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2011-09-02

manuel vieira - esposende

O silêncio ruidoso das férias traz alguma distância pela ambiência diferente e mudança de hábitos,mas nada que nos distancie dos amigos.

O silêncio tem força quando leva a que muitos pensem nele.

O Alexandre fala do silêncio e o Ribeiro e o Peinado da dita de Monção, aquele património gastronómico que não olha à idade, pese o silêncio dos que pensam que para a "dita" são precisos dentes novos.

O Ribeiro está a contar com o "Clube dos Mastigadores" e saltar até Monção é privilégio divino que junta os prazeres da mesa às paisagens minhotas fronteiriças.

Podemos falar de alvarinho, cabrito montanhês, dos temperos escondidos pelas tradições locais que transformam os produtos em iguarias de paladares únicos, mas é também o ambiente à mesa, as histórias contadas com sorrisos e outras emoções que dão a estes momentos passados em grupo, o alívio de alma que aumenta os anos de vida.

Têm duvidas?? Bom, bom é o que não se perde nas mesas e nas paisagens retemperadoras  do verde Minho.

2011-09-02

Alexandre Gonçalves - Palmela

3.ELOGIO DO SILÊNCIO. Duas vezes me referi a ele, ao homem discreto. Recusei dar-lhe nome. Tanto era o seu silêncio que só de olhar se ouvia na distância. E embora seja uma raridade biográfica, ainda se vão contando nesta paisagem múltiplos exemplares. Começo pela Nortlândia, essa nação verde e ofegante, quer no trabalho, quer na arte da mesa, quer na militância da salvação universal, quer ainda na projecção de ideais e utopias. Pois é nesse território, que parte de Gaia e avança até ao rio Minho,que me quero prender neste fim de verão. É um fim de tarde de Julho. Um vento quase fresco, quase água, perpassa no ar de Crespos. Não sei onde fica tal nome. Nem o mapa dá conta dele. Mas é um lugar terreno, embora pareça divino. Aí me sentei em cima do verão, entre vetustas árvores, sob latadas densas, já derramando o futuro vinho verde prometido. Como se isso não fora já demais, ao longo da propriedade corre com uma autenticidade absoluta um rio sereno e farto. Um rio sem metáforas, límpido como se nascera ali. O rio vinha de longe, como todos os rios. Trazia a pureza dos montes e não se perturbara na aspereza dos caminhos. Ao chegar a Crespos, abriu um açude cristalino, com juncos e amieiros. Só faltou trazer uma câmara e filmar ali ao vivo uma daquelas histórias literárias, vindas das narrativas antigas. À flor daquelas águas, excitadas pelos aromas futuros dum fresco e generoso loureiro, ouviam-se os rumores das trutas genuínas, esperando vagamente por um banquete de grelhados... Adivinhem o nome do rio, que eu nem isso sei. O que sei é que nesse silêncio conventual o homem discreto escreve a sua vida, a sua vinha, a sucessiva existência, o poema duma taça de vinho verde, a estalar de frescura sobre o deserto do verão. O homem discreto é da nossa extracção e integra gloriosamente a nossa memória colectiva. Também na pagã Sulândia há silêncios dignos de nome. Acordem um dia cedo num dos montes interiores do Algarve. Em moldura de fundo o mar. À volta um arvoredo talvez recente. Até parece que o mouro ainda anda por ali. Abundam árvores de fruto. Há no ar um aroma de laranja. Trepadeiras intensas disputam à luz o domínio da cor e da manhã. E ouve-se a água, uma água ainda muçulmana. Vem das entranha da serra, sai pelas fendas da mina e reúne-se por fim numa fonte rumorosa. Na manhã alta e azul, aquele som de violino acalma a violência do verão. Um azulejo árabe proclama a pureza científica da água, da qual se dirá a quem a beber que nunca mais terá sede. Vê-se ao longe o mar. Respira-se um aroma de laranjas. Ouve-se o verão numa fonte árabe. Sobre a eira, comenta-se a tarde e a vida. E bebe-se um vinho branco de eternidade. É um homem discreto da nossa extracção. Integra com vaidade a nossa memória colectiva.
2011-08-30

