2011-08-24
A. Martins Ribeiro - Terras de Valdevez
Olá, meus meninos: já regressei ao “trabalho” depois dum curto tempo a que se costuma chamar férias. E que férias! Este ano andei pelas históricas Terras do Crato e Flor da Rosa, terras de Condestáveis, de Templários, de cavaleiros de Malta e Hospitalários, de sol ardente, de toiros e de chaparros, arenguei ás multidões na célebre Varanda do Prior e regalei-me com ensopados de borrego, pèzinhos de coentrada, migas e gaspachos, sericaias e bolos de rala, tudo bem regado com a magnífica pinga alentejana: enfim, pintei a manta, como soe dizer-se.
Mas, (há sempre um mas), ao chegar e abrindo aqui o nosso espaço verifiquei que durante todo este tempo ninguém nele piou, nem sequer o nosso grande Presidente Vieira, tão loquaz e oportuno; tudo calado e mudo como gaita sem palheta. Sinto-me apreensivo pois, estando a aproximar-se a “nossa” da minha terra, Monção, combinada para determinado dia de Setembro, ainda nenhum dos possíveis interessados piou também e como a ordem de execução terá de ser dada com certa antecedência, temo que já não seja possível cumprir o prazo estipulado. Por mim, tudo bem; sacudo a água do capote.
Retemperado e decidido digo-vos que estou aqui para as curvas e, assim sendo, passo-vos a bola e fico á espera das vossas decisões. Permiti que vos invective nos termos pouco académicos que se costumam utilizar nestas circunstâncias: acordai, cambada!