreterivelmente até ao dia 20 de Agosto, quem vão ser os valentes que estão dispostos a entrar na liça. Porque tão transcendente cometimento não se pode preparar assim em cima do joelho, nem isto é como na casa da mãe Joana. Tem que ser dada a ordem de execução pelo menos quinze dias antes para tudo poder estar operacional na devida altura. Tenho tentado contactar alguns dos possíveis interessados - e continuarei a fazê-lo até lá - através do telefone mas até agora ainda o não consegui. Se me permitis e sem querer preterir ninguém - a porta está aberta para quem quiser entrar - apenas iria sugerir alguns dos nomes que já trilharam os caminhos destas andanças: Vieira, Peinado, Diamantino e Arsénio já os dou como certos, no entanto e pelo menos, gostaria tambm que o Davide, o Gaudêncio, o Alexandre, o Assis e o Meira também pudessem estar presentes. Garanto que ninguém se irá arrepender.
Portanto fico á espera das vossas "faladuras" que podem ser dadas para o meu e-mail, telefone ou neste site; também podem ser combinadas com o Peinado, Vieira ou Arsénio.
Cá vos espero e agora … ala, que vou de abalada até ao Alentejo!
O Vieira veio focar um problema que me toca profundamente:
O próximo desaparecimento da Editorial e da revista Míriam.
Este é um grande sinal dos tempos que, a meu ver, se prende com a Igreja em geral:
A Igreja institucional, com o seu esquema tradicional que remonta aos tempos constantinianos do séc. IV, já não diz nada a quase ninguém.
Mas parece que ninguém quer enfrentar a realidade.
A autêntica mensagem de Jesus foi deturpada, quando não mesmo “rasgada”, ao longo dos séculos por esta instituição que consegue chegar ao séc. XXI com um esquema absolutista, nada democrático e com práticas que, nalguns aspectos, infringem os fundamentais direitos humanos no que à igualdade dos mesmos diz respeito. Dou um exemplo: a condição subserviente e limitativa de ascensão a postos de serviço da mulher (disse “SERVIÇO” e não honrarias ou eminências…reverendíssimas… sumos pontífices…) quando comparada com o homem.
Felizmente que o principal desta Igreja (mas, infelizmente, o menos visível… ou talvez não…) perdurou ao longo dos séculos e não largou o cap. 25 de Mateus!
Por isso me dá dó ver desaparecer um posto tão privilegiado de difusão do evangelho de Jesus, como é o duma Editorial e um revista, por não terem sabido adpatar-se aos tempos modernos, insistindo na venda de livros que pouco mais falam do que de novenas, terços e jaculatórias.
Quem pode comprar livros assim?
Onde estão os grandes temas que afectam os homens e mulheres de hoje?
Onde está, também na mensagem escrita, a Igreja que se quis “semper reformanda”? Que temas temos visto serem tratados na Míriam que interessem minimamente aos cristãos de hoje?
Depois… não há leitores? Pudera!
Quem aguenta?
Nota: Houve uma proposta formal feita à Congregação (que incluía um grupo de ex-alunos redentoristas) para dar continuidade à Editorial e à Miriam, que viria a ser dentro duma linha moderna, com raízes no esquecido (ignorado?) Concílio Vaticano II, aberta à sociedade dos homens de hoje.
Resposta: NÃO!
Hoje voltei a Gaia. Fui dar um abraço ao Nabais que vai reformar-se estes dias. Mais uns dias de trabalho e acaba o seu vínculo profissional com a Editorial Perpétuo Socorro, onde labutou bastantes anos.
A Editorial deve-lhe seguir os passos ao que penso, pois a Revista Miriam não deve passar do final do ano e já não há novas publicações de livros.
Os tempos são outros e os temas merecem ser outros e a tal magia que atrai gente já não existe.
Como o Mário Soares dizia há dias do seu partido, é preciso refundar a Edtorial, isto porque o fenómeno da leitura tem oferta diversificada e o mundo dos leitores tem de ser estimulado.
Claro que o Manuel Fernandes ainda no sábado lançou o seu livro seguindo os moldes tradicionais e tem o seu mercado.
Sinto e penso que a Comunidade Redentorista tinha como veículo da sua mensagem a sua Editorial e a sua revista Miriam, e a sua missão tende a desfalecer com este desaparecimento.
A não ser que se reconfigurem os meios...
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