PEINADO TORRES - PORTO

Bom dia companheiros Um dos meus amigos e que faz parte da nossa ASSOCIAÇÃO, telefonou para minha casa para falar comigo mas teve que enfrentar o antipático atendedor de chamadas. Foi a minha mulher que recolheu a informação e não fixou o NOME do interlocutor. Além de me querer cumprimentar reclemou a minha ausência deste espaço. AMIGO E COMPANHEIRO qui estou eu. Estive de férias, aliás como tinha anunciado e na segunda quimzena por motivos muito pessoais estive privado do computador. Quero agradecer ao meu amigo e companheiro, o facto de me ter procurado e deste modo dar-me a consulação de saber que alguém se entretem, a ler os meus devaneios. Posto isto devo dizer que estou muito admirado co0m a malta ,por não responder ao convite do nosso AMIGO e decano MARTINS RIBEIRO. Participar no festin da " FODA Á MONÇÃO " não é nenhuma obrigação, não é pecado não estar presente, mas é um sacrilégio perder este delicioso pitéu e perder também um são e ALEGRE CONVIVIO. que fique bem claro , no próximo dia 13 à hora que o meu amigo me disser, estarei na ESTAÇÃO DE CAMPANHA no PORTO , CAPITAL DO MUNDO com o carro " celulat " para receber os nossos amigos e companheiros provenientes de LISBOA, para os mais distraídos capital de Portugal. VOLTAREI - um fraterno abraço para todos
2011-08-29

Assis - Folgosa - Maia

Desculpai que volte novamente, pois um ponto ficou por esclarecer relativamente ao encontro marcado pelo nosso amigo Martins Ribeiro, já que ele referiu o meu nome.Obrigado pois, Ribeiro.

Sim, também eu desejaria estar presente, mas terá de ficar para outra ocasião. Espero não levarás a mal, face às razões anteriormente apresentadas. - E, bom apetite para todos os que se sentem à mesa de Moção.

Era apenas isto. Obrigado.

 

2011-08-28

Assis - Folgosa - Maia

Meus amigos, saúde!

Ora, cá estou de volta, como prometi. Chego e não cansado da viagem, já que foi fácil pôr em dia a leitura do nosso lugar.- E começo por dizer que o Nabais me deve um almoço. Faltou ao nosso encontro sem me avisar, um encontro que costumávamos realizar com alguma frequência após a minha aposentação. Portanto, que apareça logo que possa, mas que me avise para não ser eu a falhar desta vez. Só lhe perdoarei se vier a tempo de apanhar alguns pêssegos, framboesas, morangos, ou fisalis do meu quintal...

Mas, além da fruta, há também couves galegas, salsa e promessa de diospires,  laranjas e cerejas, que um dia virão se o tempo o permitir. E, no jardim,há rosas, dálias e perfumes de manjerico e rosmaninho, além de flores mil cujos nomes desconheço. Creio que também as boninas de Camões por aqui abundam e um lindo arco-íris que com todas elas redopia qualquer tipo de música... E há um mar lindo a poucos kms de uma casa de campo que ponho à disposição de quem venha por bem. - E quem de vocês ainda não passou férias e deseja passar em Orbacém / Caminha os primeiros 15 dias de Setembro?... Só peço que respondam com alguma urgência, pois o meu filho Paulo marcou passagem para os pais irem passar alguns dias com ele a Barcelona. E, claro, não podemos perder esta bela ocasião para conhecer "in loco" alguns dos belos monumentos desta cidade...

- Quero ainda lembrar-vos que fez hoje, 28 de Agosto, 57 anos que rumei por vez primeira em direcção à quinta da Barrosa. Ali dei entrada por volta das  16 h, depois de haver passado cerca de 2h na estação de S. Bento à espera que alguém me viesse buscar. Muito chorei naquele dia. Um pobre carrejador de malas ve valeu e limpou minhas lágrimas. - O meu pai, confiando na palavra que lhe chegara de Gaia, permitiu que eu fosse sozinho de comboio até ao Porto. Em vão...ninguém me aguardava. Valeu-me aquele pobre trabalhador da estação, carrejador de malas, que me levou até ao eléctrico e me deixou nas mãos seguras do cobrador. Chegado à esquina da rua de Sá da Bandeira , no cruzamento com a viela da Barrosa, onde existia uma figueira, colocaram a pesada mala sobre a cabeça do frágil garoto de 12 anos e eis que, percorrida a viela , entra triunfante nos portais verdes da Barrosa. Fui recebido pelo saudoso Ir. Carlos que amavelmente me conduziu até ao recreio onde a pequenada jogava a pelota... O padre, faltoso ao encontro prometido em S. Bento, logo ali fez de mim um herói aos olhos da pequenada... Não mais comentários que este: Estamos avançados na idade, mas continuamos viovos. Ainda podemos podemos rir-nos do passado...

O meu abraço fraterno

 

 

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