fale connosco


2012-07-28

Aventino Aventino - PORTO

SOBRE A TRISTE SINA DE NINGUÉM TER RECEBIDO "A PALMEIRA"

Não sofras, Arsénio, não sofras. Tu sabes o preço e o valor do silêncio. Este silêncio incontido de quem chega a casa, ao finzinho da tarde, no encanto triste de uma vida cansada e tem, ali, como se não fosse verdade, o retrato mais retrato de si próprio: A PALMEIRA.

Não sofras, Arsénio, não sofras. São os AAAR´s maravilhados pelo toque, pela cor, pelas memórias que ali se desfilam, por um passado que se exorciza.

Não sofras, Arsénio, não sofras. São os AAAR´s, filhos órfãos de mães vivas, a namorar a menina A PALMEIRA como se tudo fosse como foi a primeira vez. Lá está ela, no melhor lugar do coração, de vez em quando volta-se a ela de novo, como quem volta ao seu lugar de felicidade.

Somos feitos de silêncio, como se o nosso silêncio não fosse, afinal, um inferno de onde queremos, urgentemente, fugir. 

 

2012-07-27

Ismael Malhadas Vigário - Vale de Espinho - Braga

O sentido das palavras.

Escrever

 É escrever-se.

Procurar-se nas palavras aladas

O sentido que as palavras nunca têm.

Procuro-te no  dizeres

O que o meu ser nunca diz.

 

Se te respondo

Quero apenas perguntar-te

Estás aí ou és aí?

Palavra é uma deixa

Que se alonga e não se fecha.

 

 Falas são seres transparentes

 Espelhadas nas pedrinhas do fundo rio

 Águas a escorrer luzidias.

 

As palavras fechadas são barragens,

D’águas contaminadas

Respostas ou perguntas que chego a não perceber.

 

 A dúvida da tua palavra

É uma saudação que me trás.

 

 Uma canção de refrão,

Inauguração do nosso segredo.

 Melodia da nossa incerteza

 A persistirmos em alimentar.

 

Há palavras minhas que te roubei

E fiz delas o meu lugar.

Em noites aluaradas

Perscrutei-as além de mim

E em ti as encontrei

À força d’as partilhar.

Ismael Malhadas Vigário

2012-07-27

Arsénio Pires - Porto

Alex amigo, o povo está contigo!

Mas não te amofines, sarracena criatura!

Acima de tudo, não sejas injusto pois inúmeras e diversas mensagens aqui apareceram ajudando a alimentar a nossa querida Palmeira: Martins Ribeiro, Ismael Vigário e Francisco Assis.

Três! Três! Três!

2012-07-26

alexandre gonçalves - palmela

Amigo Vieira

 

Já levo várias noites a preceder o meu sono de um olhar final de mais um dia concluído pelo site da Palmeira. E apenas o teu nome aparece com uma fala de alegria e ânimo. Elogio aqui esse exercício permanente de atenção, como se estivesses de sentinela num quartel de desertores, entre os quais também eu me incluo. Será a decadência a infectar a Associação? Será apenas um fruto sazonal, a caracterizar a indolência da época? Ou será que estamos tão ocupados neste ócio da idade, que já não sobram nem ideias, nem críticas, nem gestos tão simples como os que este privilégio de escrita sugere? Que fazes tu, meu amigo, deste verão que é tão escasso? Não tens jeito nem tempo? Por que será que eu não acredito? Arriscas tu que outros pensem por ti, num espaço que também é teu? Achas que não há razões para impropérios, neste rectângulo dilacerado por mercenários? Se a raiva não te motiva, não achas que podes falar de sexo, de paixões inúteis, de frustrações inconfessáveis? Julgas-te definitivamente bem com a vida, com a memória, com as missas que digeriste, com a caridade que ofereceste ao universo?

Escrever. Dar corpo a um desejo. Comover-se com o esplendor da água. Com o vento que levita sobre a tarde. Com um rosto que passa, cheio de sede e solidão. E pressentir a vulnerabilidade que atravessa todos estes campos do olhar. Segurar ainda um fruto entre as mãos breves. Escrever é desprender-se. É recusar as verdades eternas. É sentir-se em perigo. É chorar, é lembrar, é amar. É jogar uma pedra contra uma janela. E é abrir uma janela sobre o abismo. E entender que entre o abismo e a vida, há apenas um espaço de urgência. 

Agarra o verão como um navio. Os navios saem às horas inteiras do cais. Fazem ligação para  todas as ilhas. Não é permitido adiar-se. Nem distrair-se das horas. Escreve portanto a tua vida, nessa folha branca e precária que chamamos de verão. 

2012-07-21

manuel vieira - esposende

Dizem que vai ser obrigatório pedir factura quando comprarmos alguma coisa, nomeadamente um café. Não me acredito em tal coisa sob pena de deixar de tomar café pois a passagem de factura implica disponibilizar o meu nome, morada e contribuinte e não teria paciência para tal. Poderei ser multado com coima até 2000 euros. E se assim for vou deixar de tomar café.

Parece que todo e qualquer gesto da nossa vida vai obrigar a registo.

Tenho receio até de ter de pagar imposto por escrever no fale connosco. Talvez dos poucos colegas que tem algum receio.


Também tenho saudades de ler um texto longo do Nicolau e até nem me importava de pagar imposto.

Claro que também do Gaudêncio, do Davide, do Zé Rodrigues, do JMarques, do Aventino, do Castro, do Celso, do Diamantino e outros doutos desta praça.

Não é que me falte que ler e onde ler. Também não me falta onde tenha que escrever e onde escrever.

Escrever é também uma lembrança. A escrita tem endereço e é uma forma de linguagem e não temos falta de interlocutores.

Não precisamos de um diálogo formal pois sabemos que quando escrevemos temos receptores garantidos do outro lado e que escutam com interesse.

Vá lá, não tenham receio que as nossas conversas paguem IVA.

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