2011-08-28
Assis - Folgosa - Maia
Meus amigos, saúde!
Ora, cá estou de volta, como prometi. Chego e não cansado da viagem, já que foi fácil pôr em dia a leitura do nosso lugar.- E começo por dizer que o Nabais me deve um almoço. Faltou ao nosso encontro sem me avisar, um encontro que costumávamos realizar com alguma frequência após a minha aposentação. Portanto, que apareça logo que possa, mas que me avise para não ser eu a falhar desta vez. Só lhe perdoarei se vier a tempo de apanhar alguns pêssegos, framboesas, morangos, ou fisalis do meu quintal...
Mas, além da fruta, há também couves galegas, salsa e promessa de diospires, laranjas e cerejas, que um dia virão se o tempo o permitir. E, no jardim,há rosas, dálias e perfumes de manjerico e rosmaninho, além de flores mil cujos nomes desconheço. Creio que também as boninas de Camões por aqui abundam e um lindo arco-íris que com todas elas redopia qualquer tipo de música... E há um mar lindo a poucos kms de uma casa de campo que ponho à disposição de quem venha por bem. - E quem de vocês ainda não passou férias e deseja passar em Orbacém / Caminha os primeiros 15 dias de Setembro?... Só peço que respondam com alguma urgência, pois o meu filho Paulo marcou passagem para os pais irem passar alguns dias com ele a Barcelona. E, claro, não podemos perder esta bela ocasião para conhecer "in loco" alguns dos belos monumentos desta cidade...
- Quero ainda lembrar-vos que fez hoje, 28 de Agosto, 57 anos que rumei por vez primeira em direcção à quinta da Barrosa. Ali dei entrada por volta das 16 h, depois de haver passado cerca de 2h na estação de S. Bento à espera que alguém me viesse buscar. Muito chorei naquele dia. Um pobre carrejador de malas ve valeu e limpou minhas lágrimas. - O meu pai, confiando na palavra que lhe chegara de Gaia, permitiu que eu fosse sozinho de comboio até ao Porto. Em vão...ninguém me aguardava. Valeu-me aquele pobre trabalhador da estação, carrejador de malas, que me levou até ao eléctrico e me deixou nas mãos seguras do cobrador. Chegado à esquina da rua de Sá da Bandeira , no cruzamento com a viela da Barrosa, onde existia uma figueira, colocaram a pesada mala sobre a cabeça do frágil garoto de 12 anos e eis que, percorrida a viela , entra triunfante nos portais verdes da Barrosa. Fui recebido pelo saudoso Ir. Carlos que amavelmente me conduziu até ao recreio onde a pequenada jogava a pelota... O padre, faltoso ao encontro prometido em S. Bento, logo ali fez de mim um herói aos olhos da pequenada... Não mais comentários que este: Estamos avançados na idade, mas continuamos viovos. Ainda podemos podemos rir-nos do passado...
O meu abraço fraterno