2012-07-28
Aventino Aventino - PORTO
SOBRE A TRISTE SINA DE NINGUÉM TER RECEBIDO "A PALMEIRA"
Não sofras, Arsénio, não sofras. Tu sabes o preço e o valor do silêncio. Este silêncio incontido de quem chega a casa, ao finzinho da tarde, no encanto triste de uma vida cansada e tem, ali, como se não fosse verdade, o retrato mais retrato de si próprio: A PALMEIRA.
Não sofras, Arsénio, não sofras. São os AAAR´s maravilhados pelo toque, pela cor, pelas memórias que ali se desfilam, por um passado que se exorciza.
Não sofras, Arsénio, não sofras. São os AAAR´s, filhos órfãos de mães vivas, a namorar a menina A PALMEIRA como se tudo fosse como foi a primeira vez. Lá está ela, no melhor lugar do coração, de vez em quando volta-se a ela de novo, como quem volta ao seu lugar de felicidade.
Somos feitos de silêncio, como se o nosso silêncio não fosse, afinal, um inferno de onde queremos, urgentemente, fugir.