2012-05-03
Arsénio Pires - Porto
Tinha prometido respeitar um tempo de poisio e… respeitei.
Mas chegou a hora de semear, impelido, agora, pelo arado do Castro que se meteu em terreno quase baldio para ele e necessita (outros mais necessitarão, claro!) de que se dê aqui uma explicação sobre a letra do nosso Hino.
Com que então, Castro, nem sabes o que significa “Vivat”? Essa não esperava eu dum advogado!
Nos meus tempos de iniciado no Direito, em Lisboa, quando o prof. Raul Ventura nos falava, em latim, do Direito Romano, isso seria um “sacrilégio” altamente penalizado. (Isto digo, não me leves a mal, Castro, porque me parece que, no currículo dum advogado, deveria ser obrigatório o estudo do latim. Até porque, para além dos romanos, pouco mais temos de novidade nesta área do saber ocidental!).
Vamos ao hino.
Dou-te razão. De facto, o texto original foi adaptado por alguns colegas (eu incluído) pois não se adaptava à nossa realidade de ex-seminaristas uma vez que se trata dum hino eclesiástico, cantado no dia de anos dos confrades. O original é uma miscelânea de latim e espanhol e tivemos que o expurgar até de palavras espanholas que têm significado contrário quando traduzidas à letra para o português.
Vê o original:
Vivat in aeternum (Viva para sempre)
In aeternum vivat. (Para sempre viva)
Cantai, cantai, laetamini. (Cantai, cantai, alegremo-nos)
Sem cessar, sem cessar repitamos. (idem)
Viva! Viva! Para sempre! JAMAIS! (Jamais, tradução directa do Jamas espanhol, que significado tem em português? Será, “Viva! Viva! Para sempre! (NUNCA MAIS???)
(Nem sequer vou falar agora do solo que é plenamente dirigido a quem celebra o seu aniversário).
Regresso. Dou-te razão pois alguns colegas (sobretudo aqueles que têm vindo poucas vezes) têm na memória a letra antiga e, apesar de termos distribuído a música e a letra, há quase sempre alguma confusão.
Penso que, partindo da tua pertinente observação devemos, na próxima Assembleia Geral, analisar a nova letra proposta, aceitar correcções e adoptarmos DEFINITIVAMENTE, uma só letra para o nosso hino.
Isto se a Direcção do Associação, em particular tu, como Presidente da Assembleia Geral, acharem que este pode ser um tema a propor para a Assembleia no próximo Grande Encontro de Setembro.
O Vieira que se manifeste também!
Nota, Castro, o ideal seria que nós fôssemos capazes de produzir um HINO só nosso: Música e letra! E temos gente bem capaz numa e noutra das áreas! Até poderíamos fazer um concurso! (Acho que já estou a delirar, não?!).
Grande abraço.
Arsénio