2012-04-06
manuel vieira - esposende
A favada do Assis é mais um comprovativo de que a amizade à mesa tem elevada substância nos diversos sentidos, pese o facto de os gaios e os melros pretenderem ser os primeiros beneficiários do repasto, numa versão mais vegetariana.
Umas enguiasitas fritinhas ou em caldeirada para os lados da ria também são pitéu e infelizmente ficaram reservadas em escabeche.
Sabe sempre bem ler o Alexandre na sua bem elaborada dissertação. Ler a Palmeira também é um privilégio dos nossos colegas e subentende-se a mastigação lenta, como lentos são os comentários que se pretendiam "escutar" mas o hábito já veste o monge há muitos anos.
O "Peregrino" do nosso colega Guerreiro vai dar-se à luz nos finais deste mês e fico muito curioso pela sua leitura, tendo em conta também por saber quem é o verdadeiro actor e pelo seu autor cujas obras eu bem aprecio.
Sexta Feira Santa, um feriado que foge à saga de abate, à laia das produtividades ofuscadas pela qualidade da gestão dos recursos de trabalho, dá-nos mais tempo para o relaxe do teclado e para uns dedos de cozinha para lambusar as massas do pão de ló, pese o incremento no preço dos povos por causa das gaiolas das galinhas.
Sendo uma época festiva com larga tradição entre nós, desejo aos meus estimados colegas uma Páscoa Feliz, recomendando um cabritinho de boa temperança assadinho no forno a lembrar Monção, regadinho com uma boa colheita e acolitado nas sobremesas pela boa doçaria regional com lembranças de conventos.
O pão de ló, as amendoas torradas e de chocolate de dureza conveniente, os magníficos folares transmontanos de enchidos caseiros e outras coisinhas boas de cada região são lembranças que sossegam alguma gula que nestas alturas festivas não são pecado.
Um abraço pascal...