2012-01-20
A.Martins Ribeiro - Terras de Valdevez
Bem, nestas alturas, eu não queria aparecer aqui na ribalta, e sim coser-me com as sombras de um conveniente e propositado alheamento. Fazer anos já perto do fim do caminho, segundo os parâmetros estabelecidos para a linha constante da curva da nossa longevidade, só pode ser agradável pelo facto da sua concretização porque, de resto, foi bem melhor e mais eufórico quando aconteciam na plenitude da vida. Mas vá, já agora, bem queria entrar no novo dígito dos 80 que sempre seria um número mais interessante e redondo. Até pode ser que calhe.
Apesar de tudo nada invalida a minha forte emoção por me ser dado ler neste nosso magnífico espaço, os elogiosos quanto imerecidos textos do Alexandre e do Arsénio, a propósito desta minha efeméride e que tão caladamente ecoaram dentro do meu freudiano ego.
Sentindo-me eu presumido com tão exagerados conceitos é forçoso que, mesmo assim, os não deva deixar passar em claro, sobretudo provindo eles de tão magníficos amigos e companheiros, pois sabendo que conto com a amizade de todos vós e que sou aceite nas vossas relações, não posso desejar maior recompensa.
Caro Alex, confrontos de ideias de forma alguma colidem com a admiração e amizade existente entre irmãos e companheiros, bem pelo contrário, mais reforçam essas genuínas facetas. Podeis crer, nunca busquei nem me agradam uniformidades nas expressões de pensamento, antevendo mesmo um saudável gozo em sérias pelejas de ideias.
Exprimindo mais uma vez sinceros agradecimentos pela honra que vós todos me concedestes com a evocação desta minha data, quero dizer-vos que vos vou seguir os conselhos e, assim sendo, podeis contar comigo para todas as escaramuças que forem surgindo: posso levar grossa bordoada mas estai certos de que, se puder e dentro das minhas limitações, também retribuirei a doer.
Só posso valorizar o dia em que conheci e me juntei a tão insigne e mirífica rapaziada e estou certo de que nunca me arrependerei. Fico sempre ao vosso inteiro dispor.